Reencontro - Cap: XII

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O tempo passou e o dia estava amanhecendo e Ana e Cristina estava chegando na casa dos pais de Ketty,uma emoção para Ana, pois aguardava esse momento há muitos anos. Rever a família mesmo que não possam vê-la. Ana entrou na casa muito emocionada, tudo ainda estava no mesmo lugar, os mesmos moveis do mesmo jeito que um dia deixou por lá.  Viu seu genro dormindo no sofá, passou por ele e foi até ao quarto de seu neto e viu o menino já crescido dormindo em sua cama, foi até ele e beijou sua face. Ela olhou para Cristina com os olhos cheios d’água e saíram do quarto em silencio. Foi pelo corredor e viu as fotos nos quadros pendurados na parede. Lembrou da época em que estava presente naquele ambiente familiar. Parou enfrente a porta do quarto de sua filha Sandra ficou parada alguns minutos antes de entrar. No quarto viu sua filha deitada em sua cama com um semblante tão pesado, foi até ela e beijou sua fase, olhou para Cristina e voltou a olhar para sua filha, levantou as mãos sobre sua cabeça e começou a lhe dar um passe. Chamou por ela em seus sonhos, Sandra abriu seus olhos e viu sua mãe, um rosto sereno e feliz, deu um abraço tão forte nela e começou a chorar.

- Mãe, quantas saudades de você! Como é bom poder lhe abraçar, que lugar é esse? Onde estou? Como pedi para você estar comigo, nesse momento ruim que estou passando. Estou sonhando? Mãe você veio ajudar sua neta?

- Minha amada filha, foi por merecimento e estou aqui para lhe ajudar, mas, você precisa perdoar. Seu coração está cheio de ódio, isso esta dificultando as coisas. Ketty esta bem, ela sente muito sua falta, mas, ainda não esta preparada para voltar, existe muitas feridas abertas e precisa cicatrizar. Você não lembra, mais fez uma promessa e não esta cumprindo. Estou aqui para lhe ajudar a lembrar.

- Quê promessa? Não me lembro de nada que prometi, quem é você? Não é minha mãe! Ela era muito religiosa, não acreditava nesse negocio de pós-morte, sai daqui!! Socorro. Ana retirou as mãos da cabeça de Sandra e antes dela acordar pediu pela sua filha, sua alma estava perturbada, energias negativas em seu redor. Sandra começou virar de um lado para o outro na cama e der repente levantou assustada. Olhou para o interior do quarto assustada e nada viu. Sentiu que seu marido não tinha dormido na cama com ela.Na sua cabeça ficou martelando a voz suave de sua mãe, dizendo que precisava perdoar. André correu pelo corredor assustado com o grito de sua esposa abriu a porta e a viu na cama assustada e chorando muito. Ana e Cristina foram embora com o coração partido.....

- Sandra?? O que houve?

- Nada.. só um pesadelo, minha mãe querendo o impossível, claro que não era ela, coisa do demo mesmo..

- Cruzes mulher!! Que isso, não se deve falar dessa maneira. Vou tomar um banho e ir para o trabalho. Vou dar uma passada no hospital para verificar como estão às coisas por lá.

- Certo!!! Vemos-nos na hora do jantar, saiu e foi para o quarto de Pedro, ele tinha que se arrumar e ir para escola.

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Pablo acordou cedo, foi tomar um banho para ir ao colégio, sem animo nenhum desceu as escadas, deu um afago na cabeça de seu cão, foi até a cozinha e comeu um pedaço de pão com um pouco de leite. Seu pai desceu e ficou satisfeito em ver o filho de pé e arrumado para ir a escola.

- Filho!! Bom dia !! Que bom que você me ouviu, ficou feliz por ver sua disposição... e deu um sorriso..

- Ok! Vou fazer o que Sr. me pediu.. estou aqui né... vai me dar carona até a escola?

- Claro!!, Só tempo de tomar um café e vamos..

Chegando na porta da escola, seu pai olhou para ele e perguntou se estava tudo bem, se queria que ele fosse junto com ele, mas, Pablo preferiu enfrentar sozinho aquela situação. Saiu do carro de cabeça baixa e segui para entrada da escola. Percebeu que algumas pessoas estavam olhando para ele, subiu a rampa e escutou alguém chamar seu nome, ele olhou e viu Karla acenando para ele, ela foi ao seu encontro deu um abraço forte em seu amigo e segurou sua mão e seguiram para sala de aula. Pablo foi chamado na diretoria,conversou um bom tempo com o diretor e depois foi para sala de aula. O dia passou tranquilamente, apesar de alguns moleques soltando algumas piadas sem graça na turma. Ao sair da escola, Karla o acompanhou e começaram a conversar.

- Karla, você tem noticias dela? Preciso tanto saber... já faz 05 meses e não sei como ela esta. O direto conversou comigo, tenho que fazer as provas para não perder o ano letivo.

- Pelo que sei, ela continua no C.T.I. eu, não consigo falar com a mãe dela, sempre esta ocupada ou no hospital. As coisas por lá não estão indo bem.. mas, sei que não podemos visita-lá e quando ligo para o hospital, as atendentes não podem dar noticias sua mãe proibiu.

- Sei o porquê, Isso tudo é por minha causa, ela não quer que eu chegue perto da filha dela, me dá uma vontade de invadir o hospital para saber como ela estar.

- ficou doido! Não vai adiantar nada, só vai piorar a situação. Precisa ter paciência. Você sabe que a mãe dela não se conforma com o que aconteceu. Paciência meu amigo, temos que ter.

Pablo se despediu de Karla e foi para casa. Cansado do dia difícil na escola foi para o quarto de deitou na cama, seu fiel e amigo o cão Golias pulou na cama e dormiu com ele. As 19:00 hs, ele levanta vai ao banheiro toma um banho e desce para jantar com a família.  Depois do jantar Pablo foi dar uma volta com seu cão na rua e encontrar com seus amigos na esquina, fica conversando e se distrai um pouco com eles. Volta para casa, dar boa noite para seu pai e sua madrasta e vai para seu quarto. Ele deita na cama e liga o som, na radio toca uma musica que fez lembrar dos bons momentos com sua garota e logo pegou no sono.

De madrugada uma visita incitante chega na casa de Pablo. Entra na casa e sobe as escadas e vai direto para seu quarto. Lá o Golias da um latido e logo em seguida fica quietinho. Ela se aproxima dele e beija seu rosto, ele se mexe na cama ela sorrir e faz uma prece em silencio.

Querido Deus, abençoe esse ser que é seu filho, dê paz e harmonia em seu coração. Que seu corpo receba a luz necessária para aliviar suas dores e que isso seja breve, pois o seu sofrimento é o meu também. Peço á ti Senhor, que ilumine essa criatura que um dia me deste como um grande privilégio no meu ventre, mesmo que não tenha tido tempo de nos conhecer. Mas, agradeço por ele ter um pai maravilhoso e dedicado.

Ela chegou perto de seu rosto e disse: Filho do meu coração, sua mãe lhe ama e já mais lhe culpou do acontecido, já estava escrito, não podemos mudar nossos destinos mas, podemos aliviar nossos sofrimentos com nossas ações. Seu pai nunca o culpou do ocorrido comigo. Ele lhe ama tanto, que faria qualquer coisa por ti. Não se esquece, tudo isso vai passar e você vai ser muito feliz...

        Cristina, olha para Ana e as duas partem novamente para casa.....

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