Capítulo 8 - Cachorro-quente e Refrigerante

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Lá iamos nós, ela me puxava pelo braço porque segundo ela, eu estava lento demais.

A lanchonete do Jorge ficava em uma esquina onde ficavam várias outras lanchonetes, restaurantes e bares de rua, aquele lugar parecia uma feira de noite.

Entramos na lanchonete e nos acomodamos e lá vinha o Jorge com o cardápio.

Jorge: Boa noite meus jovens! Como vai Rafa? Hoje você trouxe uma amiga para jantar - falou entregando os cardápios

Rafa: Olá Jorge, esta é a Mariane e na verdade foi ela quem me trouxe para cá - falei sorrindo e ele riu também.

Jorge: Então querida Mariane, o que você vai querer?

Mariane: eu quero ... Deixa ver... Trás um cachorro quente gigante, batatas fritas e um refrigerante.

Jorge: Anotado, e você Rafa, o que vai querer?

Rafa: bem ... Eu vou querer um refrigerante só - falei embaraçosamente pois era ela que estava pagando e eu não sabia o que tinha que escolher então decidi ficar só com o refrigerante pois era o mais barato. Mariane olhou para mim com uma cara séria

Mariane: Jorge faz assim, trás dois cachorros-quente um para mim e outra para o Rafa, não te esqueças das batatas fritas e dois refrigerantes por favor. Terminando de falar, ela olhou para mim e piscou-me o olho, e eu adorei

E lá foi o Jorge.

Rafa: então Mariane, você é de Brasil?

Mariane: sim sou, cheguei cá há três semanas.

Rafa: Você sempre quis morar cá em Lisboa?

Mariane: Não! Meus pais decidiram vir trabalhar cá então eu e a Ana tivemos que vir junto

Rafa: quem é a Ana? Sua irmã?

Mariane: Não, Ana é quase uma Mãe para mim, ela cuida de mim desde os meus 4 anos pois desde que os meus pais tornaram-se empresários de grande reputação nunca mais tiveram tempo pra mim então a Ana é quem cuida de mim.

Rafa: Ahm ela deve ser a senhora do mercado...

Mariane: Senhora do mercado? ... Hey espera, você é aquele cara que foi atropelado por aquele bandido?

Rafa: sou eu sim- ela estava morrendo de rir e logo chega o Jorge com tudo o que a gente pediu hum que cheiro bom

Jorge serviu-nos e foi embora, Mariane ficou quase 5 segundos inalando o cheiro do seu cachorro-quente.

Eu fiquei rindo dela e logo começamos a comer, ela pediu que a tirasse fotos e passou-me seu celular e fui tirando.

Mariane: Agora é sua vez, disse ela recebendo o celular e começou a tirar-me fotos.

Ficamos aí comendo e conversando bastante, ela olhou para o celular e já era 21h03. Como eles haviam acabado de se mudar, a Ana já devia estar à procura dela então ela decidimos ir, ela pagou a conta e saímos.

Fomos caminhando lentamente e conversando durante o caminho.

Mariane: Você já fez a um piquenique?

Rafa: Não, nunca fiz e você?

Mariane: Não, também não mas gostaria de fazer.

Rafa: Quem sabe um dia a gente faz

Mariane: Que tal amanhã?

Rafa: Amanhã? Mas amanhã é dia de aulas e eu tou sem dinheiro para comprar as coisas necessárias.

Mariane: pare de reclamar sobre dinheiro, eu já falei que quando eu convido eu pago e a gente podia fazer o piquenique quando anoitecer, o que você acha?

Rafa: Pelo que eu saiba, um piquenique faz-se de dia

Mariane: Não gosto de seguir padrões e acho que de noite é melhor, gosto de apreciar a lua e as estrelas

Rafa: Está bem, então onde será?

Mariane: Pode ser na tua casa mesmo, no jardim

Rafa: Está bem então

Eu fiz questão de acompanhar Mariane até a sua casa e assim que chegamos ela abriu o portão e ficamos ainda conversando lá fora mesmo.

Olho para o celular e ja eram 21h36.

Rafa: Bem Mariane, está ficando tarde e tenho mesmo que ir para casa.

Mariane: Está bem Rafa

Quando eu já começava a caminhar ela segurou meu braço e disse: " obrigado por ter me levado naquele lugar, diverti-me imenso " e de seguida beijou-me a bochecha.

Eu não consegui me mover, foi um momento único e parecia que eu estava sonhando... E naquele instante, um carro preto estacionou bem na frente da casa ou seja, bem ao nosso lado.

Um senhor alto, musculoso de terno e gravata desceu do carro.

Mariane: Pai.... - falou largando a minha mão ...

Quando a noite caiOnde histórias criam vida. Descubra agora