O Mundo de Cabeça pra Baixo

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Os olhos da garota se abriram devagar. Ela se viu em um quarto grande, enrolada em um ededrom branco. Levou alguns segundos pra se lembrar de onde estava. Aquele era o quarto onde dormia, na mansão Malibu, a casa de Pepper e... Tony.

Sua cabeça doia um pouco, mas nada muito forte. Tentou se levantar e percebeu pela primeira vez a figura de Natasha, sentada em uma poltrona grande e cinza, no canto do quarto, lendo um livro.

A ruiva levantou os olhos e observou a garota. 

- Você acordou. - sorriu. Depois se aproximou e se sentou na cama, ao lado dela. - Como está se sentindo?

- Tonta.

- Melhor se deitar de novo.

Alina apenas concordou e voltou a se deitar, colocando o ededrom sobre os o ombro.

- Por que meu peito está doendo? - ela perguntou.

- Bruce disse que é por causa da asma. Você se esforçou muito ontem. Mas vai melhorar logo, não se preocupe. - ela colocou uma das mãos sobre a menina. Viu quando os olhos da jovem rodaram o quarto, provavelmente procurando por alguém. - Ele passou a noite aqui, Tony. Estava muito preocupado com você.

- Onde ele está agora?

- Pepper o convenceu a ir tomar café. Tony tem problemas quando fica preocupado demais e esquece de comer.

Alina ficou um pouco agradecida por ele não estar ali quando ela acordou. Se sua memória estivesse boa, eles teriam que ter uma longa conversa, uma onde provavelmente Alina teria muitas perguntas e também muito medo das respostas.

- Então, é verdade mesmo? Você sabe?

- Não acho que sou a primeira pessoa que tem que conversar isso com você Ali...

- Não precisa conversar. Só me diz se é mesmo verdade. Vai ser mais fácil de encarar se eu souber que não foi só um sonho estranho da última noite.

Natasha suspirou, depois olhou no rosto da menina.

- Tony é seu pai Aina, é verdade.

As duas escutaram a porta se abrir, e o homem passou cuidadosamente por ela.

- Oi. - ele disse baixo, olhando a garota  - Jarvis me avisou que você tinha acordado. Como está se sentindo? - fez a mesma pergunta da ruiva.

- Estou bem, eu acho. - sorriu fraco - Obrigada por me achar, pensei que eu fosse morrer ontem.

- Eu jamais deixaria isso acontecer. - ele respondeu. - A propósito, a fantasia estava bem legal. - ele brincou um pouco para descontrair, e funcionou.

Alina riu e colocou uma das mãos sobre o próprio rosto sentindo um pouco de vergonha. Tinha se esquecido daquele pequeno-imenso detalhe.

- Um show e tanto, não é? Não deve ter sido fácil me carregar. 

Alina respirou fundo e logo em seguida se apoiou na cama para sentar novamente, com as pernas ainda cobertas pelo edredom.

- Está tudo bem? - Tony perguntou quando viu ela fazer uma leve expressão de desconforto.

- Está sim. Um pouco de dor, mas Natasha disse que vai passar logo. - explicou. - Sinto muito por estragar o fim de semana de vocês. - pediu. Antes que Tony pudesse contradize-la e falar que ela não havia estragado nada, Alina deu continuidade a própria frase. - Pelo menos o senhor não precisa mais se preocupar em me contar nada. - mas dessa vez seu tom de voz era fraco e timido, ela cruzou os braços abraçando a si mesma.

- Eu acho que vou ir ajudar a Pepper, vocês precisam conversar um pouco. - Natasha falou - Com licença.

Alina assistiu a ruiva sair do quarto e deixar a porta aberta, por ali ela podia ver o pequeno móvel no corredor, o qual tinha um abajur em forma de sol, que estava desligado por ser de manhã.

Alina Stark Onde histórias criam vida. Descubra agora