Um longo e pesaroso minuto se passou antes que eu respondesse a todos a que tipo de coisa eu me referia. Respirei fundo e despejei.
- Enquanto procurava a Nilce nas ruinas a achei envolvendo o corpo de uma criança.- Kimberly colocou a mão na boca, o rosto estampado de horror e confusão. Ítalo perguntou primeiro.
- O que você estava fazendo Nilce?
- Ela estava morrendo! Eu tinha que ajudá-la!- Ela respondeu ferozmente com a voz desafinando devido ao choro contido que estava massacrando sua garganta.
- E?- Continuou Thais.
- E, que a criança estava infectada pelo Ebola. Nilce ficou perto o bastante para contrai-la.
Ninguém falou. Por minutos. Kimberly e Thais continham as lagrimas que ameaçavam cair. Jennyfer rompeu o silêncio.
- Me diz que você tem algum plano Priscila.- Eu a encarei por alguns segundos antes de responder.
- Temos a fórmula e temos a cura. Basta aplicarmos a dose na Nilce.
- Você está louca?- Stolks rompeu para a parte de trás do avião com uma face reprovadora.
- Ela vai morrer Stolks. Deixaria uma pessoa morrer sob seus olhos? Sabendo que a cura está a seu alcance? Preferindo a entregar a ricos egoístas?- Ele me olhou em descrença.
- Suas perguntas sempre são tão capciosas.- Ele devia estar se segurando para não me amarrar, mas seu rosto estava se vertendo em compreensão.- Você não tem idéia do que está tentando fazer.
- Claro que tenho. Estou salvando uma vida.
- Não. Você está arriscando nossas vidas em um plano louco que maquinou desde o início só que agora tem uma razão para executá-lo.- Ele passou as mãos na cabeça e agora estava fitando o teto.- Você é insana.
- Se for preciso arriscar tudo para salvar a Nilce, eu arrisco.- Disse Thais.
- Eu também.- Disseram Josi e Kimberly.- Ítalo segurou a mão de Jennyfer e levantou a cabeça.
- Nós também estamos nessa. Somos uma família.
Nilce se manifestou murchando meu sorriso convincente.
- E nossas famílias? Eles os matarão!
-Já cuidei disso.- E havia mesmo cuidado.- Tive tempo o bastante para enviar nossas famílias para um lufar onde será difícil localiza-los.
- Fez tudo por nossas costas? Como pôde?- Estourou Josi.
- De nada por ter um plano B.
- Como fez isso?- Indagou Jennyfer.
- Tive uma ajuda. Mas afinal, trataremos disso mais tarde.- Tive de cortar todas as perguntas.- Então Stolks, está conosco?
Todos o encararam esperando pela resposta. Stolks parecia estar digidido.
- Alguém precisa tomar conta de vocês não é mesmo?- Ele disse com um sorriso forçado.
- Vocé sabe que, todos virão atrás de nós não sabe? É muito arriscado.- Disse Nilce.
Senti uma forća crescendo em mim, como uma chama que é alimentada cada vez mais e consumia a tudo.
- Em tempos de crise, correr riscos é inevitável.
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Normais
Science FictionA vida é como uma estrada pavimentada sobre decisões difíceis. E, em toda estrada há curvas e um destino final, mas o percurso, pode ser mudado a qualquer hora.