Amor em Pó

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Tão doce e serena
Encontrava-lhe a pouca luz na sala
Ao meu redor,
somente as almas vazias
De nada me valem, de nada me importam.

Era você, só precisava dizer-lhe
Que dentro de um ser,
tão gélido como eu
Havia um sentimento, tão quente
Quanto a cor de seus lábios.

A covardia cravou uma
faca em meu peito
Eu não pude assumir,
mas tudo que fiz
Todos os meus atos contra ti
Estão todos marcados em meu coração.

São erros, erros de todos os lados
Erros jamais cometidos antes
Erros que me fizeram pequena
Erros reduzidos a átomos.

Pó cósmico, de onde viemos
O átomo falho, o carbono vencido
Nebulosas nevoam o espaço
Espaço vívido entre nós.

Se soubesse do caos que
deixaria em você
E do vazio que eu sentiria
Jamais teria me declarado naquele dia
As memórias não se tornariam mágoas
E o amor, o amor virou pó.

Não o pó do nascimento e da dádiva
O pó do nada, o pó da escuridão.

Eu, por outro euOnde histórias criam vida. Descubra agora