Era outono
as folhas alaranjadas,
caducifolias caiam
minha bicicleta cortava o tapete
não havia nada, nem ninguém.
Para minha sorte, a beira da esquina
avistara a menina que desabrochara
na época em que nenhuma
outra flor desabrocha.
Ela subiu, enrolou seus
braços em meu corpo
e juntos partimos para uma viagem,
fora um quarteirão inteiro
os 15 minutos mais bem gastos de minha vida.
Ela sorriu, por um instante,
só por um momento
o que antes nada havia,
agora havia nós
só nós, o nós em um mundo
sem interrupções
E o silêncio do beijo, doce
suave, quase nulo
invadiu o meu peito.
O coração acelerado adolescente
batia mais que qualquer outro
e eu soube que era você,
só você e eu.
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Eu, por outro eu
PoetryMudanças. É isso que se espera a cada capítulo de "Eu, por outro eu". O amor, a velhice, a dor, perseguição, todos depositados em um só local, prontos para serem devorados. E para o meu eu do futuro, que ele olhe os poemas passados e relembre os sen...
