Prólogo

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Todos os dias é isso, acordo suada e gritando. Os pesadelos são sempre os mesmo. Ele em cima de mim, me sufocando e ninguém nos bastidores.

Tento gritar, mas minha boca está tampada e as mãos estão amarradas. Seu olhar é maligno, medo toma conta de mim, mas eu não vou me render.

Seus lábios pairam sobre meu rosto e meu corpo logo fica tenso.

— Sabe quanto tempo estou desejando isso? — pergunta.

Suas mãos entram por baixo do meu vestido, fecho os meus olhos, não de prazer, mas para ele não ver o minha repulsa.

Preciso ter muita calma nessa hora e entrar no seu jogo, o que esse idiota não sabe, é que tenho técnicas de defesa pessoais e luto Krav Maga.

Espero ele colocar o joelho entre as minhas pernas e não deu outra, dei uma joelhada no seu pau. Seu grito de dor ecoou pela sala e o vi caindo no chão.

Tento recuperar minha respiração, que está difícil pelo esforço que fiz, mas não demoro muito para não dar chance dele se recuperar.

Vejo uma faca em cima da mesa, próximo ao lugar que estou, levanto rápido e a pego. E sem pensar duas vezes, perfuro o seu órgão genital.

— Isso é para você aprender a nunca mais assediar as modelos e tentar estuprar mais alguém. Sei que nenhuma delas teve coragem de fazer o que fiz, mas eu estou sendo a heroína delas e você vai para a cadeia.

Quando termino de falar, as pessoas começam entrar na sala e o susto é evidente. Não demora muito para uma confusão começar. Ambulância, polícia e curiosos querendo entender o ocorrido.

Toda vez que acordo do pesadelo é quando ouço a grade da prisão sendo fechada atrás de mim.

Sim, estou presa, mas não me arrependo do que fiz.

Sou uma ex-modelo que preferiu acabar com sua carreira, mas salvou a vida de várias mulheres. 

Segunda Chance - Será que todos merece?Onde histórias criam vida. Descubra agora