Dean Winchester- Mas você tem certeza de que foi só isso que ela disse? - Sam perguntou pela milésima vez e isso já estava me tirando a pouca paciência que eu tinha.
- Eu já respondi essa pergunta mil vezes, e em todas elas eu disse que sim! Foi só isso que ela disse!
Sam, Jack e eu estávamos em uma lanchonete de beira de estrada a caminho de uma cidadezinha que ficava a leste do Colorado.
Na noite anterior um dos meus telefones antigos havia tocado. A pessoa que ligava - uma garota, pelo que pude indentificar por sua voz - disse que estava caçando com a mãe e o padrasto, mas as coisas se complicaram. Ela também disse que a mãe a deu meu número e mandou me ligar. A garota informou sua localização e agora estamos indo ao encontro dela.
- Isso com certeza é uma armadilha. - Sam comentou enquanto mexia com o garfo no monte de folhas dele.
- Talvez seja. - respondi depois de engolir o pedaço de torta que estava na minha boca.
- Você está ciente disso e ainda assim quer ir lá?! - ele mais acusou do que perguntou. Dei de ombros.
- Dirigimos a noite inteira até aqui. Então, sim, eu quero ir até lá.
- Mas... - ele parou de falar e olhou para Jack com o cenho franzido. O garoto sugava as últimas gotas de seu refrigerante ruidosamente com o canudo, completamente alheio a situação ao seu redor. - Mas é perigoso demais, Dean.
- Nossa vida toda é perigosa, Sammy.
- Não quer dizer que a gente tem que se jogar de cabeça no perigo!
- Por que você está tão incomodado com isso? Geralmente você é o irmão inconsequente. - falei me encostando nas costas da cadeira.
- Eu não sou inconsequente! - ele rebateu, nitidamente irritado.
- Não, mas acredita em qualquer um que faça carinha de cachorro abandonado. Quer ver ó, teve a Ruby... - falei começando a contar nos dedos. - teve...
- Ok, já entendi! Vamos caminhar para a morte!
- Caminhar para a morte? - Jack perguntou com o cenho franzido em confusão. - pensei que estávamos indo ver a garota que ligou para o Dean.
- Foi força de expressão, Jack. - Sam explicou, recebendo um "Ah, entendi" como resposta.
Balancei a cabeça negativamente e esperei os dois terminarem de comer para pegarmos a estrada de novo.
Pelo bem dessa garota, acho bom não ser uma armadilha.
(♠)
Estacionei o Impala em uma das vagas do estacionamento do motel três estrelas que a garota disse que estava hospedada.
Sam continuava resmungando sobre o quanto aquilo era uma péssima ideia e que, se ele morresse, voltaria para me assombrar.
Entramos no pequeno prédio e eu disse para o recepcionista que estávamos procurando por Agnes Jones - a garota disse que havia se registrado com esse nome. Mesmo relutante, o rapaz nos deu o andar e o número do quarto.
Eu também estava apreensivo sobre ser ou não uma armadilha, mas o que é que eu poderia fazer? Fingir que a ligação nunca aconteceu? Na verdade, essa é uma boa opção, mas eu estou curioso demais para considera-la.
Chegamos na porta do quarto da garota e Sam e eu pegamos nossas armas e destravamos as mesmas. Bati na porta e, por longos segundos, não ouvimos nada.
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Infinity / Supernatural
General FictionQuando uma jovem caçadora de dezessete anos liga para um de seus números antigos, Dean Winchester não perde tempo e vai ajudá-la. Não se lembrando de como a garota poderia ter seu número, Dean fica perplexo ao descobrir que a mãe dela foi uma de...