Destiel

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Dean Winchester

Teclei mais uma vez na página de um jornal, procurando por qualquer coisa que pudesse ser sobrenatural. Fazem quase duas semanas desde o último monstro que matei e ficar de bobeira vai acabar me deixando maluco.

Algumas mesas para a direita da qual eu me encontrava na biblioteca, Sarah estava ensinando Jack a jogar algum jogo em seu notebook.

Sarah estava se adaptando muito bem. Fazia uma semana desde que buscamos ela e a garota estava se dando muito bem com todos.

Castiel havia lhe dado uma lâmina angelical uns dois dias atrás, alegando que ela precisava de uma arma precisa para se defender.

Ela, Sam e Jack passaram os últimos dias com longos debates sobre os livros que leram. Sério, quem fica cinco horas seguidas falando sobre o mesmo livro?

O único que ainda não parou para falar com ela sou eu. E, claro, a mãe. Mas ela estava resolvendo um caso atrás do outro e ainda não havia voltado para o bunker.

Sam, uns dois dias atrás, havia me chamado para falar sobre os estudos de Sarah. Ele disse que é importante que ela estude para caso queira, algum dia, ter uma vida normal. Eu concordo plenamente com ele.

Então, resolvemos que logo iríamos matricular a garota em alguma escola da cidade, só estávamos esperando ela se adaptar melhor.

Para mim ela já parece bem adaptada, por isso resolvi que ainda hoje vou levá-la para fazer a tatuagem anti possessão e, aproveitando a viagem, matricular a garota na escola.

O único problema é que isso envolve ficar um longo período sozinho com ela, por isso eu estou procrastinando.

Sammy já havia me dado um esporro por conta disso. Disse que eu não posso evita-la para sempre. Não sei de que buraco ele tirou que estou evitando a guria.

Sarah e Jack comemoraram a possível vitória do Nefilim no jogo com exclamações altas, o que acabou chamando minha atenção.

Os dois, desde que Sarah chegou, não se desgrudam por nada nesse mundo. Eu diria que o garoto meio anjo está até mais feliz agora que tem uma pessoa "da idade dele" para conversar.

Sarah o chama de "anjinho" e, pelo sorriso que ele abre toda vez que ela o chama assim, eu diria que ele gosta muito do apelido. Ou talvez ele goste da Sarah, vai saber.

- Por quanto tempo você ainda vai evita-la? - desviei meu olhar para meu irmão, que havia acabado de sentar na minha frente. - Ela não vai te morder, sabia?

- Não começa, Sammy! - pedi, massageando minhas têmporas. - Não é fácil assim. Ela está passando por muita coisa, não quero sobrecarregar a garota.

- Já faz uma semana, Dean.

- Eu sei!

- Então tome uma atitude! - suspirei, encarei o notebook por alguns segundos e fechei o mesmo com mais força que o necessário.

Sam sorriu satisfeito quando eu me levantei, encostou as costas no encosto da cadeira e cruzou os braços.

Caminhei silenciosamente até os dois que, distraídos com o que quer que estivessem jogando, não notaram minha aproximação.

Coloquei minha mão direita no ombro da loira, e me arrependi no momento em que ela quase caiu da cadeira tamanho foi o pulo de susto que ela deu.

- Jesus amado! - ela exclamou, levando uma das mãos ao peito. - Quer me enfartar? - questionou, com os olhos ainda arregalados. Eu não aguentei, tive que rir.

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