⇢ Capítulo Sete

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Eu, tão bonitinha a zelar por mim
Vivendo em paz a minha solidão
Nem de romance eu estava afim
Você chegou e me deixou no chão
Como foguete sei mais nem porque
Tirou o rumo da minha expressão
Agora não sei mais como viver
Sem ter você na minha

Duda Beat - Chega

A luz entrava no cômodo através das janelas, e eu virei minha cabeça para olhar para o céu nublado. Ia ser mais um dia cinzento em Chicago. Eu amava os dias escuros com o cheiro de chuva no ar e o céu de um tom reconfortante de barro. O sol sempre me agrediu. Eu gostava do ritmo mais lento de m céu lavado pela tempestade. Virando-me, eu coloquei minha cabeça no peito de Michael e escutei sua lenta respiração e o ritmo constante de seu coração. Eu nunca tinha estado tão perto de alguém por um período tão longo de tempo. Seus braços me envolveram e ele me puxou para cima dele, esfregando o queixo no meu cabelo. Meu rosto agora estava enterrado no vão de sua garganta, minha boca descansando sobre a pele quente de seu pescoço. Eu não queria me mover porque não queria que o dia começasse.

— Ei.

Eu tentei me levantar de cima dele, mas a mão na parte de trás do meu pescoço me manteve lá, perto.

— Luke.

Eu olhei para ele enquanto ele bocejava e se espreguiçava sob mim.

Ele me deu um sorriso torto antes se inclinar para me beijar.

— Você deveria ver seu rosto. — Ele sorriu preguiçosamente, rolando em cima de mim, prendendo-me contra a cama. — Você deveria ver como está olhando pra mim.

Eu só podia olhar para ele. Era inacreditável ele estar lá. Eu nunca esperava que ele estivesse lá de manhã. Eu esperava que ele fugisse.

— Seus olhos são... extraordinários.

Ele não estava acostumado a falar, a dizer o que ele estava pensando.

— Ah, merda, olhe a hora, — ele gritou de repente, ao olhar para o relógio no meu criado-mudo. Ele rastejou para fora da cama, quase caindo de cara no chão quando se enroscou nos lençóis. Ele era um turbilhão de atividade, correndo em volta do meu apartamento, agarrando o cinto do sofá, os sapatos debaixo da cama, desembaraçando a camisa do edredom. Eu me sentei e o olhei enquanto corria ao redor antes que corresse pelas escadas e eu escutei a porta bater quando ele saiu. Era estranho passar desse nível de barulho ao silêncio total. Segundos depois, a porta rangeu novamente e ele estava atravessando o cômodo para cair de volta na minha frente.

— Você nem sequer fechou a porta, seu idiota. E se eu estivesse tentando matá-lo?

Eu só olhei para ele.

— Não olhe para mim como se eu fosse louco. Eu não sou louco.

Eu só balancei a cabeça, apertando os olhos.

Ele se inclinou e beijou-me forte e rapidamente antes de se levantar e olhar para mim. — A que horas você sai do trabalho hoje à noite?

— Por quê?

— Eu vou buscá-lo.

— Por quê?

⛓️ 𝐁𝐔𝐋𝐋𝐄𝐓𝐏𝐑𝐎𝐎𝐅 ─ 𖥻mukeOnde histórias criam vida. Descubra agora