⇢ Capítulo Doze

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Entreguei meu tudo
Porque você me fez acreditar que você é minha
Sim, você costumava de me chamar de bebê
Agora você está me chamando pelo meu nome
Um reconhece o outro, sim
Você me derrotou no meu próprio jogo
...
Você empurra e empurra e eu estou me afastando
Me afastando de você
Eu dou, eu dou e eu dou e você pega
Dou e você pega
...
Diga que você me quer, diga que você me quer fora da sua vida
E eu sou apenas um homem morto andando hoje à noite
Mas você precisa disso, você precisa disso o tempo todo

5 Seconds of Summer - Youngblood

Nós estacionamos do outro lado do quarteirão porque não havia vaga na rua perto da casa de seus pais. Ele colocou a mão no meu ombro e me levou para o beco que corria atrás da casa e tijolos vermelhos de dois andares. Quando entramos pela porta dos fundos que dava para a cozinha, ouvi meu nome ser chamado.

— Luke!

Karen veio até mim instantaneamente, com os braços abertos para me receber, e enquanto nós nos abraçávamos apertado ouvi o grunhido de aprovação de Michael ressoando atrás de mim.

— Se você não se importa, eu trouxe Luke, mãe, — ele riu.

Ela recuou sorrindo para mim. — Já que eu liguei para você de manhã e pedi para que o trouxesse... não, Mikey, eu não me importo. Como você está, meu querido?

— Estou bem. — Eu sorri olhando em seus olhos.

Nos olhamos por alguns minutos antes dela me deixar ir e agarrar minha mão, me arrastando até onde ela estava cortando batatas e cebolas.

— Eu vou te ensinar a fazer goulash húngaro.

Parecia assustador, mas eu topei. — Ok.

Michael me deixou lá e eu ouvi seu nome sendo gritado quando a porta de vaivém se fechou atrás dele.

Fiquei na cozinha e ajudei a sua mãe com o jantar, alternando entre ajudar com os preparativos, lavar louça e ouvir sua conversa. Quando as irmãs de Michael apareceram com seus maridos e filhos, fui apresentado a todos. Hal veio com seu marido Gerald, e me deu um grande abraço quando fingiu estar me encontrando pela primeira vez.

— Jesus, Hal, — Gerald riu, apertando minha mão depois. — Não esmague o garoto.

— Ele não é um garoto, — disse ela enquanto olhava em meus olhos. — Ele tem uma alma experiente.

— Oh, tem, é? — Gerald brincou com ela, puxando-a de lado para beijar sua têmpora. — Você é adorável.

E eu a vi recuar, como se toda aquela bondade fosse dolorosa. A culpa a estava sufocando. — Você quer me ajudar? — Eu perguntei, tentando dar-lhe algum alívio.

— Sim, — ela suspirou, tirando o casaco e as luvas, empurrando-os para o marido. — Eu adoraria.

Fui apresentado a suas filhas, Ally e Carla, e ambas quiseram me abraçar. Carla tocou meu cabelo e me disse o quanto ela queria cabelo dourado em vez de marrom. Eu expliquei o quanto marrom era melhor do que dourado. Ela me deu um olhar enquanto girava os dedos no meu cabelo.

— Por que está tão longo?

— Porque eu preciso de um corte de cabelo? — Eu respondi, percebendo que meu cabelo agora beirava meus ombros.

— É muito bonito para se cortar,  Luke, — Hal me disse. — Eu mataria por esses reflexos.

— Sim, — Karen ecoou sua filha. — Você tem cabelo o bonito, espesso, não toque nele.

⛓️ 𝐁𝐔𝐋𝐋𝐄𝐓𝐏𝐑𝐎𝐎𝐅 ─ 𖥻mukeOnde histórias criam vida. Descubra agora