Capítulo 11

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— E como foi depois?

— A gente tomou açaí e comemos empada.

Falei e Fu deu pulinhos de felicidade.

Na noite passada, quando Matheus me fez aquele pedido, eu o perdoei, mas, com algumas exceções.

* Flashback on *

Eu o encarei e sorri.

Eu não podia mentir, sentia muita falta dele, o antigo Matheus, e só de pensar na possibilidade de voltar tudo a ser como era antes.

— Eu te perdoo, Matheus. — Ele sorriu de orelha a orelha, e os olhos deles voltaram a brilhar como duas estrelinhas. — Mas, eu quero que você prometa que não vai mais me machucar, e que será sempre nós dois contra o resto. — Eu pedi.

— É claro, eu prometo, Dani. — Ele me puxou e me abraçou.

Como havia sentido falta daquele abraço.

* Flashback off *

— E vocês se beijaram? — Fu me olhou maliciosa.

— Não, Fu, nós somos só amigos. — Falei.

Ela me olhou desconfiada.

— Você falou com o T3ddy?

Ela perguntou.

— Eu quero é distância dele.

Falei e ela riu. — E a Bárbara?

— Eu acho que eles formam um lindo casal, sabe? — Ironizei. — Mas falando sério, talvez a culpa seja mais do Matheus do que dela.

— Dani, precisa de duas bocas pra beijar. — Fu falou.

— Você sabe que eu gosto muito dela, Fu, e eu queria muito perdoar sabe? Mas sei lá, cansei desse papo. Vamos falar de você e o cabeçudo.

Falei e vi Ana Luiza ficar vermelha.

— Vocês estão..? — Deixei no ar.

— Pra falar a verdade? Eu não sei. A gente não toca nesse assunto. — Ela falou.

— Relaxa, eu dou um jeito nisso.

— Quê?

— Você e o Rangel me me ajudaram com o Matheus, agora é minha vez de ajudar.

— Dani, não precisa a gen..— A interrompi.

— Lógico que precisa. Fu, vocês dois merecem sentir o amor, é a melhor coisa do mundo. — Sorri.

*****

Umas semanas se passaram, e estava tudo bem.

Matheus e eu nunca estivemos tão próximos.

Inclusive, naquela noite, iríamos sair para jantar.

— Você não acha que isso é um encontro disfarçado de "saída entre amigos"?

Fu falou e Rangel concordou, e eu os encarei pelo espelho.

— Não gente, pelo amor de Deus. Ele deixou bem claro que iríamos apenas jantar fora.

— Em uma sexta a noite, sem o resto da tropa? — Rangel falou. — Estranho.

— Vocês estão com ciúmes isso sim.

Falei rindo.

Me virei e sorri.

— Como eu estou? — Perguntei.

— Matheus vai cair para trás quando ver. — Fu falou.

****
Matheus falou que era mais fácil eu ir de Uber, já que a casa dele era mais perto do lugar.

Assim que cheguei, pude ver ele sentado em uma mesa afastada, enquanto mexia com concentração no celular.
— Oi, Dani. — Ele sorriu. Eu me sentei do lado dele e ele colocou a mão no meu pescoço entre meus cabelos e me deu um beijo no rosto.

— Você vai mesmo sentar do meu lado ao em vez de sentar na minha frente?

Ele perguntou e eu ri.

— Vou uai, eu já te expliquei que para mim, quando eu sento assim, me lembra que somos apenas amigos jantando juntos.

— E quando senta na minha frente te lembra o que?

Eu ri. Ele sabia o que me lembrava.







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