Episódio 13

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Aquele momento estava bom demais, e eu sentia a necessidade de não o soltar mais.

— Da próxima vez, eu quero provar da sua comida. — Ele falou.

Nós nos afastamos, e meu braço continuou no pescoço dele, fazendo com que automaticamente, o braço dele não saísse da minha cintura.

Ficamos nos encarando, e eu só conseguia pensar no fato de que já havíamos ficado naquela posição por muito tempo quando ainda éramos namorados, e que diversas vezes, ele ficava me culpando por horas por sentir dores nas costas e nos braços.

— Dani? — Ele me chamou, e eu saí do meu transe. — Olha, se sua intenção é me deixar com dores nas costas, sinto muito, mas não será dessa vez. — Nós dois rimos.

Me soltei dele, mas o braço dele ainda permanecia na minha cintura.

— Então, você me liga amanhã? — Ele perguntou.

— Relaxa, eu vou ligar. — Se você esquecer, e eu aparecer aqui e você não estiver pronta, eu te arrasto de jeito que você estiver, hein.

— Tá bom, senhor certinho.

Ele riu e me soltou. — Então, tchau, né. — Falei e ele se aproximou, virando rosto para eu dar um beijo na bochecha dele.

Eu demorei para entender o que ele queria, então, em um movimento brusco, nós dois viramos o rosto, fazendo com que nossas bocas se encostassem por alguns segundos.

Nos afastamos e nos encaramos. Fazia tempos que não sentíamos um ao outro, então automaticamente, aquilo havia sido estranho, mas não desconhecido.

— Bom, então eu já vou indo. — Ele falou e eu assenti.

— Tá bom, tchau. — Falei e acenei.

Esperei ele entrar no carro e sair de vista para fechar o portão, e quando o fez, eu não havia acreditado no que tinha acontecido.

Ok, para muitas pessoas, selinho não é beijo, mas para mim, qualquer toque de boca com boca, era beijo sim.

Não tinha tempo que eu não beijava, óbvio, mas fazia tempo que eu não beijava aquela boca, que eu querendo ou não, eu sentia muita falta.

No dia seguinte, assim que eu acordei já tinha várias mensagens do Matheus, onde me lembrava de liga-lo assim que eu estivesse pronta.

Eu escovei meus dentes e fui tomar café.

— Bom dia, Vidinha. — Falei e ela sorriu.

— Bom dia, Dani, dormiu bem? — Eu assenti. — Hoje o Matheus vai vir me buscar para irmos para o Rangel.

Falei e me sentei.

— Dani, você e o Matheus, estão tentando algo novamente? — Ela perguntou e eu ri.

— Mãe, por favor né. Eu e Matheus somos só amigos.

— Ah ok, só perguntei.

*****

Eu já estava pronta, e também já tinha ligado para o Matheus, e já era a terceira vez que ele mandava mensagem dizendo que estava chegando.

Eu tava ficando brava.

Minutos depois, o princeso resolveu aparecer.

— Que bonito né, Matheus. Se fossemos Shrek e Fiona no castelo, eu teria morrido já.

Ele riu.

— Oi pra você também. — Ele puxou meu pescoço e me deu um beijo no rosto.

E então deu partida.

Quando chegamos na casa do Lucas, ele e Fu não perderam tempo algum e começaram a zuar com a situação.

— Não quero detalhes, mas por que vocês demoraram tanto? — Pergunta pro donzelo aí, ficou me paquerando ontem, e esqueceu tinha horário hoje.

Falei.

E aquilo só piorou nosso situação, fazendo Lucas e Fu nos zuarem muito mais.

O resto do dia foi agradável, então quando já estava mais para a noite, resolvemos pedir comida no aplicativo, e em quanto os meninos, Fu veio metralhar com diversas perguntas.

— Eu tinha razão sobre não ser apenas um jantar entre amigos, certo?

Ela falou.

— Basicamente foi. Mas as coisas começaram a ficar "estranhas" — fiz sinal de aspas com os dedos.

— Como assim?

— Ele foi me deixar em casa, e quando chegamos lá, Vidinha o convidou para entrar por que tinha pão de queijo.

— Matheus obviamente aceitou né.

Assenti.

— Lá dentro, todos batemos papo, e todo mundo lá de casa estava super de boa com ele.

— Tá, e o que foi as coisas estranhas?

— Fui com ele até o portão, e quando o abracei, fiquei o encarando e sei lá, senti algo estranho. E a gente deu um selinho.

Fu arregalou os olhos e começou a pular no sofá.
Ela se sentou e me encarou sorrindo.

— Dani, a história está se repetindo, não acha?

Como se fosse a primeira vez | Dantheus Onde histórias criam vida. Descubra agora