Como se fosse a primeira vez | Dantheus

Episódio 14

Antes que eu pudesse responder, os meninos chegaram.

Eu sabia que Matheus tinha contado sobre a noite passada, e então nem me dei o trabalho de falar sobre algo.

Nós nos sentamos no chão da sala, e começamos a comer a pizza.

Eu comecei a analisar a situação em que estávamos, e notei que o que Fu havia dito fazia todo sentido. Eu provavelmente estava me apaixonando novamente — Talvez nunca tivesse deixado de amar — estava nós quatro ali novamente, e não precisávamos de mais nada.

— Não é, Dani? — Matheus perguntou.

— Desculpa, eu não ouvi.

— Tava pensando em mim, né? — Ele brincou.

— Para de ser convencido, Matheus. — Fu falou.

Bem, ele não havia mentido.

— Estava falando para eles da ideia de almoçar com nossos pais.

Ele falou.

— Ah sim. Eu achei a ideia legal. — Falei.

— Eu também. — Rangel falou.

— Então ótimo, Domingo, às 11h na minha casa.

Matheus falou.

******

Então, finalmente, Domingo havia chegado.

Meus pais tinham ficado extremamente felizes com a notícia que íamos almoçar na casa do Matheus, como o esperado.

Tanto que chegamos mais cedo.

E quando chegamos lá, quem nos recebeu, foi a tia Cláudia— mãe do Matheus.

— Quanto tempo! Sejam bem vindos novamente. — Ela falou.

Eu sorri e a abracei.

— Desculpa chegar assim mais cedo, meus pais são meio ansiosos. — Falei rindo.

— Ah sem problemas. — Ela falou. — Bom, vocês já são de casa, certo? Tulio na cozinha, e o Matheus no quarto.

Assenti. E fui em direção ao quarto do Matheus.

Bati na porta e não recebi resposta.

— Matheus? Eu estou entrando. — Avisei.

Assim que abri a porta e varri o olho pelo quarto, a porta do banheiro dele abriu.

— Meu Deus. — Me assustei e tapei os olhos.

E ele começou a rir, provavelmente de nervoso.

— Dani, calma, eu tô de toalha.

— Não importa.

Falei e ele riu mais, e agora eu sabia que não era de nervoso.

Eu me virei de costas, e esperei ele se trocar.

— Pronto. — Ele falou e eu me virei.

— Jesus, da próxima vez, eu espero você responder.

Ele riu e se aproximou de mim.

— Oi. — Ele sorriu. — Você está linda.

Eu sorri também.

— Você está bonitinho. — Falei e ele riu.

— Poxa, coloquei essa blusa já para ganhar uns elogios a mais.

Ele foi se aproximando mais.

— Então tá. Você está extremamente lindo.

Então ele abriu um sorriso de ponta a ponta.

Antes que ele desse o próximo passo, o qual eu sabia muito bem qual seria, eu mudei de assunto.

— Então, o que vamos comer? — Perguntei.

— E se eu te disser que eu também não sei?

— Eu não iria ficar surpresa. Ficou só de conversa com as crushs e nem ajudou seus pais, né?

Falei e ele riu.

— Quem dera. Vamos ver se eles precisam de ajuda.

Assenti.

Chegamos na cozinha, e meu pai e Tulio conversavam sentados na mesa, e nossas mães conversavam enquanto cozinhavam.

— Oi, Vidinha e Daddy. — Matheus falou.

— Olá, Matheus. — Ele falaram em uníssono.

— Oi tio Tulio. — Dei um beijo no rosto dele. — Vocês precisam de ajuda?

Elas negaram.

— Vamos lá para sala, então. — Matheus falou.

Caminhamos até o sofá, e nos sentamos.

— Quer assistir alguma coisa?

Ele perguntou.

— Pode ser.

Ele colocou em um filme, e nós ficamos em silêncio.

Em um momento, comecei a sentir o olhar dele em mim, mas incrivelmente, aquilo não me deixou desconfortável.

Alguns minutos depois, me permiti a chegar mais perto dele, deitando minha cabeça no ombro dele.

*****

Rangel e Ana Luiza já haviam chegado com seus pais, e estávamos todos na mesa de jantar.

Matheus, rapidamente, antes que alguém se sentasse do meu lado, ocupou a cadeira, deixando alguns confusos.

Todos se sentaram, e a tia Cláudia colocou a comida em cima da mesa, e nós oramos.

E a primeira pergunta que fizeram, — Vindo de Cidinha— foi, nada menos, e nada mais que:

— Dani, você e o Matheus estão juntos novamente?

Ela perguntou.

— Mãe, isso é pergunta que se faça? — Fu falou. — Não precisa responder, Dani.

— Precisa sim. — Rangel falou.

— Ainda não. — Matheus sussurrou.