episódio 19

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Matheus parou e virou para ela.

— Eu só não quero falar nada que vá nos prejudicar depois.

— Você ir embora nos prejudica.

Dani cruzou os braços.

— O que você quer que eu faça?

Matheus perguntou, e claramente estava extremamente bravo.

— Quero que você pare de falar com a Helena.

Matheus riu irônico.

— Dani, eu te amo demais, mas eu sinto muito, eu não vou parar de falar com ela só por que você quer.

Antes que Dani respondesse, Rangel e Fu apareceram.

— Gente tá tudo bem?

Fu perguntou.

— Pergunta pro covarde do Matheus.

— Agora eu sou covarde por que não quero brigar?— Ele perguntou. — Eu não quero te deixar triste, Dani.

Dani suspirou.

— Ok.

Todos ficaram em silêncio, então Dani desceu, e os outros três saíram ao seu encalço.

— Vocês estão legais para gravar? — Lucas perguntou.

— Por mim tudo bem.

Matheus falou.

Dani apenas assentiu.

Fu arrumou a câmera e eles se sentaram no sofá.

******
Já mais para a noite, Matheus e Dani resolveram ir embora.

— Eu vou pedir um Uber. — Dani disse quando Matheus mencionou que a levaria para casa.

— Eu te levo. — Matheus falou.

— Não preci..— Antes que ela terminasse a frase, Matheus a interrompeu.

— Eu já disse que te levo.

Dani bufou.

Eles se despediram da Fu e do Rangel, e desceram.

No elevador foram totalmente em silêncio, e quando entraram no carro também, até que Matheus resolveu se pronunciar.

— A gente precisa conversar. — Ele falou.

— Se for para brigar não adianta nada.— Dani falou.

Matheus revirou os olhos.

— Eu só quero que você confie em mim. Nada vai mudar na nossa relação, Helena é só minha amiga.

— Você disse a mesma coisa da outra vez. — Dani falou.

— Se você ficar vivendo no passado fica muito difícil. — Matheus começou a subir a voz.

— Por que tudo que nos envolve, me lembra o passado, Matheus, eu não posso fazer nada.

— Pode sim, pode tentar seguir em frente. — Ele falou.

Dani ficou em silêncio, e Matheus a olhou.

E então, um barulho muito alto foi ouvido, e tudo ficou escuro.

*******

Pov Matheus.

Abri os olhos, e me assustei com a gritaria.

Eu apenas me lembrava de olhar para Dani, ouvir algo colidindo com o carro e depois tudo ficou preto.

— Ele acordou! — Uma voz feminina gritou. — Ei, você está bem?

Ela me ajudou a me sentar no chão, e se agachou.

— Cadê a Dani? — Sussurrei.

— A mulher? Ela é o que sua? — Ela perguntou.

— Minha namorada. — Eu falei e ela ficou quieta.

— Ok, meu nome é Katherine e eu estava no carro de trás do de vocês e vi o acidente. Chamamos a ambulância, e ela já está chegando.

— Cadê a Dani? Eu preciso ver ela. — Tentei levantar, mas minha perna dóia demais.

— Ela está ali, — Ela apontou para um carro. — Acredito que ela esteja bem.

*******
Alguns minutos se passaram, e a ambulância já havia chego.

Nós fomos para o hospital, e eu pedi para a mulher que nos ajudou ligar para o Rangel. Passei o número dele, e ela o avisou do que tinha acontecido.

Eles nos levaram para quartos separados, e um médico veio me examinar.

— Bem, com você está tudo bem. Apenas torceu pé, e machucou o braço.— Ele falou e sorriu.

Eu o encarei.

— Infelizmente, não podemos dizer o mesmo da sua namorada. — Ele disse, e seu sorriso sumiu.

— O que houve?

— Ela perdeu muito sangue, e a batida foi forte. Acreditamos que possa ter sido algo na cabeça, por que até agora ela não acordar.

— Mas e os sinais vitais?

Perguntei.

— Estão cada vez mais fracos.

Como se fosse a primeira vez | Dantheus Onde histórias criam vida. Descubra agora