I Just Wish I...Hadn't Met You

72 13 6
                                    

2019, Setembro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

2019, Setembro


Desligo o meu notebook, fechando e guardando na mochila, juntamente com o meu fone de ouvido, agenda com anotações e compromissos importantes, por fim, o meu carregador.

Suspirando pesadamente, forço meu corpo a levantar da cadeira em que estive sentada desde às sete da manhã, até agora, quase seis da tarde. A minha bunda está completamente amortecida e as minhas pernas formigam a cada passo que eu dou em direção a porta, a passagem para a liberdade.

Eu gostaria de estar indo me encontrar com alguém importante, mas, eu não estou. Não tenho ninguém importante me esperando. Não por ser alguém chata e antissocial, mas, por ainda ter alguém que mexe tanto comigo que é quase impossível abrir mão disso e me envolver com outras pessoas.

Derrotada, pego o meu celular no bolso traseiro da minha calça jeans e abro o aplicativo do Uber, eu preciso chegar em casa rápido, não estou em um dos meus melhores dias para enfrentar um metrô lotado. Não que alguém vá se importar ou ao menos perceber que estou péssima.

Em três minutos, um sedan preto para na minha frente e abaixa o vidro, o motorista, na faixa dos trinta e poucos anos, pergunta:

― Bianca? ― Após confirmar que sou a passageira que ele espera, o mesmo destrava as portas e eu entro, sentando no banco traseiro atrás dele, e coloco a minha mochila ao meu lado. ― O tempo está estranho né? Estamos no verão mas precisei colocar um blusa de frio por baixo dessa camisa. ― Ah não.

― É. ― Apenas concordei monossilabicamente, quem sabe assim ele perceba que eu não estou afim de conversar, mesmo que seja um assunto tão banal como a mudança não prevista no tempo. É, está ficando frio, e sim, estamos no verão. Qual o problema? Nem sempre as coisas acabam ou acontecem do jeito que gostaríamos.

Ah, a vida seria uma beleza se fosse assim, não é mesmo? MAS. NÃO. É.

― Você é daqui? Seu sotaque é diferente. ― Ah caramba Sr. Qual é mesmo o nome dele? Nem me dei ao trabalho de verificar isso quando solicitei um carro, conferi a placa e modelo, apenas.

― Sim, sou daqui. Mas fiquei toda minha infância fora. ― Suspirei e revirei os olhos, meu maxilar está começando a doer com a força que estou fazendo travando os meus dentes. Eu só quero chegar na minha casa logo e poder enfim ficar sozinha.

Mas, olhando o GPS, ainda faltam dez minutos. Merda.

E o trânsito está horrível, como sempre. Por que o trânsito precisa ser assim em toda metrópole? Mas, pensando pelo lado positivo, se eu tivesse escolhido ir de metrô, eu ainda estaria em pé esperando pelo meu "trem". E se eu escolhesse ir de táxi, esses amarelos convencionais, eu estaria parada acenando igual uma idiota, pois na hora do rush, todos os táxis estão ocupados. Leva uma eternidade até encontrar um vazio, se você for sortuda o bastante, o taxista nem olha na sua cara depois que você diz o destino.

Contos de Amor: O espaço que é só seu [COMPLETO ✅]Onde histórias criam vida. Descubra agora