Minha namorada é incrível

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Freddie

É, foi bem estranho ver meu pai sendo encarado antes da fama, mas acho que nossa genética realmente é boa.

Também era estranho saber que íamos embora nesse mesmo dia. Tinha sido tão bom conhecer meus pais na adolescência, mas agora eu não sabia como agiria com eles adultos lembrando que tinha conhecido não Heitor e Layla Villa-Lobos, que eu e meu irmão sempre conhecemos por pai e mãe, dois dos rockstars mais bem sucedidos do nosso tempo, mas sim Heitor Villa-Lobos e Layla Bach, namorados, estudantes do Ensino Médio e membros de uma bandinha de garagem.

Eu estava conversando com Lizzy sobre isso. A situação dela era quase a mesma, sabia que ela podia entender isso.

— Eu sei como se sente. Meu pai é o guitarrista mais famoso do Underground e minha mãe é a cantora pop mais conhecida da atualidade. Ver os dois nesse tempo é quase errado.

— É, sua mãe mudou bastante.

— Em compensação, meu pai continua o mesmo. — ela riu. — Não acredito que vi ele zoar seu pai porque ele tava de pau duro, eu tô traumatizada.

— Não sei o que foi pior, isso ou ver minha mãe chegando com marca de mordida no pescoço.

— Bom, não é como se a gente nunca tivesse feito isso, né? — ela riu, beijando o meu. — Eles têm a nossa idade, Freddie, é normal.

— Ainda é estranho.

Ela deu risada.

— Eu vou no banheiro, já volto.

Mal Lizzy saiu, Thomas se sentou do meu lado.

— Qual é, como se já não fosse ruim competir com o Zach, agora a Britney fica olhando pro Heitor. Pelo menos ele namora.

— É, a única pessoa no seu caminho ainda é o Zach. — comentei.

Ele olhou para meus pais, rindo juntos no lado oposto da piscina.

— Desde que conheci o Heitor soube que os dois iam acabar juntos. Eu estudo com a Layla desde a creche, nunca vi ela olhar pra ninguém do jeito que ela olhava pra ele.

— É, eu ouvi um monte de gente falar isso só nesses dias que fiquei aqui. — ri. — Parece que desde o começo todo mundo sabia que um gostava do outro.

— Menos eles mesmos. — ele completou, rindo. — Cara, eu odeio falar isso, principalmente porque ele é meu amigo, mas parece que o Leo vai mexer com a Lizzy.

Olhei para onde ele apontava e vi ela voltando, com Leonardo conversando com ela.

— Ah, não vai, não.

Antes que eu pudesse chegar, tio Lud, tio James e meus pais já estavam lá.

— Você tá bêbado, Leonardo, deixa de graça. — meu pai dizia quando eu cheguei.

— Ah, qual é, eu só queria conversar. — ele respondeu.

Finalmente, Lizzy se cansou e deu um golpe em seu peito com as costas da mão, fazendo ele cair, sem ar.

— Tenta alguma coisa e só vai conversar com seus ancestrais.

Eles ficaram boquiabertos enquanto eu dei risada:

— Cara, não tinha ninguém pior pra você tentar assediar.

— Quê? — meu pai perguntou, chocado.

— Nós dois somos faixa preta em krotantka, mas eu me formei uns dois anos antes. — ela explicou.

— Foi assim que eu me apaixonei por ela.


— Bom, sempre foi assim, ninguém mexe com a nossa Lizzy. — riu Eddie quando contamos.

Ele tinha visto de longe, então não sabia dos detalhes.

— Eu só queria que meu pai entendesse isso e confiasse em nós. — disse ela.

— E entendi, Lizzy. — tio James começou, atrás de mim. — Eu implico mais de brincadeira. Fala sério, eu conheço os pais deles, eu sei o tipo de criação que os dois receberam.

— Quê? — ela parecia chocada. Eu entendia totalmente.

Sempre tivemos que lidar com tio James implicando com nós dois, mas agora que pensei, ele nunca tinha feito nada para realmente nos impedir de qualquer coisa. Estava na nossa cara o tempo todo.

— Obrigado, tio James, por confiar em mim.

— Não tem que agradecer. — ele riu. — Mas é sério, se magoar minha filha eu te espanco, não me importo com quem são seus pais.

— Eles provavelmente te ajudariam. — dei risada.

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