Ato I : Poema Sobre a Beleza de Todas as Coisas

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A Lua me trouxe o Céu
O fulgor lúgubre me trouxe a paz,
No castanho de olhos desatentos
Para o Amor, que ja havíamos esquecido;
Como Perséfone, a vida veio contigo, floresceu em mim
E me lembrei do real significado de
Felicidade!

Na sua ausência, dos céus
Não descem anjos... não!
Só nimbos em dissolução

A finitude me pressiona contra o ideal
Irreal toque do "acaso"
Predeterminando os sonhos
Num por vir confortável
Mas que conforto teria eu sem ti?
A água se torna em sangue.

Na sua ausência, o inferno é uma piada
Demônios são como crianças bravas:
Reles sofrimento d'um conto infantil.

Místicos e mentirosos se contorcem
Deuses e Reis são miseráveis
Pregadores e profetas balbuciam
E ninguém explica a metafísica de teu olhar;
Os tesouros da terra são pobres-em-si
O ouro dos céus é ferrugem
Pois teu sorriso ofusca tudo.

Na sua ausência, a paz se ausenta,
Nega olhar em meus olhos
E o vazio ocupa todo espaço

Vejo Mar e Estrelas em ti;
Diamante nos teus gestos;
E em teu abraço se esconde
Todo elemento químico
Desconhecido pela ciência

Sem portões de ouro;
Nada de pérolas escondidas;
Tampouco árvore da vida:
O paraíso está em teu abraço!

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