Para todos saberem,
Juniper era uma menina doce demais para quem havia sido tão maltratada pelo mundo frio e bruto, era também muito imatura; pulava, brincava e dançava o tempo todo, mas sabia usar a cabeça quando necessário, por isso era uma menina muito inteligente, ajudava todos sempre quando podia.
Era uma menina sonhadora, adorava viver um romance, sempre criava um na sua cabeça antes de dormir, e pra variar tinha sonhos lindos, tanto que eles os levaram ao Ezra, que naquele momento pensava mais nela do que nunca.
Mas naquele momento, Juniper corria pelo jardim de violetas que criara para correr e sentir o vento como já sabemos mas que nele queria achar algo novo. Cansada de atores de novela e personagens animados, ela estava a procura de sonhar com um amor real, platônico que mudasse sua vida da noite para o dia, uma pessoa.
Então, correndo pelas flores, viu um menino, ele era lindo, cativando os olhos de quem o visse se não fosse pelo casaco preto horrível que ele usava.. - MOLETOM! - Tá bom, moletom, satisfeito? Mil perdões eu já estava imaginando um emocionante final para esta história mas essa anta estragou tudo, agora descobriram nossa "quarta parede", meu nome é Estrela mas ignora essa informação.
Continuando, ela ficou encantada e como uma menina inteligente sabia dominar seus sonhos e num instante sentou do seu lado no balanço de pneus, e deu no que né amigos? Não estou aqui para ficar nesse clima repetitivo. A novidade é que após se conhecerem ela sentiu um arrepio, no sonho e na cama em que ainda dormia, ela era uma menina atolada logo sempre se atrasava para a aula. Pois bem, foi um arrepio pra valer, um frio na barriga que a deixou confusa, queria sim viver um grande amor.. mas quem era Ezra na realidade? Ela nem o conhece, será que seu cérebro poderia assim ter materializado alguém novo às suas expectativas? Assim pensava ela. Ela perguntaria sua idade, de onde ele vinha.. mas ele acordou, mas ela não viu, logo achou estranho, como alguém tão organizado a ponto de organizar seus próprios sonhos perde o amor de sua vida. Não teve muito tempo pra pensar, as luzes de seu quarto acenderam, Juniper deu um pulo da cama:
— Não dá mais tempo filha, mas a gente precisa conversar - Disse sua mãe com notícias importantes a lhe dar, avisando também que não daria mais tempo dela ir ao colégio.
— Diga Dona Catarina. - Disse ela abrindo um sorriso de cara amassada.
— Eu sei que pode ser difícil, mas temos que nos mudar, porém temos o privilégio de termos tempo, saímos daqui a um mês. Acho tempo suficiente para falar com seus amigos e arrumar nossas coisas. Vai ser bom pra gente vamos ver novos horizontes.
— Então.. A gente vai embora?
— Não fica chate..
— Promete que vai ser perto de uma lojinha de comida?
— Vá se trocar que eu penso no assunto.
E assim era a vida de Juniper e sua mãe, mais unidas que nunca buscavam sempre se ajudar para se adaptar num mundo tão difícil, era a terceira vez que se mudavam, mas num intervalo muito longo, como se fosse pouco mais que uma vida. Mas essa nova mudança significava que ela iria começar o ensino médio em outro lugar. O que também significava que poderia viver o maior clichê adolescente lá. Quem sabe..
Mas, nesse meio tempo, Ezra voltava pra casa com suas mãos no bolso do casaco, ouvindo Nirvana no volume máximo. Via os rapazes rindo e apontando para ele mas ele ignorava, descia a ladeira que descia a sua casa, até que uma menina que também estava descendo a ladeira acaba por passar do seu lado:
— Vem sempre aqui?
— Bom é o caminho da minha casa então considera-se que sim.
— Legal. Eu não passo muito por aqui tenho dois atalhos... Bom,
— Se é pra falar alguma coisa importante diz logo, eu não perco tempo com essas bobagens de dentro da sala. - Disse ele apertando o passo.
Acompanhando, a menina que estava determinada a falar com ele ainda o acompanhava:
— Não é disso, tipo eu não sou como eles eu acho. Mas eu não tenho ninguém pra falar eu só.. só me isolo.. Meu nome é Bianca. - Disse ela parando de andar, fazendo Ezra olhar pra trás e dizer seu nome dando meia-volta e estendendo sua mão.
Logo caminharam juntos quase em silêncio só tinham em comum o excessivo isolamento social que só complica mais a situação original onde Bianca poderia dar meia-volta. Mas o motivo de Bianca era bem diferente, e vocês já devem saber o porquê ou não, eu explico mais tarde.
— É aqui que eu moro.
— Ah.. É mais perto do que eu imaginava.. Foi legal falar contigo, vamo conversar mais?
— Seria bom.
— JESUS CHEGUEI - Disse ele ao finalmente passar pelo portão, não conseguia falar com gente, pelo menos da sua idade. Seu pai estava trabalhando na petroleira como sempre, só chegava às 18:00, então era tempo suficiente para ficar sozinho, e pra pensar na Juniper, e pra dormir também..
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Quando eu dormir..
Teen FictionUm sonho une duas almas gêmeas, como irão lidar com isso, você pode saber se ler comigo. Acredite é uma surpresa tanto pra mim quanto será pra você eu acho.