the dream we met • woosan

five; we're here for you.

💫☁️💫

Eu e Wooyoung ficamos até o final da tarde no quarto, sempre tomando cuidado para não falarmos alto demais e meu pai acabar escutando qualquer coisa que denunciasse a real razão para estarmos juntos.

Quando foi por volta das dezoito horas, minha mochila estava pronta, recheada com todas as minhas roupas e utensílios necessários para poder dormir na casa de Jung. Sua mãe chegou, era muito bonita e tinha os mesmos olhos brilhantes que o filho.

Fiquei sentado na escada, com Wooyoung ao meu lado, atentos ao que acontecia lá embaixo, já que o corredor da escada nos dava uma visão parcial da porta. Pudemos ouvir a porta se abrindo, e um pigarrear surpreso vindo do homem que morava comigo.

— Olá, sou a mãe do Wooyoung! Ele me disse que estava aqui por causa de um trabalho da escola... — a mulher falou, já se colocando para dentro de casa, deixando meu pai confuso e sem graça.

— O-oi... É, ele está lá em cima, com San, meu... Filho. — falou.

— Oh, sim, San é um menino muito educado, pelo que Woo me conta, um pouco quietinho, mas faz um bem danado ao meu filho.

Olhei para o garoto ao meu lado, que ficou imediatamente vermelho e sem graça com o comentário de sua mãe, me fazendo sorrir com o coração aquecido dentro de meu peito.

— Hm. Vou chamar eles.

— Não! Deixe que vou lá! — A mulher foi rápida em dizer, já se colocando em direção a escada onde estávamos.

Como um aviso, eu e Jung nos levantamos rapidamente e fomos até até meu quarto em passos apressados,  e não demorou até que a senhora chegasse no quarto e nos avistasse sentados na cama.

— Tudo pronto, meninos? — perguntou, sorrindo.

Assenti, tímido, em contraste a sei filho, que respondeu um alto e sonoro "sim", um tanto risonho, com os traços muito semelhantes aos da mulher na nossa frente.

— Pegue sua bolsa, San, vamos sair desse lugar grotesco! — susurrou pra mim, me fazendo sorrir.

Fiz oque foi pedido, e saímos os três do quarto; eu, com uma mochila cheia de roupas, Wooyoung, com sua própria mochila da escola, e sua mãe, que tinha os olhos atentos em tudo a nossa volta.

— Perguntei ao Sannie se ele não gostaria de dormir em casa pelo final de semana, espero que não tenha problemas! — senhora Jung falou, atraindo os olhos cheios de rugas e olheiras do meu pai.

— Eu não sei se é uma boa idéia... — respondeu, alternando seu olhar entre mim e Woo.

— Ah, mas é claro que é! Eles vão se divertir um bocado, eu garanto. Vamos meninos! — ela praticamente gritava, pegando nossas mãos logo em seguida e nos puxando para fora de casa.

— Espera! Eu- — antes que meu pai pudesse terminar, a mulher fechou a porta, andando cada vez mais rápido até o carro pequeno.

— Venha, vamos rápido, antes que ele insista!

Eu e Woo andamos apressados, até estarmos dentro do carro, os três de cinto e um tanto ofegantes pela situação esquisita de segundos atrás.

— Eu disse que ia convencer ele! — se vangloriou, ligando o carro e dando partida.

— Mãe, a senhora sequestrou o San. — o filho disse, rindo e puxando meu próprio riso.

— Certo, desculpe por isso, querido...

— Não tem problema, Sra. Jung. — tranquilizei.

— Oh, por favor, me chame de Sunjoo, ou tia, se preferir! — sorriu.