A sua vida era mesmo horrível os dias passavam e nada, continuava sem computador, sem telemóvel, com a mãe zangada consigo e cada vez se enterrava mais na escola como delegada de turma até já tinha um apelido: Delegada mariquinhas, ela sentia que precisava de fazer alguma coisa de se divertir e de arranjar uma maneira de os seus colegas e a sua diretora de turma esquecerem tudo o que ela tinha andado a fazer.
Finalmente aquela semana horrível tinha chegado ao fim, e como ela não tinha usado nem o telemóvel nem o computador às escondidas, e a mãe sabia que não pois tinha espalhado camaras de filmar pela casa toda para expiar a filha e garantir que ela não quebrava o castigo, a mãe resolveu entregar – lhe novamente o portátil e o telemóvel.
Com o portátil e o telemóvel na mão Jennifer foi para o seu quarto, sentou – se na cama, colocou o portátil no colo, e abriu o seu MSN, estava quase a continuar com o seu diário virtual quando reparou em algo muito estranho tinha um e – mail na caixa de recebidos. Primeiro pensou que seria um dos seus colegas de turma, aos quais não podia chamar amigos, a gozar com ela, depois de tudo o que ela tinha feito na escola aquilo seria normalíssimo, mas não.
Naquele momento tudo ficou mais estranho ainda, o e – mail era daquele correio eletrónico que ela tinha criado para enviar o seu diário. Só ela tinha acesso a ele como podia ter uma resposta?
Uma estranha curiosidade invadiu – lhe o estômago, o que continha aquele e – mail?
Acalmou – se e abriu o e – mail.
Começou a ler: Olá querida Jennifer. Aposto que não imaginas quem eu sou. Sei que ultimamente tens tido muito azar mas tens de acreditar no futuro e ter esperança. Acredita que uma inesperada mudança que para ti pode parecer estranha, vai tornar – te numa rapariga muito feliz e com muita sorte a quem tudo irá correr bem.
Acredita! Eu sei do que estou a falar, a tua vida vai mudar, vais ser sortuda, feliz e vais ter muito amor e carinho.
Beijinhos da tua
…
Aquilo não podia ser verdade Jennifer não podia acreditar no que via. Apenas se conseguia questionar, mas sem resposta. Como tinha recebido aquele e – mail? Estaria a sua visão a pregar – lhe uma partida? Precisaria de ir ao oftalmologista? Ou precisaria de ir a um psiquiatra?
Ela não podia estar bem da cabeça, aquilo não podia estar a acontecer!
Depois de se ter questionado muito sem reposta alguma, resolveu tentar esquecer tudo aquilo e continuar a escrever o seu diário.
E assim fez, escreveu o diário e contou tudo sobre aquela semana horrível sem computador, sem telemóvel e com tudo o que lhe aconteceu na escola, se os dias recebessem uma classificação a daquela semana seria um fraco com muita certeza.
Nesse momento a sua mãe chamou – a para jantar, Jennifer enviou o e – mail e desligou o computador.
Se não fosse a incrível visão de Jennifer tudo o que tinha visto naquele computador deixaria de ser segrego pois no cantinho do teto estava uma camara de filmar colocada pela mãe de Jennifer para espiar a filha.
Jennifer não podia acreditar que a mãe chegasse ao ponto de a espiar através de camaras de filmar!
Rapidamente Jennifer colocou – se de baixo da camara de filmar subiu para cima da sua secretária e retirou a cassete da câmara e escondeu – a dentro dos cobertores da sua cama. Não podia correr o risco de a sua mãe descobrir que ela tinha escondido a cassete.
Jennifer foi jantar e quando acabou voltou imediatamente para o quarto a mãe não estranhou, pensou que a filha fosse estudar.
Passado algum tempo deitou – se e acabou por adormecer, teve um sonho estranhíssimo tudo começava através de uma espécie de explosão de fumo, ela estava lá mesmo enfrente ao fumo de repente apareceu por entre o fumo um mulher idosa de média altura, mas não era uma idosa normal, nas suas costas apareceram uma espécie de asas e na sua mão uma varinha mágica.
A certa altura a velhinha olhou para Jennifer e disse – lhe:
-Tu és a escolhida eu sou a tua fada – madrinha, a tua vida vai mudar minha querida vais ser feliz!
Jennifer não conseguiu ouvir mais nada pois acordou. Uff… Mas que sonho!
Lembrou – se então das palavras que estavam escritas no e – mail que havia recebido também afirmavam que a vida de Jennifer iria mudar e que ela ia ser feliz!
Como era possível?
Estaria ela a ficar louca?