➳ ONE.

564 51 40
                                    

Nova York, você é lindo e imenso.
Eu e Gen pousamos na grande cidade por volta das três da tarde, e iríamos apenas deixar as coisas nos respectivos apartamentos rapidamente, afinal tinhamos que estar na sede da Ralph Lauren ás cinco e meia da tarde para conhecermos os outros alunos e ouvir um descurso imenso dos tutores e auxiliares sobre ética e profissionalismo.
Entramos em um táxi, que deixou Genevieve primeiro.

Até logo, prometo não me atrasar.

Ela disse para mim, saindo do veículo com pressa, me deixando sozinha e sem poder respondê-la, o carro amarelo seguiu pelas ruas lindas e movimentadas de Nova York até chegar no apartamento de Thomas, um prédio bonito numa localização ótima, por sorte.

— Olá, vou subir para o apartamento do Moretti, o 101. — Falei me dirigindo ao porteiro, que analisou meu rosto com uma expressão confusa por alguns segundos, dando um tapa na bancada de metal ao parecer se lembrar de algo.

— Você deve ser a Senhorita Allen, estou correto?

— Sim! — Ninguém nunca me chamou de senhorita, estou me sentindo importante e só estou tentando entrar do prédio. — E o senhor é...?

— Oh, que esquecimento o meu! Me chamo Fitzgerald, Leonardo Fitzgerald. — Ele se apresentou e passou a mão pelos cabelos claros com alguns fios grisalhos. Ele parecia ter mais ou menos a idade do meu pai, uns quarenta e oito eu chutei.

— Muito prazer Senhor Fitzgerald. — Estampei um sorriso em meu rosto, de uma maneira amigável.

— Pode subir. Bem vinda a Nova York. — Concordei com a cabeça e arrastei minha mala única até o elevador, entrando no mesmo e apertando o andar 17.

Bati na porta de madeira rústica e esperei a mesma ser aberta, o número estava rasurado mas julguei ser a 101 pois a do lado era a 102.
Não demorou muito para a porta ser aberta, e eu coloquei o meu maior sorriso e dei um grito animado:

— Cheguei fratellino! — Encarei a pessoa parada na porta e arregalei meus olhos, enquanto o rapaz tinha um sorriso divertido no rosto.

— Acho que, pelo italiano no final da frase, esteja procurando o Thomas. Ele mora no apartamento da frente. — O desconhecido de cabelos ondulados e relativamente grande apontou para o apartamento da frente, cujo o número estava bem destacado "101".

— Me perdoe, eu confundi os apartamentos. — Falei para o rapaz enquanto encarava seus olhos claros, pegando minha mala novamente e arrastando-a até o apartamento de Thomas.

— Ele não vai demorar, mandei uma mensagem para ele, o Moretti é meu amigo. — E fechou a porta.

O apartamento de Thomas, o correto desta vez, teve a porta aberta rapidamente por um italiano branquelo e extremamente feliz, que me abraçou forte e beijou minha testa.
— Como errou o apartamento? Timothée me disse que você interrompeu o jogo online dele. — Então esse era o nome do vizinho de Thomas. Mas não seria útil porque provavelmente não o veria novamente, então apenas voltei a minha órbita.

— Julguei aquele ser o 101 por estar do lado do 102. Dei risada, percebendo que exclui a possibilidade de ser o 103.
— Senti tanto sua falta, Thomas.

— Também senti sua falta, Amy.

Ele me deu espaço suficiente para entrar em sua casa, que agora seria minha também, mesmo que por pouco tempo. Thomas carregou a mala mais pesada até o meu quarto e eu levei minha mochila de costas praticamente arrastada até o quarto.

troubled | timothée chalametOnde histórias criam vida. Descubra agora