The New Bad Boy

Capítulo 5

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🌻🌻Alícia🌻🌻

Vou me arrepender tanto por ajudar o Trevor. Já tô me vendo a ponto de explodir por causa disso.

Eu cresci com o Trevor na minha casa. Fazendo bullying com meu irmão.

Eu até me agradava com a feição dele, mas quando ele começou a ir na onda do Jace... Não o suporto.

Falavam tanta coisa de mim. Mas eu nunca fiquei calada. Eu disse que daria a volta por cima e olha aqui o bonitão metido a atleta precisando de mim. O mundo dá voltas né?

Estudamos na cozinha. Peguei meus livros e comecei a explicar da forma mais didática e repetitiva que consegui.

Parecia que ele tava entendendo.

- Tá entendendo? - perguntei pela 20° vez.

Querer ajudar ele eu não quero. Estou fazendo isso por mim. Em troca do meu benefício. Mas também não aceito que ele não aprenda, porque vai ser perda do meu tempo.

- Tô. Você sabe ensinar. - ele mostrou que tava atencioso. - Continua.

- Tá bom. - voltei pra onde a gente tava. Expliquei e passei um exercício pra ele fazer.

Enquanto isso levantei e peguei o lanche que minha mãe preparou pra gente.

Ele parecia bem concentrado em resolver tudo. Isso tudo é medo de sair do time? Caramba.

Enquanto ele escreve seus cabelos caem sobre a testa e balançam de um lado pro outro. Trevor é lindo. Sempre foi. E ficar observando ele faz perceber que quanto mais a gente olha, mais bonito ele fica.

Isso me deixa com mais ódio dele, porque ele poderia ser o cara bonito e legal, mas prefere ser o cara idiota que estraga sua beleza a cada palavra que diz.

Ele levantou a cabeça e me viu com os olhos arregalados pra ele enquanto mordia meu sanduíche. - Que foi?

- Sanduíche. - empurrei um prato pra perto dele.

- Você continua esquisita. - ele comentou comendo o sanduíche.

- Eu não sou esquisita. Você e o idiota do Jace que acham isso. Quando na verdade vocês dois são esquisitos. Parecem dois homens das cavernas que adoraram viajar no tempo e usar tudo o que tem de benefício por aqui.

Ele riu em negação.

- Também não deixa de ser grossa, né. - ele continuou escrevendo.

- E perder o costume de dar uma boa lição de moral em vocês? Jamais. - botei ketchup no meu sanduíche. Ele continuou rindo e soltou o lápis pra pegar o sanduíche. - A Hillary não se ofereceu pra te ajudar não?

- Você é bem irônica, né?

- Porque sua namorada é uma anta? Não tinha como não reparar, quando ela namorava o Jace era tão anta quanto ele.

Ele desmanchou um pouco do sorriso.

Tô bem aí se ele resolveu namorar a ex namorada do melhor amigo. Nunca vi essas modas.

E até que ele poderia querer se fosse uma garota que realmente vale a pena. Mas a ser humana só sabe espacate e saltar!

Cérebro do tamanho de uma ervilha, pra não dizer o grão.

Depois da aula, ajudei ele a ir pra casa. A mãe ele quem abriu a porta.

- Seu aleijado tá de volta. - brinquei soltando a cadeira.

- Como vai Alícia?! - ela abriu um grande sorriso pra mim.

- Estou bem. - não deixei de sorrir de volta. Ela sempre é bem legal comigo.

- E esse garoto tem futuro? - ela abriu espaço pra ele entrar na casa.

- Nossa, vocês falam como se eu fosse uma criança de 10 anos. - ele saiu pela sala.

O cérebro é.

- Há uma luz no fim do túnel ainda. - respondi. - Afinal, a esperança é a última que morre.

- CARAMBA ALÍCIA. TU ME AMA, HEIM. - ele gritou de dentro do quarto.

Demais, cê não tem noção.

A mãe dele ficou rindo.

- Já vou indo. Tenho que terminar de limpar minhas flores.

- AMANHÃ A GENTE COMEÇA A MINHA PARTE. - ele gritou de novo.

Não quero nem pensar nisso.

Dei meia volta e voltei pra casa.

Achei minha mãe limpando as flores, e como ela ainda não tinha acabado, resolvi acompanhá-la.

- Como foi a aula?

- Cansativa. - suspirei fundo.

Ela olhou pra mim com uma cara de admiração. - Quem diria que sua paixão de infância iria precisar exclusivamente de você. Quem sabe vocês dois não tem futuro? - mexeu as sobrancelhas pra mim com uma cara de expectativa.

Mano, sério?

- Que paixão de infância o que mãe?! Tá pirando? - juntei as sobrancelhas regando as plantas.

Eu heim.

Isso foi antes dele virar idiota. Então eu desconsidero essa parte da minha infância, onde eu era burra.

Hoje Trevor seria a última pessoa no mundo que eu gostaria de ficar.

🌻🌻🌻

Será que um dia a Alícia vai mudar de idéia?

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