Captivated - [TRADUÇÃO - PTBR]

Capítulo 5

N/T: Atualização dupla! Nesse capítulo o desenvolvimento continua normalmente. 

Jongin não poderia estar mais entediado enquanto escutava a discussão entre Sehun e Kris. Ambos haviam se recusado a ceder no acordo, fazendo com que empacassem. Bem, Kris deveria saber negociar melhor com Sehun quando se tratava de contrabando de armas. Sehun tinha mais experiência nesse ramo, embora fosse mais jovem.

Ele contou dez minutos para que Sehun encerrasse aquela discussão dizendo para que Kris pegasse armas de outro fornecedor, já cansado daquela perda de tempo. Jongin contava cada segundo até que finalmente fosse liberado, quando foi interrompido pelo toque de um celular. Geralmente Sehun ignorava qualquer ligação até que a reunião acabasse, mas inesperadamente ele atendeu, pedindo para que Kris aguardasse.
O que só poderia significar uma coisa: A princesa havia se metido em alguma confusão.

A feição de Sehun mudou drasticamente conforme ele ouvia o que era dito do outro lado da linha e Jongin pressentiu que alguém pagaria caro por seja lá o que havia acontecido. Essa pessoa deveria começar a correr naquele exato momento, porque olhando a expressão de Sehun, Jongin deduziu que o culpado sofreria algo pior do que a própria morte. De fato, Jongin já havia presenciado Sehun fazer alguém implorar pela morte antes, e não era uma visão muito agradável. Ele acabaria com a pobre pessoa que ousasse machucar sua princesa.

"Kris, temo que teremos que continuar essa discussão outro dia," Sehun disse e Kris estava prestes a protestar, mas ele viu a seriedade no olhar do coreano. Aquilo foi o bastante para que recuasse e simplesmente meneou a cabeça em concordância.

Jongin se levantou e seguiu Sehun para fora da sala.

[...]

Sehun queria que alguém pagasse, ele queria ver sangue e lamentações ao ver Luhan tão frágil naquela maca. Ele nunca havia sentido medo até aquele dia, quando ouviu a informação de que Luhan havia sido atropelado enquanto atravessava a rua.

Poderia ter sido um acidente, mas Sehun não estava certo disso quando tantas pessoas queriam a sua cabeça. Ele pegou a mão de Luhan e a apertou forte, desejando que o chinês adormecido abrisse os olhos. Por toda a sua vida ele nunca teve pessoas as quais considerou importantes para si, mas Luhan era diferente.
Por este motivo, ele jurou que se alguém ousasse sequer encostar um dedo em Luhan, Sehun faria tudo o que estivesse ao seu alcance para dar o troco dez vezes pior, até que o culpado desejasse nunca ter nascido.

[...]

Luhan acordou ao sentir a luz do sol em seu rosto, ele coçou os olhos e piscou algumas vezes a fim de se localizar. Ele estava em um campo repleto de Não-me-Esqueças (N/T: Um tipo de flor), e havia uma brisa suave que tornava o local ainda mais aconchegante.

Ao levantar-se, Luhan se deu conta de que não havia mais ninguém ali. O campo era vasto, entretanto mais ninguém estava a sua vista. Aquilo era estranho, onde ele estava? Ele então começou a se desesperar porque aquele não era o seu mundo, aquele era outro mundo.

"Sehun!" Ele gritou. "Pai, mãe!"

Não houve resposta alguma e ele começou a correr em uma tentativa de sair daquele lugar, mas de repente, sentiu alguém o puxando pela barra de sua camiseta. Era uma criança, um pequeno garotinho com olhos brilhantes que lembravam muito os de Luhan. O garotinho olhou para o mais velho, seus olhos cintilavam com as lágrimas. "Por que você não me quer?"

Luhan franziu a testa, ajoelhando-se para ficar do mesmo tamanho do menino. "Mas eu quero você-"

"Mentiroso, você não me quer mais." A criança começou a chorar antes de empurrar Luhan. "Eu te odeio!"

"Não! Me escuta-"

Luhan abriu os olhos e a primeira coisa que viu foi um teto branco, ele olhou para o seu lado e viu Sehun cochilando em uma cadeira. O coreano parecia exausto e Luhan perguntou-se a quanto tempo estava inconsciente.

Ele tentou se levantar e Sehun abriu os olhos imediatamente. Lhe mostrando um sorriso fraco, Luhan alcançou as mãos do mais novo. "Eu estou bem."

Sem dizer nem mesmo uma palavra, Sehun avançou em direção a Luhan e o envolveu em um abraço. "Você- Nunca mais me assuste dessa forma!"

Dando tapinhas gentis em suas costas, Luhan fez o possível para retribuir o abraço de Sehun. "Eu estou bem- Espere, Sehun! O brotinho está bem?"

Sehun finalmente afastou-se, olhando Luhan com total seriedade em seu olhar. Isso fez com que o chinês engolisse a seco, recordando-se do sonho que havia tido mais cedo. Aquilo não podia ser possível, certo? Ele não tinha perdido o seu brotinho, tinha? Ele não havia nem mesmo tido a chance de assistir o seu bebê crescendo e– não.

"Sehun, me diz! Me diz se eu perdi ele–"

Sehun o calou ao colocar o seu dedos sobre os seus lábios e Luhan nunca se sentiu tão desesperado como naquele momento. "Quase. Você chegou realmente perto de perdê-lo, mas ele está bem."

Luhan deixou um suspiro trêmulo escapar; O seu brotinho estava bem. As lágrimas que estava segurando finalmente começaram a molhar o seu rosto. Suas mãos tremiam levemente ao se dar conta de que quase havia o perdido.

Deixando um selar na testa de Luhan, Sehun enxugou as lágrimas do chinês com o seu polegar. "Está tudo bem, o brotinho está bem."

E eles permaneceram ali até que Luhan finalmente se acalmasse.

[...]

Luhan teve alta depois de dois dias e Sehun ficou ao seu lado o tempo inteiro. Como se já não estivesse ruim o bastante anteriormente, Sehun estava praticamente o sufocando agora. Ele se certificava de ajudar Luhan em tudo, não deixando que o chinês levantasse nem mesmo um dedo.

Chegou ao ponto de que Sehun não deixou que Luhan pegasse um copo de água para si. O chinês não contestou, limitando-se a um rolar de olhos pois sabia que o mais novo não havia superado o fato de quase ter o perdido e o brotinho.

Ele decidiu que deixaria Sehun fazer o que quisesse por um tempo. Até porque Luhan sabia como Sehun havia se sentido. E mesmo depois de tudo, Luhan continuava a ter pesadelos onde perdia o seu precioso brotinho e ainda estava assustado do quão próximo ele ficou de tê-lo perdido.

"Você está com frio?" Sehun perguntou enquanto tirava o seu próprio casaco e o envolvia ao redor do corpo delgado de Luhan. O chinês aproveitou para plantar um selar rápido nos lábios do mais alto.

"Qual a razão disso?"

"Por tudo." Luhan respondeu e sorriu.