Capítulo 7

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A vontade de esfaquear Seoyeon com seu garfo passou muitas vezes pela cabeça de Luhan aquela noite. A mulher havia dado um jeito de infiltrar-se em sua casa novamente, e encontrava-se naquele exato momento comendo a comida que Luhan havia preparado. Talvez ele devesse apenas tê-la envenenado e acabado de uma vez com isso — aquela ideia começava a atrair bastante Luhan. Ele praticamente espancou o hot dog continuamente antes de levá-lo até sua boca. Maldito Sehun por tê-la convidado. Ele disse a Luhan que talvez os dois tenham tido uma má primeira impressão, porque Seoyeon era 'uma pessoa muito legal'. Então Sehun o incitou a dar-lhe uma nova chance, convidando-a para o jantar.

Por um momento, Luhan se manteve precavido porque não havia nada de legal na mulher sentada próxima, próxima demais de Sehun. Sem contar a forma como ela piscava para Sehun durante a noite toda, e aquele vestido colado e curto que não deixava nada para imaginação. Entretanto, Sehun não viu nada de errado nisso, conversando com a mulher de forma amigável durante o tempo inteiro e até mesmo puxou a cadeira para que ela se sentasse.

Engolindo tudo o que ele gostaria de dizer, Luhan levantou-se sem dizer uma palavra. Os dois pares de olhos viraram-se em sua direção, Sehun o olhava com preocupação, enquanto Seoyeon lhe direcionou um olhar lascivo. "Você está bem?" Ela perguntou docemente, aparentando estar realmente preocupada.

"Perfeitamente bem," Luhan respondeu antes de deixar a mesa. Ele não queria fazer uma cena, não queria parecer grudento e definitivamente não queria que Sehun pensasse que ele estava sendo emocional devido a sua gravidez novamente.
Sendo assim, ele decidiu sair dali enquanto ainda estava em controle de si mesmo.

[...]

Luhan acordou ao sentir a cama afundando abaixo de si, esfregou seus olhos de forma sonolenta e checou as horas no relógio, constatando que já se aproximava da meia noite. "Me desculpe, eu te acordei?"

"Não," Luhan murmurou, aproximando-se de Sehun instintivamente. "Onde você estava?"

"Eu levei Seoyeon de volta para o hotel," Ele disse antes de deixar um selar na bochecha do chinês.

"Você já tomou banho?" Luhan indagou e Sehun negou com a cabeça. "Vá tomar banho primeiro, eu vou esperar você."

Sem dizer nada a respeito do estranho pedido, Sehun levantou-se da cama e tirou suas roupas, colocando-as no cesto de roupas sujas antes de seguir para o banheiro. Arrastando-se sobre a cama assim que ouviu o barulho do chuveiro, Luhan pegou as roupas que Sehun havia acabado de tirar. Não era coisa da sua imaginação: O cheiro estava fraco, mas não havia dúvidas de que aquele era o perfume enjoativo de Seoyeon. Aquilo significava que eles haviam ficado tão próximos que o perfume havia impregnado nas roupas de Sehun.

Pegando a camisa, Luhan viu uma marca de batom. Não precisava ser um gênio para saber que era de Seoyeon. Dúvidas e questões tomavam conta de sua mente enquanto ele se esforçava para confiar em Sehun. Não é que ele não acreditasse nele, mas Luhan estava inseguro. Sehun era rico, lindo e poderoso então o que ele havia visto em si? Sehun decidiu ficar consigo apenas por causa do brotinho? Ele se sentia responsável por Luhan?

Quanto mais ele pensava sobre isso, mais confuso ficava. Colocando tudo de volta no cesto de roupas sujas, Luhan arrastou-se de volta para debaixo do cobertor. Aquela noite ele permaneceu acordado por um bom tempo mesmo após Sehun ter adormecido.

[...]

Encontrar-se com Seoyeon havia sido a única solução a qual Luhan encontrou depois de uma noite inteira pensando. Ele decidiu que não seria tão passivo e não deixaria que Seoyeon conseguisse aquele anel de noivado. Luhan estava disposto a declarar posse sobre Sehun.

Luhan brigaria antes de deixar aquela mulher ter o que ela queria, porque ele não era alguém impassível. Conseguir o nome do hotel e o número do quarto dela com Sehun havia sido realmente fácil quando ele disse ao coreano que gostaria de conhecê-la melhor. Aquela mentira tinha um gosto amargo em sua língua, mas ao menos ele havia conseguido cumprir sua missão. Acompanhado por Jongin, eles rumaram em direção ao hotel. Talvez Jongin houvesse percebido que algo estava acontecendo, por isso não provocou Luhan durante o caminho.

Luhan foi direto para o quarto dela assim que eles chegaram. Não havia surpresa alguma no rosto de Seoyeon quando ela o viu. Na realidade, a mulher pareceu realmente satisfeita ao ver Luhan ali e dar passagem para que ele adentrasse.

"Deixe o Sehun em paz," Luhan disse assim que a porta foi fechada. "Eu não me importo que–"

"Você sabia que ele me trouxe aqui no hotel ontem?" Seoyeon o interrompeu, um sorriso presunçoso estampava o seu rosto.

"Eu sei mas–"

"Você quer saber o que nós fizemos nesse quarto?" Seoyeon perguntou, seu tom de voz era misterioso, como se ela estivesse compartilhando um grande segredo com Luhan. "Um homem e uma mulher em um quarto, hmmm, o que você acha?"

"Pare," Luhan levantou a sua mão, ele não queria ouvir aquilo. "Eu não estou aqui para–"

"Você quer que eu te diga o que Sehun disse?" Seoyeon aproximou-se de Luhan. "Ele disse que você é um pesadelo, ele nunca quis um filho e–"

"Chega!" Luha gritou. "Só pare de falar!"

"Mas querido, eu nem mesmo cheguei na parte boa." A voz de Seoyeon se tornou doce. Tão doce que fez com que a pele de Luhan se arrepiasse. "Eu tive uma ótima noite e ele me disse que vai se livrar de você muito em breve–"

"Mentirosa," Luhan recusava-se a acreditar que Sehun havia dito aquelas coisas.

"Ele disse que estava de saco cheio das suas mudanças de humor repentinas e–"

"Chega," Luhan sussurrou enquanto dava um passo para trás, e outro, até que seus joelhos atingissem a cama e Seoyeon o empurrou, forçando-o a sentar.

Inclinando-se, a mulher sussurrou em seu ouvido. "E ele nunca te amou, você é só um dentre muitos outros, então não se iluda ao achar que é especial, porque você não é."

"Você..."

"É uma pena que o carro não tenha te matado," Seoyeon continuou, sem dar tempo para que Luhan falasse. "Você teve sorte de ter saído vivo e conseguido manter o bebê."

Olhando amedrontado para ela, Luhan se deu conta de que o acidente de carro, na verdade, não havia sido um acidente. Seoyeon havia planejado matá-lo juntamente de seu brotinho. Aquela mulher era puramente maldosa e completamente louca. "Você planejou..."

"Sim, fui eu quem planejou aquilo." Seoyeon simplesmente sorriu em direção a Luhan.

Empurrando-a brutalmente, Luhan levantou-se e disparou em direção a porta, mas Seoyeon o agarrou. Dois homens vestidos de preto saíram do nada e pegaram Luhan antes que ele pudesse sair.

Um dos homens prendeu os braços e Luhan atrás de suas costas e os olhos de Seoyeon estavam completamente tomados de deleite ao ver o medo estampado no rosto do chinês. Enfrentar Seoyeon havia se tornado perigoso; agora ele tinha uma vida dentro de si a qual deveria proteger, não era apenas ele que corria perigo. "Agora, o que eu deveria fazer? Talvez eu devesse te empurrar da escada e dizer que foi um acidente? Ou deveria apenas te jogar em um rio?"

"Você está blefando." Luhan disse de repente. Ele precisava que Seoyeon chegasse mais perto para que ele pudesse derrubá-la, e usando o elemento surpresa, ele tentaria escapar. Ele só precisava tentar fazer alguma coisa ao invés de deixar que Seoyeon conseguisse o que ela queria.

Estreitando os olhos, Seoyeon aproximou-se dele. "O que te faz pensar que–"

"Sehun disse que me ama," Luhan disse. Aquilo fez com que ela pausasse, Luhan estava prestes a derrubá-la quando ela parou de andar. Ela não estava próxima o suficiente para que ele fizesse alguma coisa. A mulher franziu os lábios antes de erguer sua mão e dar um tapa no rosto de Luhan e então voltou para onde estava.

"Isso foi por mentir," Ela disse friamente. "Agora vamos começar, que tal?"


N/T: Ainda terá um capítulo explicando o que aconteceu quando Sehun levou a diaba no hotel na noite do jantar!

Captivated - [TRADUÇÃO - PTBR]Onde histórias criam vida. Descubra agora