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Luhan se perguntava o que havia dado errado na educação de seus filhos. Será que ele havia cometido algum erro na hora de trazê-los ao mundo ou era culpa de seu marido, Sehun? A única coisa realmente boa era a aparência deles. As duas crianças herdaram a beleza de Luhan e Sehun, o que agradava imensamente o chinês sempre que via outros pais elogiando seus filhos. Mas as suas personalidades, ah Deus — as personalidades.

Jihye se tornou como Sehun, a garota era rancorosa e ardilosa, sem mencionar que também era extremamente inteligente. Ela não era nem um um pouco delicada, escolhendo sempre brincar com meninos ao invés de meninas. Luhan havia sido chamado em sua escola mais vezes do que poderia contar, e era sempre porque Jihye havia causado algum tipo de problema.
Geralmente era uma briga. Na verdade, pensando bem, era sempre por causa de uma briga, seja verbal ou física. Jihye nem sempre começava, mas de alguma forma, sua garotinha sempre estava envolvida. 

Seu segundo filho, Ziyu, parecia-se exatamente como ele. E isso — honestamente, até hoje, Luhan não sabia dizer se era algo bom ou ruim. Ziyu não se metia em confusões como Jihye, mas era frequentemente um alvo de provocações. Esses eram os momentos em que ele gostaria que Ziyu tivesse a personalidade de Jihye, até porque o garotinho geralmente começava a chorar e aquilo só fazia com que as outras crianças o provocassem mais ainda.
Sem conseguir aceitar ver seu irmão naquela situação, Jihye fazia questão de vingar-se por Ziyu, pagando as provocações dez vezes mais caro. O que resultava em Luhan tendo que ir até a escola para convencer os professores de que seus filhos eram dois anjinhos ao invés de demônios. Ele sentia que seu poder de persuasão estava melhorando graças às crianças. Mas pensando bem, ele se perguntava se Ziyu era realmente tão inocente quanto aparentava. Seu bebê era capaz de encantar qualquer pessoa que fosse, e todos os professores de Ziyu apenas o elogiavam. Bem, ele não se surpreenderia se Ziyu se tornasse mais ardiloso que Jihye, afinal de contas, aqueles eram os filhos de Oh Sehun.

Mas olhando-os naquele momento, dormindo tão pacificamente, ele percebeu que não mudaria nada de nenhum dos dois por nada no mundo, mesmo que se parecessem como demônios disfarçados de anjinhos. Ele viveu os últimos anos em paz; tinha tudo o que sempre sonhou. Sehun o mimava, e mesmo que seus filhos fossem desobedientes às vezes, eles ainda amavam muito Luhan e nunca falharam em demonstrar isso com suas ações.

Plantando um beijo na testa de ambas as crianças, ele puxou o cobertor até que os cobrisse completamente. Ziyu piscou os olhinhos de forma sonolenta, sorrindo para Luhan. "Boa noite, papai."

"Boa noite, querido." Luhan respondeu e Ziyu fechou seus olhos logo após, retornando para o mundo dos sonhos.

Fechando a porta devagar para não acordá-los, ele sentiu um par de braços envolvendo sua cintura. "Você já jantou?"

"Sim. Como foi o seu dia?" Sehun indagou, deixando um selar em seus lábios, segurando os braços alheios enquanto o levava para o quarto.

"O mesmo de sempre, tentando fazer com que Jihye se comporte melhor e motivando Ziyu para que se interesse por esportes e também tentando decifrar se ele realmente é tão inocente quanto aparenta." Luhan confidenciou a Sehun, ajudando-o a tirar seu blazer. "Eu– Nós estamos realmente fazendo as coisas certas?"

Ouvindo o tom incerto de Luhan, Sehun sentou-se na cama puxando o mais velho para que se sentasse em seu colo. "Eu acho que contanto que as crianças estejam felizes, então estaremos fazendo o certo. Não se preocupe muito com isso, okay?"

Luhan assentiu. Certo; contanto que as crianças estejam felizes – e Luhan tinha sempre certeza de fazer o que fosse melhor para os dois... Ele foi interrompido em seus pensamentos ao sentir os lábios de Sehun em seu pescoço.

"Hey–." Luhan estava pronto para protestar, mas mudou de ideia ao sentir as mãos de Sehun deslizando para baixo. "Você... você deveria tomar um banho pri-primeiro."

"Isso pode esperar, eu tenho algo muito mais importante para fazer agora. O que você acha de termos um terceiro filho?" Sehun perguntou, havia um brilho malicioso em seus olhos.

"Não— Sim... ah," Luhan desistiu de pensar, confiando a si próprio nas mãos de Sehun.

Captivated - [TRADUÇÃO - PTBR]Onde histórias criam vida. Descubra agora