Mr. Bunny | Blogspot.com
13 de Março de 2019
Sabe aqueles dias em que nos sentimos mais deprimidos que o normal? Lá estava eu, Mr. Bunny, almejando ansiosamente o fim da aula de letras para retornar ao meu minúsculo apartamento, em plena sexta feira. Dia que costuma ser badalado para a maioria dos universitários, o que está acontecendo comigo?
Obviamente eu não sou um completo isolado neste mundo, possuo alguns amigos, mas dificilmente consigo estar com todos eles. O destino foi me separando dos mais próximos de mim, hoje estou até acostumado com a distância. Por mais que Seokjin esteja na mesma universidade que eu, ele namora e então não posso competir pela atenção do meu hyung, pois é... me sinto solitário!
A cama de casal aonde eu passo todas as noites, parece sentir falta de outro alguém ali, é como se houvesse um vazio da qual não deveria, já que eu nunca morei com outra pessoa antes. Uma sensação estranha que não parece se encaixar em minha vida, mesmo assim é como se algo estivesse faltando em minha rotina, por mais que tudo esteja normal, como sempre.
É interessante pensar neste assunto, por mais que eu force a minha memória, parece que faz mais de um ano que eu ao menos beijo na boca! Faz mesmo tudo isso de tempo? Nem ao menos me lembro com quem foi minha última vez, talvez com uma ficante de uma noite, mas aparentemente isto faz cerca de um ano. Estava tão desgastado ao pensar nisso , inundado na minha própria melancolia, que então percebi o quão deprimente e desprezível é estar nesta situação. Tudo bem que me senti frustrado nas últimas duas semanas por conta de nem perguntar o nome daquela mulher chamativa, mas lamentar por isso é ainda mais inútil.
Pensando nisso eu cheguei na conclusão mais plausível, era sexta feira e eu não me lembrava da última vez que me encaminhei a um barzinho.
Mesmo lutando contra a preguiça pela noite, me arrumei apropriadamente, sendo o traje oportuno uma simples calça jeans e uma camisa preta de botão. Borrifei perfume no meu pescoço e peguei a carteira, celular e chave. Estava com fome de qualquer forma, era mais de nove da noite, e sabia que encontraria diversas opções próximo da universidade.
Aquele era o meu terceiro ano cursando literatura, conhecia o lugar como a palma de minha mão assim como os estabelecimentos na redondeza. Eram tantas opções diversificadas, poucos restaurantes para a família, alguns completamente fechados que dividiam o espaço com baladas e também, uma opção aconchegante e autêntica, uma comida boa por um preço em conta, um balcão cheio de bebidas e música ao vivo. Me lembrava de ter visto um senhor cantando ali certa feita, uma lembrança antiga e algumas imagens picadas do ambiente inundaram a minha mente, alimentando a minha vontade de entrar no estabelecimento.
Eu entrei no ambiente familiar, com luzes de led penduradas no curto corredor, forrado por telhas de madeira. As pilastras do mesmo material conduziam o caminho, sendo rodeadas por mesas desde a parte externa até a interna. Um ambiente rústico e que ainda assim, transmitia uma sensação aconchegante aos clientes. Assim como eu deduzia, o lugar estava relativamente cheio, passei as vistas a procura de mesas, mas encontrei um espaço no balcão, onde era servido bebidas, petiscos e lanches.
A medida que caminhava até o lugar, podia ouvir uma voz tênue e sentida, cantando de forma emocional e fraca, extremamente afinada, notas envolventes e cheias de harmonia. Me sentei na baqueta pegando o menu para folear, a procura de algum alimento para preencher meu estômago.
Contudo, a música que ouvia de trás de mim, se fez conhecida roubando totalmente a minha atenção. Mr. Bunny olhava para o menu, mas estava completamente atento no que era cantado.
A música se chama Angel, da Sarah McLachlan, como eu seu disso? Não faço ideia!
Completamente surpreso e desnorteado eu me virei da banqueta a procura daquela voz e do piano marcante, sentia o meu interior trêmulo pela intensidade profunda que a letra era entoada por aquela voz única, que atravessou meu coração como uma flecha.
"Nos braços de um anjo
Voe para longe daqui
Deste escuro e frio quarto de hotel
E da infinitude que você teme
Você é arrancado das ruínas
De seu devaneio silencioso
Você está nos braços de um anjo
Talvez você encontre algum conforto aqui"
Mais uma vez estava embarbascado, e mais uma vez, pela mesma garota!
A figura iluminada pelas luzes, com os longos cabelos roseis, se assemelhava a um verdadeiro anjo, um anjo emoldurado num pedestal, intocável e deslumbrante, fascinante em sua voz e beleza. O piano de calda fazia parte da cena, enquanto as mãos delicadas tocavam as teclas e os lábios, se moviam próximo ao microfone.
Nem me lembrava mais da minha fome, fiquei preso em seu lindo cantar, encantado mais uma vez pela mesma pessoa, inevitável.
Quando a música se encerrou junto com as palmas, ela se levantou do piano com os olhos brilhantes e cintilantes, sinto que respirei fundo ao vê-la encarando o público mediano daquele lugar.
Não demorou para o dono do restaurante se aproximar ao lado da garota que trajava um vestido branco, que ia até o meio das coxas, contudo que tinha as mangas trabalhadas em renda.
O homem começou a falar sobre aquela show que ainda perduraria por mais uma hora ali, estava por completo atento no palanque, e dentre as falas e revelações, o nome daquela garota preencheu por completo a minha mente.
Agora ela tinha um nome e talvez, um significado...
...Yeri!
-------------------------------------------------------------------
Meus amados aaaaaaaaa sakdhasjhj vocês estão colocando a música pra tocar lá no início do capitulo? socorro, este capitulo me deixou emotiva ao escrever, espero que tenha tocado o coração de vocês também. Gostaram? Votem e comentem o que estão achando dessa história, isso conta muito pra mim, até o próximo amanhã *0*
VOCÊ ESTÁ LENDO
Brilho eterno de uma mente sem lembranças | jungri
Fiksi Penggemar[CONCLUÍDA] Após terminarem o relacionamento amoroso cheio de altos e baixos, Yeri e Jungkook se submetem a um tratamento evasivo para retirar completamente um ao outro de suas memórias, seria um seguir em frente, sem lembranças do passado. Agora J...