Segredos obscuros!

Capitulo XIII - Intimidades!

Acordei meio desanimada, pois Cléo havia se mudado do meu quarto desde aquele dia para o quarto em frente ao meu e ao lado do de Sebastian. O que dificultava a minha investida para ler o caderno dela, mas eu não ia desistir tão fácil, estava muito curiosa sobre o que estava escrito ali e quando ficava assim nada podia me parar!

- Não acredito que não consegui descobrir nada além do fato dos dois estarem ficando! – Disse resmungando enquanto ia em direção à cozinha, ainda de pijama.

Estava perambulando pelo corredor, quando senti algo se apoiar nos meus ombros...

- Bom dia! – Era Sebastian com sua voz sexy, não sei como a voz dele podia ficar assim pela manhã. Um calafrio subiu pelas  minhas costas, não só por causa do tom de sua voz, mas também porque levei um pequeno susto com sua aproximação repentina. Sua cabeça estava apoiada no meu ombro e seus braços em torno da minha cintura. Fingi que ia sair correndo, mas ele me virou fazendo-nos ficar cara a cara.

- Não vai me dar nem um beijo de bom dia? – Disse enquanto encostava sua testa na minha e me encarava com aqueles olhos azuis e profundos que eu tanto amava.

- Hum... Deixa-me pensar... – Fiz cara de pensativa. –... N-Ã-O!  – Ele me olhou com carinha de cachorro sem dono, que era uma fofura por sinal (e um baita golpe baixo devo admitir), mas eu tinha que resistir, não havia escovado os dentes ainda. Repentinamente sua expressão mudou passando de cachorro fofo para feroz.

- Já que você não quer... Pode deixar comigo! – O senti chegando mais perto, travei, mas fechei os olhos esperando pelo toque suave de seus lábios nos meus. Até sentir suas mãos agarrando e puxando minhas bochechas. Mas que porra!?

- Sabe, você fica fofinha assim! – Disse com aquele sorriso malandro no rosto e foi em direção à cozinha segurando o riso, demorou um tempinho, mas quando caiu a ficha...

- SEBASTIAN! Você vai ver só seu vampirinho de merda! – Sai correndo atrás dele com uma vontade de matá-lo gigantesca.

Quando cheguei à cozinha passei a mão na mesa e peguei um garfo. Por que não peguei uma faca?

- Só tenho três palavras para lhe dizer... Você... Está... Morto! – Disse com raiva, se possível até espumando.

- Disso eu já sei há um tempinho! – Falou com aquele sorriso no canto dos lábios e totalmente provocador. Não aguentei mais e parti para cima dele tentando acertar o garfo em seus ombros, mesmo ele sendo um vampiro e eu sabendo que com certeza ele iria desviar, deveria tentar. Ele aproveitou essa tentativa e me segurou pelo pulso, levantando o meu braço me puxando para mais perto,  o outro braço em minha cintura. Ficou me encarando com um sorriso de vencedor e me beijou singelamente. Com seus lábios ainda roçando nos meus sussurrou:

- Você me deixa louco, sabia? – E voltou a me beijar só que dessa vez de uma forma mais feroz, me segurando cada vez mais forte. Fiquei um pouco incomodada por não ter escovado os dentes ainda, mas não resisti. No segundo seguinte eu estava sentada na bancada da cozinha, abraçando  a cintura de Sebastian com as minhas pernas e minhas mãos entremeadas em seu cabelo.

- Ei! Vocês dois, parem de ficar se pegando na cozinha! – Era Jason, que ficou resmungando algo sobre um déjà vu. Sebastian não me soltou, mas parou de me beijar o que era uma pena!

- Jason não estraga o clima e vai ficar com a Cléo, vai! – Disse Sebastian.- Aliás, acho que ela vai precisar de uma mãozinha pra arrumar o quarto, vocês devem ter feito uma bagunça e tanto naquele espaço ontem a noite.

Jason ficou mais vermelho que o tomate que estava na mesa da cozinha e saiu de lá, assim como entrou. Eu só cobri a boca e arregalei os olhos em uma clássica expressão de “não creio”.