Segredos obscuros!

Capítulo XVI - Perdidas!

Oi meus segremoreS, passando só para avisar que a partir de agora, o lançamento dos novos capítulos  acontecerá todas as sextas feiras, pois os capítulos escritos que eu consegui recuperar acabaram. Provavelmente vocês também vão sentir uma diferença na forma de escrita, pois não tenho mais guias para as cenas.

Desde já, agradeço a todos que acompanham "Segredos obscuros" e espero que estejam gostando da história <3

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Capítulo XVI - Perdidas! 

Todas as seis pessoas presentes na sala estavam em silêncio no momento, o que Cléo havia falado era apenas a ponta do iceberg. Se Morgana conseguisse esse poder, não só o submundo iria estar em perigo, mas o mundo humano também estaria. Morgana queria exterminar dois terços da população e reinar sobre os restantes, se tornando a lider suprema dos dois mundos, temida e adorada, como uma deusa!

- Eu acho melhor entrarmos em contato com a Ange!- Haru foi o primeiro a se pronunciar. - Se Morgana é a tia de Mey, ninguém melhor do que sua mãe para nos contar sobre ela. - Todos nós concordamos com ele.

Haru e Kaoru se retiraram para entrar em contato com Angel e eu ainda estava no sofá, tentando entender tudo que estava acontecendo. Em questões de meses eu descobri que era bruxa, fiquei a par do submundo e seus outros integrantes, tudo que para mim antes era um conto, agora era real. Minha mãe estava viva esse tempo todo, separada de mim para me proteger, e agora, eu estava sendo caçada pela minha tia de sangue, uma pessoa que eu nunca vi na vida!

- Mey! - Ele me chamou baixinho, nos seus olhos só havia preocupação. Estava tão perdida em meus pensamentos que nem percebi que os meninos haviam sido soltos e que Cléo e Jason haviam saído da sala.

- Ah! Sebastian!

Ele não pensou duas vezes, me levantou do sofá e me abraçou.

- Eu não vou deixar que aquela mulher toque em eu fio de cabelo seu!- Não conseguia ver seus olhos, mas pela firmeza de sua abraço, eu sabia que, por dentro, os únicos sentimentos que haviam em Sebastian eram determinação e uma forma pura de ódio. Apenas me deixei ser envolvida.

PVO' Cléo

Assim que eu liberei Jason ele pediu para que eu o seguisse. Nós andamos pelos corredores da casa, até chegarmos ao jardim dos fundos. Durante todo o caminho eu andei dois passos atrás de Jason, mantendo minha cabeça baixa. O sentimento era de estar andando para a forca, onde eu seria julgada e condenada. Jason parou na borda da piscina, boas memórias dos nossos momentos passaram pela minha cabeça, tudo havia começado ali. O céu estava fechado e parecia que ia chover, mas mesmo assim, nos mantivemos do lado de fora.

- Jason, eu...

- Eu não quero escutar suas desculpas, Cléo!- Sua voz era ríspida, eu não consegui o olhar nos olhos. - Eu entendo que você está fazendo tudo pelo bem do seu pai, que Morgana está apenas jogando com você e lhe forçando a fazer essas coisas, mas eu não consigo aceitar.... Eu não...

A chuva havia começado a cair, aumentando gradativamente, assim como o silêncio e a distância entre nós.

-Eu não preciso que você me perdoe ou me aceite Jason, mas eu quero que no mínimo você escute minha versão. - Minha voz estava mais firme do que eu pensava que fosse capaz e nesse exato momento eu encarava os olhos de Jason, não precisava ter vergonha do que eu fiz, eu tinha uma razão. - Quando meu pai foi levado, eu perguntei qual seria o preço pela vida dele. Ela me disse que era apenas para eu levar uma menina até ela e quando eu a visse iria saber quem era. De início não pensei que fosse ser difícil, não a conhecia ou tinha algum laço com a garota, ia ser algo simples.

Um raio caiu e eu pude ver a clara expressão de Jason, me perguntei se aquilo em seus olhos eram lágrimas ou apenas gotas de chuva.

- Só que eu tive de me aproximar e conviver com vocês. De início eu pensava que ainda fosse conseguir, mas depois que conheci melhor a Angel, a Mey e principalmente você, eu comecei a omitir e modificar algumas informações de acordo com o que eu já havia escrito antes... - A chuva havia apertado.

Jason desviou o olhar do meu, seus punhos estavam cerrados.

- E porque você não nos contou isso antes? - Sua voz estava fria e sem emoção, o que fez o meu coração perder uma batida por medo. Ele voltou a olhar para mim.- Porque só agora, Cléo? Nós tivemos tantos momentos, onde você poderia ter se aberto para mim ou contado, mas você deixou passar....E se eu não tivesse escutado aquela conversa?

Respirei fundo.

-Eu não tenho como me defender disso! A verdade é que, eu estava tão feliz por estar com você que o medo de te perder, foi maior. Eu não queria que você me odiasse! As informações estavam chegando trocadas para Morgana então, por um breve momento, eu pensei que conseguiria fazer tudo e salvar meu pai, sem ter de entregar vocês ou contar.- Lágrimas começaram a cair pelo meu rosto se misturando com a água da chuva. - Eu pensei que fosse conseguir fazer tudo sozinha, sem colocar vocẽ em risco! - Minha voz estava mais aguda que o normal e os soluços não me deixavam continuar. A realidade havia me atingido com tudo naquele momento, no fundo eu sabia que não seria capaz de resolver tudo sozinha, tudo não passava de um sonho onde eu iria apenas me sacrificar em vão. Morgana ainda conseguiria chegar até Mey, e sem minhas informações, todos da casa cairiam em suas mãos. 

Não estava mais olhando para Jason quando ele me abraçou.

- Eu não quero te perder Jason! Por favor! Por favor!- Me agarrei a ele e pela primeira vez pude deixar de ser a Cléo forte, confiante , para ser aquela fada pequena que também se magoa, que chora e que acima de tudo, quer ser protegida e salva.

- Ei! Tudo bem!- A voz dele havia ficado mais calma, sua mão subia e descia por entre meus cabelos. - Vamos entrar!Está chovendo de mais aqui fora.

Jason me pegou no colo e entrou comigo. Havia um armário com algumas toalhas na parte de dentro perto da porta, para que quem saísse da piscina pudesse usar. Jason pegou uma delas e me cobriu.

- Eu só preciso confirmar uma coisa, Cléo: todos aqueles nossos momentos, não foram mentira, certo?

Me enrolei mais na toalha e dei um leve sorriso.

- Não foram mentira, pelo contrário, foram os momentos mais reais que já vivi em todos esses meus anos de vida.

Jason me deu um leve beijo nos lábios e então me abraçou novamente.

- Eu não vou te deixar, Cléo! Nós vamos conseguir passar por isso e trazer seu pai de volta, juntos!

Logo em seguida a campainha tocou.