Capitulo VIII - De volta a aposta

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Como eu sei que a maioria de vcs está de quarenta, assim como eu, essa semana farei lançamento de 3 capítulos contando com o de hoje!
Lavem bem as mãos e se cuidem viu!
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Capitulo VIII - De volta a aposta

Já havia se passado uma semana desde a aposta que eu e Haru havíamos feito, mas eu ainda não havia cumprido minha parte do trato então ele veio tirar satisfação comigo.

- Mey! – Ele gritou e eu parei na porta de meu quarto.

- O que foi Haru? – Me virei para ele e sorri.

- Você ainda não cumpriu sua parte da aposta!

Fiquei sem saber o que dizer, não queria sair com alguém agora, ainda mais depois de tudo que aconteceu entre mim e Sebastian. Queria muito dar uma de amarelona, mas não podia, aliás Haru cumpriu com a parte da aposta dele...Hehehehe!

- E eu já decidi com quem você irá sair! – Haru disse sorrindo. Aquele sorriso não podia ser boa coisa!

- Quem? – Comecei a ficar nervosa e parecia que um buraco tinha sido feito no meu estômago.

- Você sairá com…- Ele fez uma pausa dramática. - o Sebastian!

Haru pronunciou o nome do irmão lentamente, como se estivesse ensinando uma criança de cinco anos a falar.

- O que? – Perguntei em um fio de voz.

- Vou ser mais direto! Você, meu irmão, cinema, passeio pelo lago, de volta em casa antes das 17h.

- Por que logo ele, por quê? – Disse sussurrando num tom para que só eu ouvisse, mas Haru escutou.

- Porque eu escolhi! – Disse num tom travesso e de autoridade. - E também, sei que rolaram coisinhas entre vocês dois no dia do seu primeiro feitiço.

- Não creio! Ele te contou?

Haru começou a gargalhar.

-Então você confessa que coisas aconteceram naquele dia, hum?

Eu devo ter ficado vermelha da cabeça aos pés.

-NÃO CONFESSO NADA!- Entrei no meu quarto e bati a porta na cara de Haru!

xXx

Pensei que Sebastian iria aceitar sair comigo de primeira, mas ingênua fui. Ele sabia que isso estava acontecendo por causa da aposta e disse que não iria aceitar de jeito nenhum. Então, passei um dia inteiro implorando para  que ele saísse comigo. No fim ele aceitou, por pura pressão, pois ninguém mais aguentava me escutar pedindo.

Os meninos apenas o arrastaram para o quarto, obrigaram ele a trocar de roupa e depois o enfiaram dentro de um táxi junto comigo. Ele foi de cara emburrada durante toda a viagem, mas quando entramos para assistir o filme sua expressão foi mudando aos poucos.

Haru havia comprado ingressos para um filme de comédia romântica e Sebastian riu durante 70% do filme.

- Eu não sabia que você podia sorrir assim!- Nós estávamos saindo do cinema, o filme tinha terminado. Admito que fiquei surpresa, nunca havia visto Sebastian gargalhando daquela forma. Ele conseguia ficar ainda mais lindo sorrindo daquele jeito.

Ele deu um sorriso de lado.

- O que foi? Se apaixonou por mim?

Levantei uma sobrancelha e cruzei os braços.

-Acho incrível como o seu Ego pode ultrapassar a estratosfera!

Sebastian gargalhou de novo e continuamos a andar por mais um tempo, quando não estávamos implicando um com o outro ficávamos meio sem jeito e sem assunto para conversar.

-Você…- Sebastian começou - Tá afim de um sorvete?

-Huummm- Eu sorri.- Resolveu curtir o “encontro”, foi?

Sebastian estalou a língua e começou a andar na minha frente. Acelerei um pouco o passo e segurei o braço dele.

-Ahã…- ele se virou para mim.- Eu ainda não respondi a sua pergunta. Eu aceito um sorvete!

Fomos até a barraquinha no meio da praça do shopping.

-Que sabor você vai querer, Mey querida?- Aquilo me pegou de surpresa, se não fosse o tom sarcástico na última parte da frase, ia me perguntar se realmente era o Sebastian ou não.

Dei um risinho de devolvi na mesma moeda.

- Vou querer o de chocolate, meu docinho!- Na última parte usei o mesmo tom sarcástico e apertei a bochecha dele. Ele pediu o de chocolate para mim e o de frutas vermelhas pra ele.

Pv’o Sebastian!

Eu ainda não estava acreditando que aqueles traidores me obrigaram a vir. Eu queria ter um encontro com a Mey, mas não por causa de uma aposta! Para ajudar, ela estava linda usando uma blusa rendada branca e a saia com tons de lilás combinando.

Tínhamos acabado de pegar os sorvetes na barraquinha e agora estávamos andando para o lago. Resolvi parar um pouco quando chegamos na ponte, não podia deixar as coisas do jeito que estavam. Nunca fui bom em expressar meus sentimentos, mas desde que a Mey havia chegado na casa eu tenho estado inquieto, de primeira pensei que fosse por causa do tipo de sangue dela, mas depois percebi que não era apenas isso. Depois do acontecimento no dia do feitiço tudo havia ficado mais claro para mim, e pelo jeito para ela também. Porém, desde então estávamos nos evitando.

Mey, que estava andando um pouco mais a minha frente, sentiu a minha hesitação e veio em minha direção.

-Sebastian, está tudo…- Ela não terminou a frase, pois no meio do caminho se embolou nos laços do sapato que estava usando e tropeçou. Eu a vi caindo de forma lenta, então me movi e a segurei. Entretanto, o sorvete de chocolate que estava na mão de Mey acabou “enterrado” em seu nariz.

Nós dois nos entreolhamos e em seguida eu comecei a rir. Não podia acreditar no que havia acontecido.

-AAAHH… entrou no meu nariz!

Mey se afastou, empurrou o sorvete para mim e pegou um lencinho na bolsa. Eu não conseguia parar de rir.

-Sebastian, dá para parar de rir? - Suas bochechas estavam levemente rosadas de vergonha, ela guardou o lencinho e pegou o sorvete de volta. Não havia percebido, mas ainda tinha um pouco de sorvete na bochecha dela. Antes que ela saísse andando, segurei seu pulso de forma leve e respirei fundo parando de rir.

-Espera, ainda tem um pouquinho aqui!- disse com afeto, ela parecia uma criança às vezes. Segurei seu rosto com uma mão e com a outra segurei a barra da minha camisa preta e levantei para limpar o chocolate. - Pronto!

Não havia prestado atenção antes, mas assim que terminei, Mey estava muito vermelha. O cheiro do sangue dela também havia ficado mais forte, não aguentei e me inclinei em sua direção.

-Sebast…

Não deixei que ela terminasse a frase.

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