'Boss' 2 {TaeTen}

Promessa é dívida.

Ten acordou cedo com o som do alarme de seu celular, mas a cama estava tão confortável para sair dali entretanto, não estava quente como de costume se virou para o lado esquerdo e não tinha ninguém. Já fazia três dias desde que Taeyong havia ido pro Japão, e sentia falta dele da sua presença pela manhã, sempre levantava no primeiro toque e brigava com Chittaphon por enrolar tanto, ou de ir e voltar pra casa juntos, de vê-lo no serviço ou comer em casa...
O tailandês não tinha parado pra pensar, mas estava muito mais próximo de Taeyong do que imaginava, sexo frequente e uma rotina de casal.

-Não, não, não. Nada de relacionamento. -Disse pra si mesmo antes de levantar e ir para o banheiro tomar banho, podia negar em voz alta que não queria essa relação com Taeyong, porque sabia que o platinado nunca lhe daria uma relação dessas e seus planos era de ficar ali temporariamente até ter um apartamento, juntava dinheiro no banco e logo podia alugar algum lugar simples só pra si.

Quando estava pronto, desceu para tomar café e poder sair. Taeyong disse que o quissesse era só pedir a senhorita Park, e teve a permissão do próprio coreano de ir trabalhar com sua Jaguar azul, que por sinal era o carro favorito de Ten entre os que Taeyong tinha, mas o platinado dizia que era um modelo antigo e não gostava de andar mais com ele, mas para Ten não fazia diferença já que o veículo parecia como novo.

-Bom dia senhorita Park.

-Bom dia Ten, seu café está pronto.

-Cappuccino e torrada com geleia?

-Do jeito que o senhor gosta.

-Muito obrigado.

Ten já era mimado o bastante e ter café pronto não ajudava, ainda mais dela. A senhorita Park é a funcionária responsável pela casa a alguns anos, foi com ela que Chittaphon esbarrou no dia que fugiu da casa de Taeyong escondido, ela era um doce. E era a melhor companhia de Ten já que o platinado não estava, ela já lhe disse que era mais que uma empregada, estava mais pra governanta e que conhecia Taeyong desde que nasceu por que trabalha pra família dos Lee a muito tempo, ela viu o garoto crescer, ir pra escola, perder o pai, e se tornar dono da empresa e colocar sua mãe em um asilo, Ten primeiro reclamou, disse que a casa de Taeyong tinha quartos de sobra pra mãe dele. Todavia, a senhorita Park disse que a mulher sofria de alzheimer depois da perda do marido, e Taeyong só vou uma solução já que ele não sabia lidar com aquilo e precisava levar o negócio do pai pra frente, Taeyong pagava frequentemente para mãe viver bem lá e só a visitava uma vez por ano no Natal e mandava fundos para o resto do asilo para enfermeiros e idosos esquecidos pela família, no fundo Taeyong tinha alguém com quem se importava e era bom. Mas Ten estava curioso para ouvir essa história do próprio Taeyong.

Quando chegou no serviço estacionou o carro e indo dar um oi para Yuta como todos os dias.

-Carro bonito.

-Só estou fazendo um teste drive.

-A três dias? Já estão falando de você na empresa. Que o chefinho deu um carro pra você.

-Só uso pra vir trabalhar, não saio com ele porque não é meu. Taeyong me emprestou já que o carro que eu vinha também era de Doyoung e eu devolvi.

-Aquela lata velha? Se fosse pra andar com um desse eu nem ligava.

-Não era lata velha... era 2012 ainda.

-Duvido até que fabriquem peças.

-Idiota, eu viu trabalhar pra não ouvir seus blá blá blá.

Yuta riu e mandou um beijo para o tailandês enquanto ele ia ao elevador para subir.

Ten estava debruçado na própria mesa, pedindo a Deus que um raio o acertasse ou seu computador parasse, era muita conta, porque não escolheu ser mágico de circo, assim cortava Taeyong ao meio por deixar isso acumular, e ele que fica corrigindo estatísticas e cortes empresarias.