A terra está molhada e vermelha. O vermelho grita nas sombras da agonia. A população da Capital festeja o fim e o início. Morte e vida. Cadáveres ao chão enfeitam a arena e alimentam a vida. As poucas árvores que ali se enraízam são rebeldemente envolvidas pelo vento frio enquanto suas folhas secas e rachadas arriscam alguns ruídos inconsistentes. O pôr do Sol que está por vir indica não apenas o fim do banho de sangue, da esperança e da vida, mas também o seu início.
Tum tum. Tum tum. A cadência de seu coração acelera a cada momento. Lute pelo sangue que corre em suas veias tão rápido quanto o seu rival se entrega à covardia. A marca do tributo queima em seu braço e acorda o seu espírito para a realidade. Atenda a seu chamado. Faça jus ao destino que lhe foi escolhido. Respire. Faça do sangue dos outros tributos a sua glória. Respire. Foque em sua próxima vítima. Vítima. Vítima. Vítima. Todos são vítimas da vida, da Capital. Que recebam, não a vida, mas a morte como uma dádiva. Presente sagrado. O fim da dor da existência.
Respire e mate-o. Apenas mais um. Mais um que, assim como você, precisa matar para viver. Sendo assim, é apenas mais um que morrerá pelas suas mãos, pelas mãos do Vencedor, pelas mãos da Capital. Mais um que soprará a vida. Mais um cujo grito de agonia ecoará em sua existência vazia. Mate os que ousarem passar na sua frente e volte para aqueles que você ama. Amor. Amor. Amor. O Jogo acabou e o amor pela vida também pois muitas vidas você ceifou.
E no fim eles sempre dizem:
"Que a sorte esteja a seu favor"
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Mèduse • Finnick Odair • Jogos Vorazes
FanfictionOnde o Presidente Snow dá vida ao bestante que há em Mèduse. 73ª edição dos Jogos Vorazes • Em andamento