10. Máscaras de ferro caem. Algemas que nunca se partem.

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"...Me satisfaça..."


Por hábito, quando estava disposta a adiar um pouco um confronto que percebia não estar a seu favor, Eleanor inventava uma pausa, desta vez, ela respirou fundo tentando disfarçar o quanto estava desnorteada com a reação do filho, ajeitou a expressão severa e fria da melhor maneira possível e pediu que fossem discutir isso num lugar apropriado, longe dos empregados.

Embora Matthew quisesse manter a corja o mais distante de Freya, sabia que ela não ousaria sair do quarto.

Entre as quatro paredes do sombrio ambiente, ele tomou outro gole da garrafa e a pôs sobre a mesa, onde se sentou e cruzou os braços.

— Por onde podemos começar? – A ironia em sua voz era palpável e opressiva, o sorriso que delineava sua boca, um aviso perigoso de que ele estava longe de seu habitual modo de proceder e reagir.

— Explique-se, como deveria ter feito, o que o faz pensar que pode agir desta forma? – Eleanor recomeçou, o nariz aristocrático erguido, o olhar altivo e pisando sobre qualquer rebelião, mas ela já havia perdido as rédeas há muito tempo. — Fui para a França ter um pouco de paz e quando volto os jornais e a internet estão estampando que o meu filho mais novo vai se casar com uma desconhecida, e pior, fico sabendo ainda que além de uma ninguém, é um serzinho barato.

— Resumindo, você estava gastando a fortuna da família com seus luxos fúteis e quando soube que movi meu pé por onde não queria, veio aqui agir como se fosse minha mãe. Obviamente julgando-se muito bem informada por pessoas que parecem ter o mesmo complexo de controle que você. – Ele simplificou. — Esquecendo é claro, mais uma vez, que não dou a mínima pra o que você acha que tenho de ser e como tenho de viver minha vida. Mas, continue.

— Matthew. – Ela rosnou entredentes, o mais novo deu de ombros como se dissesse: "Sim, esse é meu nome, e daí?" — Como isso foi acontecer?! Como engravida uma mulher assim? Uma mulher da vida! E ainda faz a idiotice de assumi-la publicamente?! Quase um mês depois de ter arruinado seu noivado?! O que acha que as pessoas vão dizer?!

— Voltemos à parte em que eu disse que não dou a mínima, certo? Agora, você tem mais algum argumento?

— Matthew!

— Como ela engravidou? Não se protegeram? – Allan disse, Matt voltou um olhar entediado para ele, mas este não mudou sua expressão inatingível.

— A camisinha estourou, não percebemos, quando ela me procurou achei que fosse um golpe, verifiquei a possibilidade e ela estava certa.

— Hm. – O mais velho anuiu, pensativo — Agora vamos a parte em que você resolve assumir uma prostituta, por quê? O está chantageando? – Matthew deixou a cabeça cair para trás, revirando os olhos nas órbitas.

(Re)Vendida: Undisclosed DesiresOnde histórias criam vida. Descubra agora