"Eu sei que você sofreu
Mas eu não quero que você esconda"
Freya era menos que nada, e sabia disso. Escrava sexual desde os dezesseis anos, ela não esperava nada da vida, que não fosse um pouco de paz quando finalmente quitasse sua enorme conta com...
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"...Você é a única...
...Você pode ser uma pecadora
Mas sua inocência é minha..."
— Esse foi... O Jogo! – Matthew gritou, mais uma vez, Freya assentiu sorrindo e abraçando o travesseiro, ele saiu do banheiro apertando o cordão da calça de dormir, e seguiu para a cama — Eu não vejo uma final dessas desde que tinha dezesseis! Puta merda! Tô arrepiado até agora.
— Uhum...- Ela murmurou, os olhos já fechados, ele puxou a coberta entrando para baixo e beijou o rosto da mulher, demoradamente.
— Você deve ter dado sorte, baby.
— Obrigada, querido, agora vai dormir, vai...
— Ah, cara, eu devia ter mandando alguém gravar...
— Essas coisas sempre repetem na TV à cabo, logo vai estar passando em algum canal de esportes, agora dorme, amor.
— Putz, verdade, será que já...- Ele fez menção de sair, mas Freya pegou seu braço, e o puxou para abraçar sua barriga.
— Vai dormir, Matthew.
— Sim, claro. – Matthew se acomodou, abraçando-a, fitando-a por sobre o ombro — Agora é a sua vez, aonde vamos amanhã?
Freya bocejou e deu-lhe as costas.
— Vamos ao Carnegie Hall...
A atenção dele, pela primeira vez desde que vieram do estádio, saiu do jogo por mais de três segundos e encarou as costas dela.
— Quê? Onde?
— Ao Carnegie Hall, vamos ver a Orquestra Filarmônica de NY.
— Como é?
— Vão apresentar Mozart, será maravilhoso.
— Mozart...? Mozart? Você quer ir ouvir... Mozart?
Mas Freya não respondeu mais, se embalou em sonhos, o cansaço do jogo lhe causou muito sono e estava mais que ansiosa para que o dia seguinte chegasse logo.
Matthew se virou encarando o teto, a empolgação toda evaporando de uma vez. Fez uma careta inconformada.
