seoul, anos atrás.
- ele ‘tá chegando, relaxa. – woojin disse se sentando ao lado de chan.
- certo, você entendeu o plano, né? – o mais novo perguntou, vendo o outro revirar os olhos.
- você está sendo bom até demais pro seungmin, chan. – cruzou os braços, atraindo uma expressão brava do platinado.
- vamos só fazer ele confessar, se não rolar, eu deixo de ser bonzinho, ok? – woojin assentiu. – você como líder, deveria saber lidar bem com isso, woojin.
- e eu sei. diferente de certas pessoas aqui, eu já tenho os antecedentes do seungmin, família e tudo mais. até um substituto pra ele caso algo ocorra. – agora fora a vez de chan revirar os olhos.
- já falamos sobre o minho, não envolva ele nisso.
- ‘tá tudo sob controle, o minho sabe que ele vai entrar aqui. – deu de ombros.
- woojin, você ameaça matar o seungmin e segundos depois quer trazer um amigo dele pra cá. – woojin arqueou uma sombrancelha.
- eles não são amigos, minho é amigo do wonpil, irmão do seungmin. e aliás, eu já coloquei ele do nosso lado, não tem como voltar atrás.
- eu já vi eles juntos – chan – mas enfim, amigos ou não, é perigoso. mas se você quer pagar pra ver, que seja. – woojin revirou os olhos mais uma vez, antes de seungmin e o irmão entrarem no local.
de repente, o clima ficara pesado. woojin e chan se alinharam frente aos dois, os olhos de seungmin marejados imploravam perdão, enquanto o outro irmão temia ao que poderia acontecer.
o líder e seungmin foram conversar separados, o clima entre eles começara a ficar estranho, mas era tarde demais para o platinado reagir. seungmin e o irmão tinham um plano, mas um bang preocupado com woojin acabara interferindo. os olhos de woojin se encheram de lágrimas ao ver a perna ensanguentada do bang. naquele instante, esquecera todos os seus princípios e não raciocinou direito, pois quando sentira que algum dos irmãos poderia atirar novamente, deu três tiros certeiros no peito de seungmin. wonpil caiu no chão desolado, largou a arma e agarrou o irmão, chorando em desespero.
- você não tinha esse direito! – wonpil gritou para o kim, que chamava algum de seus caras para ajudar chan.
- eu não tinha esse direito? o seu irmão nos traiu, vocês vem aqui pra gente se acertar e atiram no cb97? que direito você tinha de se atrever a fazer isso? eu posso poupar a sua vida agora, você finge que foi suicídio e nunca mas tocamos nesse assunto, mas absolutamente nunca mais pise nesse lugar. – saiu literalmente cuspindo fogo do local. esperou que a notícia do “suicídio” se espalhasse para que ficasse em paz.
seoul, hoje.
dois dias haviam se passado, chan não saira de seu quarto para nada. naquele momento estavam todos reunidos, com excessão do líder, na sala de estar de chan falando sobre woojin. mas entre todos, minho era o mais inquieto. passos pesados puderam ser ouvidos, os garotos direcionaram seus olhares para chan, que parecia apreensivo.
- eu não consigo me sentir bem com isso. – disse assim que chegou na sala. todos olharam para ele confusos.
- isso o quê? – jisung se atreveu a perguntar.
- eu sei que o woojin quase matou o minho e o changbin, eu sei que ele colocou a vida de todos aqui em risco. eu sei que ele é louco, de fazer isso tudo só pelo motivo de gostar de mim, mas ele não merece isso. – falava embolado, sua respiração descompassada e seus olhos inchados demonstravam sinceridade em cada palavra.
- não merece...estar preso? – changbin.
- ele matou uma pessoa por minha causa! eu achei que ele tinha se entregado pelas drogas e outras coisas mas ele confessou o que a gente guardou por anos! era uma promessa, uma promessa! – todos olharam para ele incrédulo, ainda mais pelo tom que sua voz tomara. minho então se levantou, com lágrimas nos olhos.
- ele não confessou isso, não por vontade própria. – minho disse atraindo a atenção de todos os garotos. – seungmin não morreu, chan. o woojin matou o irmão dele, wonpil. o fato é que além do wonpil ter traído a confiança de vocês, ele usava o nome do irmão. mas vocês também não sabiam que wonpil tinha um filho de quatro meses, que precisou apunhala-los pelas costas para dar ao bebê o quê comer, beber ou o mínimo para sobreviverem, e que quem cuida dele até hoje é seungmin. um seungmin cheio de vingança, que mesmo querendo sua única família de volta a vida, só pediu pro assassino dela que ao menos confessasse. hoje, no exato aniversário de morte do irmão. quando você insistiu pro woojin não me colocar com vocês, eu pensei que pudesse ser um problema, então me aproximei do woojin e compartilhávamos tudo, em busca de um dia eu poder vingar wonpil. e você também estava certo quando disse que éramos amigos. eu me arrependo de ter me envolvido com você e perdido a confiança do seungmin, mas também me arrependo de trair vocês assim, então antes que digam alguma coisa, - foi em direção à porta – só peço que respeitem quem está em luto hoje. – saiu da casa do líder, deixando todos assustados.
naquele momento, tudo pareceu estar claro na cabeça de changbin. algumas vezes umas informações vazavam, era minho. mas ele nunca imaginaria que seria ele e nem o motivo.
- é por isso que queríamos conversar – chan falou quase inaudível. – se ele tivesse se explicado, antes de atirar, woojin não teria feito isso.
- chan...- felix falou baixinho.
- não, não, é que não é culpa nossa, sabe? eu entendo que foi um erro, mas... uma conversa teria resolvido tudo.
- chan, não foi você quem atirou. o culpado está preso por isso e, como você disse, ele tentou machucar todos aqui. por mais que você ache isso injusto, ele tem culpa em várias outras coisas, e você foi livrado disso tudo. – changbin falava calmo, tentando deixar o bang da mesma forma. jisung então se levantou, indo atrás de minho.
- eu só...preciso de um tempo pra processar isso tudo, ok? – os garotos assentiram e chan caminhou de volta para seu quarto.
- sei que agora não é momento mais propício, – felix começou – mas a gente poderia dar uma volta por aí – changbin sorriu de lado, segurando na mãozinha minúscula de felix e lhe trazendo para fora da casa.
- você acha que ele vai ficar bem? – felix perguntou e changbin assentiu.
- ele só deve estar chocado, assim como eu também estou. mas parece que tudo se encaixou agora, entende? – lee assentiu. – eu acho que...quando desejei para que estivesse aqui comigo, eu não cogitei envolver você nessa confusão toda, mas cá estamos nós.
- eu acho que vim parar aqui...pra reerguer você mais uma vez. – respondeu, vendo changbin ficar confuso. – quando eu voltei pra austrália e você ficou sozinho, logo se reergueu, quando conheceu o chan, montaram o grupinho de vocês pra fazer música. não foi bem uma reerguida boa, não é? porque te levou até isso tudo. – changbin assentia conforme felix falava – mas também abriu uma oportunidade para eu te mostrar que finalmente pode se livrar disso. – enfiou a mão no bolso, pegando um papel e o entregando para changbin.
- o que é isso?
- uma label de hiphop está abrindo inscrições, eles estão atrás de um rapper e... as pessoas são muito más, eu achei que a indústria do kpop pudesse ser um tiro no pé pra você, nessas condições. deveria tentar. – changbin sorriu para ele e lhe beijou na testa.
- se eu conseguir entrar e ganhar muito dinheiro, vou fazer de você o nam... o empresário mais rico de seul. – felix riu com a fala do moreno.
- mas leve os outros dois marmanjos com você, por favor – disse se referindo à chan e jisung, changbin assentiu.
- eu não sei se a festa do jisung ainda vai rolar, mas se quiser ir comigo comprar algum presente pra ele...- seo falou e felix assentiu.
[...]
- ei, como você está? – jisung disse após encontrar minho depois de um longo tempo de caminhada.
- não muito bem. eu machuquei vocês, e nem sei se posso visitar o seungmin pra consolar ele. você ‘tá muito chateado? – respondeu baixinho, quase que o han não pôde escuta-lo.
- claro que não. você fez tudo que estava ao seu alcance, lino. seu amigo perdeu o irmão e você iria ajudar ele a se vingar, se juntou ao woojin pra isso mas mesmo assim ajudou o chan, isso porque ficaram amigos também. e você ter tido algo com o chan, foi só pra te fazer entender que não dá pra ser tão perfeito a todo momento. você deveria conversar com seungmin, ele deve estar precisando de um ombro amigo. – minho sorriu ao escutar as palavras de han, mas uma lágrima logo se formou e ele não pôde se controlar.
- pelo menos em alguma coisa eu acertei nisso tudo. – han arqueou uma sombrancelha, vendo o lee sorrir novamente. – você. – jisung riu fraco, abraçando o mais velho em seguida.
- o mínimo que você merece depois de tudo, é ser feliz, lino – disse beijando o topo da cabeça dele.
- eu vou ser, é por isso que desisti de tudo, menos de você. – jisung sorriu, selando seus lábios com os de minho.
- posso te pedir um favor? – jisung perguntou. os dois estavam com o rosto um quase colado ao outro e, não conseguiam mover os olhos de outro lugar que não fossem seus lábios.
- claro que pode. – sorriu.
- passa o dia comigo, no meu aniversário? não precisa de presente, nem nada. eu só queria a sua presença. – minho sorriu, se lembrando de que haviam combinado uma festa surpresa para o han.
- só no seu aniversário? – perguntou brincalhão, vendo jisung negar e revirar os olhos.
dois dias se passaram, agora só restavam um dia para o aniversário de jisung e dois para o de felix. ainda mantiveram a idéia da festa, chan queria aproveitar para se desculpar com seungmin e acertar as coisas com todos. havia planejado sair de toda aquela vida, mas não era fácil recomeçar do zero. por isso, precisava estar em paz com todos possíveis para seguir em frente.✨✨✨
yaaay penúltimo capítulo aqui estamos nós!
só queria pedir hoje para que vocês 🌠votassem 🌠 e claro, ficassem em casa, por favor.
aqui meu utt pedindo algo importante, ó!
até mais <3
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australia's boy • changlix
Romancechangbin chorava sem parar na calçada da rua, em frente à sua casa. apenas seis aninhos e já estava assim, porque nenhum de seus "amigos" vieram para seu aniversário. isso, até lee felix, um garotinho cheio de sardas de apenas quatro anos passar o...