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Uma semana passou e o dia mais esperado por Dante finalmente chegou: Seu aniversário de 17 anos. E quando se encontrou com Esther, não pôde esconder a notícia.

-Hum... Talvez não seja algo de seu interesse, mas... Hoje é meu aniversário! – Dante disse ao mesmo tempo em que sorria tanto que Esther quase conseguiu ver todos os seus dentes.

-Ah... Feliz aniversário! – Esther respondeu sorrindo, mas meio envergonhada. - Quantos anos?

-17. – Ele respondeu. – Posso te perguntar algo?

-Já perguntou – Esther respondeu ironicamente.

-Que bom que concordou. Se pudesse ir a algum lugar, aonde iria? – Ele questionou ignorando a ironia da menina.

Esther relaxou seus ombros e inclinou um pouco sua cabeça para o lado. Em seguida, fechou seus olhos e respirou profundamente, como se estivesse tentando se lembrar. Depois, deu um leve sorriso.

-Acho que a uma feira que acontece na cidade vizinha. Era onde eu costumava ir com meu pai e minha mãe. – Ela respondeu.

Dante não conseguiu conter um leve riso e Esther percebe e arqueia uma das sobrancelhas, sem entender o motivo da risada.

-Eu também costumava ir lá. Mas parei, pois com toda mudança ficou mais complicado. –Dante explicou. – Quem sabe já não tenhamos nos encontrado lá?

-É... Quem sabe? – concordou.

Essa conversa havia dado uma ideia a Dante e ele não via a hora de pô-la em prática então, assim que chegou a sua casa, correu para conversar sobre com seus pais.

Algumas horas depois, ele foi até a casa de Esther, mas ao invés de chamar pela menina, chamou Alana. Eu gostaria de te falar o que eles conversaram, mas eu não ouvi. A única coisa que sei é que ele entregava algo à ela. Era um papel! O que devia ser?

Um tempo depois, o Sol já desaparecia e a luz da Lua Cheia já iluminava metade da cidade. Nesse momento, a porta da casa de Esther se abre e ela saía de lá, com um vestido azul na altura do joelho e sua mãe usava um vestido um pouco mais longo avermelhado. Ambas caminhavam em direção à casa do menino e assim que chegaram e tocaram a campainha, Andy, o pai de Dante, foi quem atendeu a porta.

Elas abaixaram um pouco a cabeça, como se pedissem permissão para entrar. Ele virou-se, esticando seu braço direito, sinalizando que ambas eram bem vindas.

Elas só precisaram dar alguns passos antes de chegarem a uma sala com uma mesa relativamente grande no centro. Havia cinco cadeiras em volta e Dante estava sentado em uma delas, de costas para a porta. Sua mãe acabara de chegar segurando um prato por cima das luvas térmicas que usava para não correr o risco de se queimar.

-Que alegria recebê-las! -disse assim que as avistou.

Dante olha para trás, já sabendo quem seria. Assim que olha Esther, não consegue esconder a felicidade por vê-la.

-Obrigado por terem vindo! -Ele disse, se levantando para ir cumprimentá-las.

-O prazer é todo nosso. -respondeu Alana, enquanto esticava a mão para cumprimentar Dante.

O menino deu apenas um passo para o lado e já se encontrava de frente com Esther e por alguns minutos ficou parado, apenas olhando para seus olhos.

-Espero que sejamos amigos além de vizinhos. – Ele diz logo que percebe o olhar confuso da menina.

-Sim... -concordou Esther apertando a mão dele igual sua mãe.

Depois de cumprimentarem a mãe do garoto, todos se sentaram à mesa e começaram a servir sua janta. Os adultos conversavam a mil por hora, já que era a primeira vez que se viam e trocavam alguma palavra. Já Dante sempre olhava para Esther e quando percebia que ela notara, desviava o olhar. A menina fazia o mesmo, mas tentando entender o motivo de encara-la.

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