A feira estava reunida em volta de um coreto azul, onde nele, um homem homenageava o fundador de tal evento.
-Ethan Parker... É o nome do meu pai! – Esther gritou.
As pessoas em volta da menina, inclusive o homenageador a encararam, ouvindo a afirmação dela.
-Ele era seu pai? – o homem perguntou.
-Sim... Ele era. Mas... Morreu ontem!
- Como? - Olhou para mim, franzindo a testa, sem entender nada. De repente olhou para Alana que balançava sua cabeça, na intenção que entendesse seu pedido. -Ah... Sim... Bem, eu era o sócio do seu pai na construção dessa feira e ele sempre falava de você! – afirmou.
Em seguida, chamou a garota para subir as escadas do coreto e participar da homenagem.Alguns instantes depois, os músicos se posicionaram em seus devidos lugares, pegando os instrumentos e começaram a tocar uma melodia.
-Meu pai costumava tocar essa música para mim todas as noites antes de dormir. Ele dizia que minha avó houvera composto para ele.
-Essa música era realmente especial para ele. Eu não sabia da história, mas poucos dias antes da festa de inauguração da feira, seu pai insistiu que tocassem isso, ou ele não participaria. Ethan sempre foi muito teimoso e fazia de tudo para conseguir o que queria. – O homem explicou.
Enquanto a música tocava, Esther e o sócio de Ethan saíram do coreto para darem mais visibilidade aos músicos.
-Olha se não é a famosa Alana. – Ele disse, assim que chegaram ao encontro da mãe de Esther.
-Quanto tempo, James. – Cumprimentou.
Vendo a expressão de desaprovação que a menina lançava para a mãe, James se despediu, dizendo que precisava resolver algumas coisas e saindo em seguida, dando espaço para que mãe e filha conversassem.
-Por que nunca me contou? – questionou Esther. – Eu sempre vim aqui durante todos esses anos e nem você e nem meu pai me contaram sobre isso!
-Era algo bobo, não sabíamos que se importaria tanto se não contássemos.
-Bobo ou não era algo da minha família. E se e sou parte dela eu deveria ter o direito de saber das histórias que aconteceram!
-Me desculpa filha. – Alana disse, esticando os braços para abraçar Esther.
-Agora não mãe. – A menina desviou indo ao encontro de Dante e puxando-o para longe.
Sem entender, o menino apenas acompanhou-a até que passaram do portão de entrada da feira, chegando à picape que vieram.
-Eu ainda não acredito que eles não me contaram nada sobre isso em nenhum momento. – Esther disse ainda intrigada.
-Talvez eles realmente não tivessem a intenção de te magoar. – Dante tentou amenizar a situação.
-Você está do lado deles agora? Se estiver dê meia volta e saía daqui.
-Eu não estou do lado de ninguém. E mesmo que estivesse eu não voltaria. Você me fez andar por tempo suficiente para ter sido em vão.
Esther olhou seriamente para ele e depois revirou os olhos.
-Olha, vamos fazer assim. – Dante sugeria. – Você vai pegar esse diário aqui e vai escrever o que você está sentindo como se estivesse conversando com alguém. Ele vai estar do seu lado, ta bom?
Ela aceitou e o garoto deitou na caçamba do carro, esperando ela terminar de escrever o que quer que esteja escrevendo.
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-Dante! Dante acorda! – Ele ouvia alguém chamando por ele. Abrindo os olhos, viu o rosto de Esther esperando ele acordar.
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Além do Tempo
RomanceA vida pode pregar muitas peças e, as vezes, pode te instruir à desistir do amor. Mas quando é para acontecer, nem o tempo pode abalar.