Desavenças

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Viollet caminha até o saguão do prédio onde dividia agora com Shouta, em direção ao elevador. Viu as luzes vermelhas se acenderem e o barulho de metal se movimentando. Logotipo como portas se abririam para leva-la ate o apartamento. Enquanto esperava, reparou no seu reflexo no piso do térreo. Como pedras pretas continham algumas manchas em sua extensão. Olhou para o lado, em direção à entrada, observando a portaria, onde dava para ver um senhor recostado em sua cadeira, de frente para o vidro. Fumava um charuto, mesmo sendo contra as regras do recinto. Os olhos do homem eram tão pequenos e enrugados que pareciam apenas duas linhas em seu rosto.

O barulho do elevador, anunciando sua chegada, a tira de seus devaneios. Caminhou para dentro da caixa de metal e apertou os botões. Estava sozinho ali. Mesmo morando a menos de uma semana naquele lugar, estranhava que não visse mais pessoas circulando nesse meio tempo. Nem mesmo cruzando os corredores onde ficava seu apartamento. Olhou para o alto e observou as luzes dos andares apagando e acendendo, indicando que o mesmo se movimentava. Estaria chegando ao seu logotipo destino, logo.

Por conseguinte, como portas do elevador se abrir no andar em questão. Viollet caminhou serenamente té porta de número 304. Revirou em sua bolsa procurando a chave que Shouta lhe dera. Girou a maçaneta e adentrou. Quando se entra no apartamento, a primeira coisa que se pode ver é um sofá preto de couro, chão de piso cinza e uma tv pendurada à parede. A janela ao lado do sofá já esbanjou as luzes da rua, amareladas e fracas. A escuridão do apartamento incomodava.

Retirou seus sapatos, restando ainda como meias. Caminhou pelo recinto e sentiu a diferença de decoração da casa do homem com a sua. "Bem simples e prático" pensou olhando para o sofá e a televisão, os únicos móveis que se encontraram ali. Foi até o corredor e caminhou para seu quarto, jogando a bolsa em um lugar qualquer e retirando a camisa do uniforme. Se dirigiu até seu armário, procurando uma camisola para se trocar. Não percebeu que deixara a porta aberta. Não escutou passos que se aproximam da mesma. O ranger da madeira e das dobradiças, revelaram um moreno de pele pálida.

Viollet sentiu seu coração saltar com o susto, dando um pequeno grito. Levantou a camisola à sua frente e se recolheu para trás da porta do armário, na tentativa de se cobrir. O mais velho ao fitá-la, imediatamente vira o rosto:

-O que diabos está fazendo sem suas roupas#- perguntou, sentindo sua voz sair alterada:

-E você não sabe bater na porta#- respondeu a morena, irritada e com as bochechas em chamas. Ereaser franze o cenho. Detestei que lhe respondessem uma pergunta com outra:

-Quero conversar com você depois. Se apronte-disse se apressando para sair do quarto, e com a voz autoritária. Talvez a situação o ter deixado constrangido. Viollet continuava escondida pela porta do armário, ainda com os olhos fixos no lugar onde Shouta estava. Abriu a boca incrédula. Mas que falta de educação!

Quebra tempo ***

A morena ainda secava o cabelo quando saiu do banheiro. O calor que fez no Japão era algo que não esperava experimentar em sua vida. Na realidade, nunca se quer "presa" no mansão. Terminou de secar o cabelo descontado, e agarrou a escova em cima da escrivaninha e escovou os cabelos com cuidado. Uma das poucas coisas que prezava sobre si, era o seu cabelo. O comprimento do mesmo era pura influência do que ouviu circular pelo mansão.

Soube que sua mãe também era dona de belos e longos cabelos pretos. Fios de que trevas desciam como uma cascata por seus ombros e costas. O cabelo era tão grande e pesado, que se não fosse prezo por uma trança, suas pontas se arrastam pelo chão. Nunca poderia ver uma foto de sua mãe. O pai lhe privara até mesmo disso. Quando criança, começou a manter o cabelo comprido porque se sentia mais próxima da mãe, mesmo nunca o ter conhecido.

Amor de uma RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora