17_ maratona final

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Já havia uma semana que eu havia ido embora. Com apenas uma mala e com a esperança de que Edgar estivesse bem. Cristopher não manteve contato comigo, disse que seria por precaução. Cristian deveria acreditar que eu havia morrido. A única coisa que Cristopher fez foi colocar um guarda costas pra me proteger, o mesmo era quem me dava notícias.

- Ele está bem senhora. Já está se recuperando bem. Cristopher acaba de me dizer que ja resolveu o que tinha que ser resolvido.

- Como assim Resolveu ? - Pergunto a Carlos o guarda costas.

- Ele o matou senhorita... - Fiquei boquiaberta. Por mais que eu fosse acostumada a ouvir sobre mortes e até cometer o ato... Saber que Cristopher havia matado o bastardo me trouxe uma lembrança. " você se importa com ela " ... As palavras de Edgar ecoou em minha mente.

- Está tudo bem senhorita..  não precisa se preocupar mais..  - diz percebendo minha reação.

- Eu já posso voltar ? - Pergunto sem ânimo. Por mais que eu sentisse falta das atividades, a calmaria daquele lugar havia me reconquistado. Passei a semana na casa da minha avó. E eu pretendia morar com ela a partir de agora. Nunca mais deixá-la sozinha.

- Não sei... Acho que nem a senhorita quer realmente voltar... Estou apaixonado por este lugar, tenho certeza que é o melhor lugar pra vc. - Fala e eu sorrio fraca.

- Tenho certeza que estas são as palavras de Edgar..

- Na verdade.. são as de Cristopher senhorita ... - Fala e eu levanto meu olhar para ele, fico alguns segundos assim, apenas o olhando.

- Está bem... Bom.. vou entrar para dentro. Obrigada pelas notícias Carlos. E como já disse pode me chamar de Dulce.

- Se assim quiser.   Tudo bem Dulce.  Até - Diz e se vira indo embora. Afinal de contas já não precisaria dele.

Entro para dentro a procura de minha  da vovó Isabel. E a encontro em seu jardim que estava impecável. Me aproximo e roubo um morango de seu cesto.

- Ooh menina.. como foi a conversa ?  - Diz saindo da horta e indo regar as flores.

- Já está tudo resolvido vovó.. não se preocupe.

- E vc vai embora  ? - Vejo que seus olhos estão abatidos .

- Não pretendo voltar mais... Embora adoraria ver Edgar..

- Vc o ama não é ? - Ela fala parando de regar e me puxando para sentar na mesa em baixo da árvore.

- Sim.. eu aprendi a ama-lo com o tempo.. ele é como um pai para mim vovó.

- Eu lamento que seu pai de verdade nunca foi. - Diz triste.

- Eu também. - E acabo derramando uma lágrima.

- Não chore minha preciosa... Eu estou aqui.. eu te amo.. - Me abraça - e se chorar eu também choro..

- Eu te amo vovó.. - Falo abraçada a ela. Minha cabeça apoiada em seu peito. Pude ouvir as batidas calmas de seu coração.

- Hoje eu quero que vc vá comigo até a igrejinha.. eu sempre limpo lá uma vez por semana. A noite suas primas viram para jantar.

- Eu vou... - digo voltando a abraça- lá .

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Fomos a cavalo. E quando eu vejo aquele lugar meu coração aperta de felicidade.. era lindo de mais.

- Esse lugar fica mais lindo a cada dia. - Ela fala e eu concordo com um sorriso apaixonada pelo lugar.

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