ℂ𝕒𝕡 𝟚𝟘: ℙ𝕠𝕤𝕤𝕠 𝕧𝕚𝕧𝕖𝕣 𝕤𝕠𝕫𝕚𝕟𝕙𝕠.

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"Marinette"

Eu cheguei em casa e fui até o meu quarto com um copo de suco e alguns biscoitos.

- Desculpa a demora Adrien, eu... Adrien?

Senti o meu coração congelar ao não ver nenhum idiota alto e loiro na minha cama.

- Adrien!! Não, não, não...

Eu corri pelo quarto olhando em todos os cantos, mas não obtive nenhum sinal dele.

- Eu devo ter deixado a porta aberta quando saí... Droga, droga!

Eu tenho que achar ele, nem pensar que vou desistir de salvá-lo agora. Eu larguei o lanche de qualquer jeito sobre a cômoda e desci as escadas correndo.

(Tikki) - Mas Marinette, ele deve ter voltado para aqueles lugares que ele vinha andando ultimamente! Não é perigoso de mais para uma garota de 15 anos andando por lá?

- Eu sei Tikki, eu sei, mas eu tenho que correr esse risco. Ele não sabe o que está fazendo, e eu me prometi que iria tirá-lo desse.

Eu peguei a bicicleta nos fundos e fui até a rua pedalando o mais rápido que podia, entrei nos becos que eu considerava... esquisitos. Todas as ruas estavam vazias e eu comecei a achar isso meio peculiar, freei bruscamente ao ver uma garota sair de uma casa do outro lado.

- C-Com lincença, sabe onde está todo mundo?

- Querida, onde você anda ultimamente? Tá todo mundo na épica competição de rap. Fica no fim daquela rua, ali ó.

Ela apontou e eu segui com o olhar.

- Competição de rap?

- Sim, o prêmio é de mil euros, além da música boa, dá pra comprar um quilo de heroína ou ecstasy com isso.

- Um quilo?!

É óbvio que o Adrien está lá... Eu subi na bicicleta de novo e fui até onde a garota havia me indicado, eu tinha colocado um casaco do Adrien para passar meio despercebida, e bem, até que estava funcionando. Eu entrei no evento, e estava muuuito cheio, nossa, eu tentei me enfiar na multidão e todos conversavam e bebiam me sacudindo lá dentro como uma banana no liquidificador.

Uma melodia começou a tocar e eu olhei para a frente junto com mais umas cinco pessoas, um garoto foi literalmente empurrado para o palco, ele usava um moletom preto e o seu corte de cabelo me parecia bem familiar na verdade, eu olhei mais fixamente e vi que os seus olhos verdes, eram verdes como só uma pessoa que eu conheço os tem.

- Adrien? Mas o que ele...

Ele parecia estar nervoso e o seu rosto começou a ruborizar, ele pegou o microfone com as mãos trêmulas e fechou os olhos respirando fundo, quando ele os abriu novamente vi uma pessoa totalmente diferente do garoto tímido de antes. Ele começou a cantar da forma mais aberta que eu já vi alguém fazer na minha vida.

(Ele canta um rap deprê aí)

Ele soltou o microfone chorando fortemente, eu olhei para os seu lábios, vi ele dizer mais duas frases antes de esconder o rosto com um dos braços e sair correndo do palco.

"Eu não preciso de ninguém...
E ninguém da minha presença..."

Eu estava literalmente em choque, quando consegui virar para o lado vi que todos estavam como eu, ninguém pronunciava mais uma palavra sequer, até eu quase infartar com o coro de palmas que surgiu, o Adrien havia dito a verdade sobre ele, mas também demonstrou odiar aquilo, ele demonstrou como se odeia por ter se tornado assim. Eu corri desesperadamente na tentativa de alcançá-lo por onde ele havia saído.

- Adrien!

Nós estávamos em um corredor e eu havia finalmente o alcançado, ele parou se virando para mim, estava carregando um rolo de euros, mas como que eu não vi quando ele...

- Calma garotinha, como é que você me achou hein?

Eu estreitei os olhos, de onde ele tira toda essa confiança com o rosto todo molhado por lágrimas?

- Você... Você nem sequer reflete um pouco sobre isso?

- Como é?

Ele ficou confuso ao me ouvir dizer o que não esperava.

- Eu não acredito que você vai mesmo usar uma tonelada dessa droga idiota.

- Ei, ideias são só ideias, não realidade.

Eu olhei séria para ele e ele acompanhou a minha expressão.

- Olha... Eu vou ser sincero com você Mari, eu não sou mais o garoto bonzinho que você está tentando achar, por que você é a única que não entende isso? Por que você não simplesmente me manda pro inferno e ri da minha cara quando eu me ferrar?

- P-Porque... Porque eu sei que isso não é culpa sua... Sei que não posso fazer milagres e tornar tudo como era antes... Mas eu decidi que não ia dar as costas para você, não ia te deixar morrer e fazer parte dessa sociedade findada como apenas mais uma garota que aceitou a realidade. Decidi que ia te fazer voltar a ser você mesmo... Provar que não está tudo acabado Adrien, que ainda há uma saída...

Eu ainda encarava o chão sentindo as minhas pernas fraquejarem, mas pude ouvir as notas caírem da sua mão indo de encontro ao chão, elas rolaram até baterem contra as minhas sapatilhas desgastadas.

- Você é tão idiota... Como pode me fazer ter esperança em mim mesmo desse jeito...

Ele levantou o meu rosto com a mão me fazendo olhar para os seu olhos que estavam cheios de lágrimas, seus olhos clamavam por piedade.

- Se você realmente pode fazer isso... Me ajude Marinette...

 Me ajude Marinette

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