capítulo um: as rosas

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Abandonada.

Sem vestígios de alguém, seja vivo ou morto.

Largada para que a poeira e os galhos secos façam dela sua morada. Como se toda sua antiga beleza estivesse sendo varrida para debaixo do enorme tapete da sala de estar, agora pouco usada. Assim como o restante dos cômodos da casa, que antes era exuberantemente decorada.

A lareira, cujo antes o fogo crepitava com as chamas de seu próprio orgulho, agora jazia vazia e fria, como seu coração.

E as lindas rosas de seu jardim favorito estavam secas, com as pétalas caídas ao chão. Assim como suas lágrimas, que há muito secaram em seu rosto após despencarem sem controle.

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