capítulo três: os pavões brancos

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Draco sempre fora uma criança que se agradava com pouca coisa, o que chegava a ser irônico, visto que Lucius gostava de mimá-lo com todos os presentes possíveis. Lembrava-se da vez em que o pequeno garotinho pediu ao pai alguns pavões. Brancos, para que combinassem com seus cabelos. E no mesmo dia ouviu o riso alegre da criança, brincando com seus novos bichinhos.

Naquela tarde observou-o correr pelo enorme terreno, enquanto as mãos pesadas porém carinhosas do marido estavam espalmadas em seus ombros desnudos.

O quarto de seu filho continuava o mesmo, era um dos poucos cômodos que ela se preocupava em manter ordenado. Da enorme janela de ferro era possível avistar os animais em seu enorme viveiro. Talvez alguém pudesse cuidá-los até que seu Dragão estivesse solto daquelas amarras.

A mão gélida espalmou o vidro quando uma única folha despencou do grande salgueiro presente no jardim.

O dia que tanto temia estava próximo.

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