POV AMELIA
Quando a coletiva começou, eu já sabia que teríamos muita dor de cabeça. Foram incontáveis as vezes que meu celular recebeu notificações de mensagem e eu já não me dava mais ao trabalho de ler, eu sabia o que estava escrito e eu sabia quem as mandava. Porém, essa ainda não era a pior parte. As mesmas mensagens que eu recebia, todos dentro daquela sala também recebiam, ou seja, membros da impressa sabiam que nós, os dedicados membros da Scotland Yard, não tínhamos a menor noção do que fazer com aquele caso. Éramos bombardeados com perguntas que não sabíamos como responder e, as mesmas, vinham através das mensagens. Em poucos minutos de coletivo, nós viramos a piada do ano.
Assim que deixamos a sala de conferência, meu corpo todo doía, era como se o peso do mundo se pendurasse nele. Nós estamos perdidos e desmoralizados.
- Ela o odeia. – Eu disse bebendo meu chá, enquanto assistia pelo vidro da sala, Sally gritar com Harold, o responsável pela informática. Ela exigia que ele descobrisse como Sherlock tinha feito aquilo.
- E você? – Greg me perguntou.
- Não, não tenho nada contra o Harold, ele é um bom menino. – Respondei.
- Não estou falando do Harold.
- Eu sei. – Respirei fundo, repousei a xícara sobre minha mesa. – Se ele queria nos ajudar, por que não aceitou quando eu pedi? – Abri um pacote de biscoitos e peguei um. – Eu não sei mais o que eu sinto em relação a ele, ainda mais depois de hoje, porém, com certeza, mais do que nunca, ele está na minha lista do malquerer. – Confessei, sentando-me a minha mesa.
- É dessa vez ele passou dos limites. – Greg concordou. – Mas não é como seu não esperasse algo assim, sabe? A final de contas estamos falando de Sherlock Holmes, ele desconhece limites.
- É, talvez eu já tenha me desacostumado... – Dando de ombros pegou mais um biscoito.
- Rápido. – Sally disse agitada, entrando na sala e nos pegando de surpresa. – Mais um corpo e dessa vez deixaram uma mensagem.
- Você e Sally vão para a cena do crime. – Greg deu a ordem.
- E onde você vai? – Sally, como sempre, questionou.
- Buscar ajuda!
L
- Conseguiu? – Perguntei assim que ele passou pelas faixas amarelas que cercavam a rua.
- Sim. – Respondeu aliviado. – Ele está vindo.
- Que Deus nos proteja. – Eu disse ironicamente, me vestindo apropriadamente para entrar na cena do crime e dar início a investigação, enquanto o Sherlock não chegava, nossos especialistas analisavam cada centímetro da cena do crime, mas nada esclarecia nossas dúvidas.
- Toma. – Entregando-lhe o antiácido que sempre carregava em minha bolsa, o vi virar de uma vez o líquido em sua boca.
- Obrigado. – Pediu genuinamente. – Mas como sabia?
- Você não parou de passar mão no estômago desde que chegamos aqui. – Contei. – E mais cedo eu te ofereci um biscoito e você recusou. Você nunca recusa biscoitos.
- Meu estresse está fora de controle desde que descobrimos essa nova linha de investigação. – Admitiu.
- O Esquisito chegou. – Ouvimos Sally anunciar. Foi impossível não sentir meus batimentos se acelerarem, era a segunda vez, naquele dia, que nos encontraríamos, depois de algumas semanas sem nos vermos. Era overdose de Sherlock, que eu não sabia se resistiria.
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Amy's fate - SHERLOCK HOLMES FANFIC PORT
PertualanganEla o ama incondicionalmente, porém está em seu limite. Lidar com Sherlock nunca foi um problema, mas, de repente, parece não valer mais a pena. Para o seu desespero ela se reencontra com pessoas que conhecem o seu passado e se vê força em fazer uma...