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Estava de volta em casa, na Mansão da minha família em Albuquerque

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Estava de volta em casa, na Mansão da minha família em Albuquerque. Não havia ninguém me esperando no portão, pois eu não avisei que estava vindo, por isso demorou um tempo para que os seguranças liberassem a passagem do táxi que me trouxera do aeroporto. Não trazia nada além do meu bronzeado e uma mala média, por isso foi fácil sair do carro e entrar dentro da familiar residência. Por outro lado, eu já estava me sentindo emocionalmente sobrecarregada e algo me dizia que essa não seria uma estadia tranquila, pelo que eu fiz. Pelo que eles sabem que eu fiz, ao menos.

Foi um contraste tão grande que fiquei parada no hall de entrada observando os empregados andarem de um lado para outro carregando vasos com flores, talheres, objetos de decoração caríssimos. Eu estava usando um chinelo de palha que combinava com o chapéu também de praia que havia adquirido na minha aventura pelas ilhas gregas com Heydée. Os shorts jeans e a regata também haviam sido compradas num bazar por lá, na verdade todas as roupas naquela pequena mala eram de lá. As roupas caras e de marca havia deixado lá como pagamento pelas novas e simples peças e não me arrependia por um segundo de nada.

-Senhorita Lovato! - ouvi uma voz me chamar e uma mulher usando o uniforme que todos demais empregados usavam, mas não a conhecia nem conhecia a maioria dos que andavam de um lado para o outro freneticamente. - sua mãe está lhe esperando para discutir os últimos detalhes do seu jantar.

-Que jantar? - perguntei e ela me olhou como se eu tivesse criado duas cabeças ou algo assim.

-O seu jantar de noivado, essa noite - a mulher falou devagar, quase ditando, como se duvidasse das minhas faculdades mentais. Só então entendi o que acontecia, ela achava que eu era Danica, minha irmã gêmea. É claro que ninguém aqui esperava que eu voltasse hoje.

-Claro, obrigada, já estou indo - confirmei para a mulher que suspirou aliviada. - pode mandar levarem isso o meu quarto - disse lhe passando a mala e passando por ela para subir as escadas que me levariam ao escritório de minha mãe. Ela olhou muito confusa até que completei - aliás, eu sou a Demi, não a Danica.

Dei duas batidas na porta de carvalho e logo ouvi uma voz lá de dentro pedindo para entrar. Obviamente minha mãe esperava ver Danica ali e não eu, por isso quando levantou os olhos em minha direção, uma leve surpresa passou pelo seu semblante que logo se tornou uma carranca familiar.

-Então parece que finalmente o passarinho encontrou o caminho de casa - ela disse enquanto eu me sentava na poltrona à sua frente e deixava o chapéu de palha na ao meu lado.

-Senti saudades de casa - disse ironicamente. Parecia que fazia uma eternidade desde que não passei tempo o suficiente aqui para chamar esse lugar de casa.

-Que roupas são essas? - perguntou torcendo o nariz, como eu sabia que faria. Dei de ombros olhando para elas.

-Consegui num bazar em Santorini, fofas não? - respondi ciente do desgosto de minha matriarca. Antonina Lovato não usaria nada que não fosse de grife, senão sua pele cairia ou pior.

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