As famílias Lovato e Valderrama são rivais nos negócios, pois a cada uma percente uma das duas maiores petroleiras dos Estados Unidos, embora seus primogênitos tenham uma ligação inexplicável desde pequenos. As coisas se complicam com a disputa das...
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Um ano e meio antes...
Eu havia arrumado um encontro para minha governanta para o dia de São Valentim, e isso era perfeito para os meus planos. Eu e minha melhor amiga, Heydée, nos auto-intitulamos as cupidas, pois foi o terceiro casal que juntamos nesta semana. Se eles vão dar certo, aí já não é mais conosco, o que importa é que seis pessoas não vão passar o dia de São Valentim sozinhos por nossa causa.
Os dois primeiros casais foram colegas de classe, trabalho voluntário. Mas para Maggie, foi um movimento pensado no meu próprio feriado, porém estava começando a me sentir mal porque ela parecia realmente animada. Ela até aceitou ir se arrumar com Nicole no salão, o que me deu a oportunidade perfeita de deixar tudo pronto no meu quarto. Só espero que esse cara que Heydée arrumou esteja a altura dela, odiaria ser a culpada pelo coração partido da mulher que me criou.
Falando no próprio diabo, a loira me mandou mensagem avisando que estava subindo com as coisas e que era para eu ir até o elevador buscar, porque ela não iria carregar peso. Revirei os olhos e desci correndo as escadas assustando a moça que limpava a cozinha quando deixei a porta da frente bater com força. Cheguei a tempo de ver um pé, usando uma bota de salto, empurrando uma caixa de papelão para fora do cubículo do elevador.
-O que são essas coisas todas? - perguntei em dúvida. Só havia pedido para ela trazer duas coisas, três tecnicamente, e aquela caixa era grande demais só para essas coisas.
-Eu trouxe umas coisinhas a mais para deixar sua noite ainda mais especial. Me agradeça depois - ela disse fazendo pouco caso e apertando o botão do elevador que a levaria para o térreo, mas coloquei um braço na frente impedindo a porta de fechar e torcendo para que ele não fosse decepado por aquela máquina do mal.
-Eu preciso da sua ajuda para... decidir algumas coisas.
-Ai, Demetria, eu não quero ficar escolhendo os cobertores que você vai transar com seu namorado.
-Shiu, não fala isso - falei cobrindo a boca dela com minhas mãos no final de sua sentença. Aquilo deveria ser segredo, mesmo que não tivesse ninguém no corredor com a gente, as paredes têm ouvidos.
-Não estamos na escola, Demi, não vamos levar detenção "por uso de linguagem vulgar e inapropriada nas dependências escolares" - disse debochando do sermão que já ouvira diversas vezes. - além disso, eu tenho um encontro daqui a pouco. - ela realmente estava toda arrumada, e arqueei minhas sobrancelhas em dúvida.
-Achei que seu encontro fosse à noite.
-Também, eu arrumei um para agora. Porque um se posso ter dois? - e eu ri da pose que ela fez. A chamei hétero top ao avesso e ela riu como se fosse um elogio. - Não é minha culpa que as meninas me amam. É o meu mel. - gargalhei alto e escandalosamente enquanto ela pegou a caixa do chão e colocou em meus braços e foi andando em direção ao meu triplex, fiquei surpresa, a caixa estava mesmo pesada.
