C A P Í T U L O 6

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Acordei atrasada com Dylan me chamando, levantei correndo, me troquei tão rápido que nem me reconheci, peguei minha mochila e desci correndo as escadas, ao chegar na cozinha vejo, José e Irma se despedindo dos gêmeos, meu pai beijando minha mãe, depois vindo se despedir de mim para então sair com os gêmeos, brigando como sempre quem iria na frente. Entrando na cozinha dei bom dia pra todo mundo, e fui fazer meu café, enquanto passava requeijão no pão, percebi que a cozinha estava muito silenciosa, coisa muito difícil de acontecer, levantei a cabeça e olhei porque estavam todos quietos.

LANNA: O que foi? (perguntei assim que vi os três me olhando sérios, meu tio de braços cruzados, minha tia encostada no batente da porta e minha mãe sentada no balcão tomando sua xícara de café, mas com o olhar fixo em mim)

SÔNIA: Filha, eu e sua tia vamos ficar o dia inteiro muito ocupadas na loja, você não poderia ir no mercado comprar algumas coisas pra gente assim que chegar da escola?

LANNA: Lógico que vou mãe, assim que chegar em casa me troco e vou. (falei tomando meu café)

IRMA: Mas tome cuidado querida por favor, você sabe dos atuais acontecimentos na cidade.

LANNA: Pode deixar Tia, vou compro o que vocês precisam e volto feliz pra casa comendo um pedaço de bolo como pagamento. (falei e dei um sorriso sem mostrar os dentes com a boca cheia)

JOSÉ: É sério Lanna, toma cuidado.

LANNA: Eu sei tio, vou me cuidar (terminando de falar peguei uma maçã para comer na escola, abracei meu tio, dei um beijo na bochecha da minha tia e na testa da minha mãe, já que estava sentada, e fui saindo da cozinha, mas voltei porque lembrei de algo) Ah, onde vai estar a lista com as coisas pra comprar?

IRMA: Vão estar em cima da geladeira junto com o dinheiro.

JOSÉ: Lanna, vou ter que ir em um lugar que é caminho da sua escola, te dou uma carona (dizendo isso colocou sua xícara vazia de café na pia, deu um selinho no minha tia, deu tchau pra minha mãe, pegou a chave do carro e foi em direção a porta)

LANNA: Ok tio, muito, muito, muito obrigada (falei indo pegar minha mochila na cadeira) Tchau Tia, tchau mãe até de tarde. (estava indo em direção a porta quando...)

SÔNIA: Lanna, você não está pensando em ir pelo atalho na floresta né? (ao ouvir isso parei de andar, fiz uma careta que como estava de costas elas não viram e virei devagar)

LANNA: Lógico que não mãe, nem me lembrava desse atalho (disse rindo de nervoso porque era isso mesmo que eu estava pensando).

SÔNIA: Acho bom viu mocinha.

LANNA: Tchhhaaauuu! (gritei ao passar pela porta e ir em direção ao carro do meu tio, abri a porta de carro e antes de entrar olhei em direção a cada do "garoto da estrada" e a casa parecia não ter ninguém, pois estava toda fechada, mas deixando isso pra lá, entrei no carro e meu tio saiu com ele da garagem, enquanto meu tio dirigia, fiquei pensando, ir ou não ir pelo atalho na floresta?!).

Quando meu tio parou em frente a escola, dei tchau pra ele, abri a porta e estava indo em direção ao portão da escola, até que...

JOSÉ: Lanna, eu ouvi sobre o atalho. (ao ouvir que ele me chamou parei de andar, mas ao ouvir o resto fiz uma carreta que ele não viu pois estava de costas, igual com minha mãe e tia, depois me virei devagar).

LANNA: Fica tranquilo tio, eu não vou por lá, nem lembro direito dele.

JOSÉ: Tudo bem desculpa estar sendo chato, mas me preocupo com você, ainda mais com as coisas que vem acontecendo.

LANNA: Ok eu vou tomar mais cuidado

JOSÉ: Ok Lanna, tchau, boa aula.

LANNA: Tchau tio bom trabalho (falei e esperei o carro sair do meu campo de visão, e então fui pra minha sala).

Chegando na sala não encontrei Angel, como seria aula de ciências e fazemos dupla, fui sentar na nossa mesa e enquanto esperava ela, adiantei o dever de casa, até perceber Diego sentando do meu lado.

DIEGO: Oi

LANNA: Oi

DIEGO: Nem consegui falar com você depois da confusão da festa.

LANNA: É foi uma loucura, quando eu vi já estava no carro da Angel indo pra minha casa.

DIEGO: Como ontem não deu tempo, você não queria sair comigo esses dias?(falou nervoso coçando a nuca).

LANNA: Ah quero, vai ser legal.

DIEGO: É vai sim (nesse momento o professor entrou na sala e Angel logo atrás) Então eu mando mensagem pra gente combinar o dia, pode ser? (perguntou já levantando).

LANNA: Pode ser (falei tanto um sorriso tímido pra ele que retribuo e foi sentar no seu lugar).

Logo depois vem uma Angelina toda animada sentar do meu lado, abrindo os livros.

ANGELINA: Pode começar a falar, e não olha assim pra mim, o que vocês dois estavam conversando?

LANNA: Ah nada demais, só marcar um dia pra gente sair.

ANGEL: O que? Ele te chamou pra sair? E você aceitou?

LANNA: Sim e sim (olhei pra ela que estava com cara de chocada) Ah eu não vejo nada demais, já que quando estávamos quase nos beijando, uns jovens chegaram correndo e gritando, e estragaram tudo (falei fazendo uma graça, que funcionou pois ela saiu do seu estado de choque assim que falei a última parte).

ANGEL: Ah é né safadinha, vocês pelo menos tiveram um clima, eu e o Matheus nem tivemos tempo de nada. (falou fazendo bico e fingindo estar triste).

LANNA: Ah safada (nós duas rimos e olhamos para traz, onde os dois estavam na mesma mesa pois eram duplas, e assim que eles perceberam que estávamos olhando logo voltamos a olhar pra frente e rimos juntas para então começar a prestar atenção na aula).

Nem percebemos quando tocou o sinal do intervalo, fomos para o refeitório, e nos sentamos na mesa que Maria e o Mario estavam, durante o intervalo percebi os olhares do Diego, e outra pessoa parece que também percebeu essa troca de olhares, Lucy, sim minha prima, ficou revisando olhar pra mim e pro Diego, e me pareceu um pouco chateada. Tocou o sinal e voltamos pra aula.

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Quando a aula acabou, todos nos encontramos de novo e fomos em direção a saída, onde de longe pude ver minha Quindim sentada me esperando como sempre faz, me despedi de todos, e nós duas começamos a andar em direção a minha casa.

Chegamos sem nenhuma surpresa durante o caminho, fui me trocar, coloquei comida pro Batata e pra Quindim, peguei o dinheiro e a lista que estavam colados na geladeira, sai de casa e fui em direção ao mercado, e vi em frente a casa dos novos vizinhos, o carro deles chegando, dele sairão a menina, que acenou pra mim, a que imagino ser a mãe deles, que deu um sorrisinho pra mim, o pai que deu um aceno de cabeça, e o "garoto da estrada" que foi o último a sair, quando me viu, revirou os olhos e foi em direção a porta da casa com pressa. Ele revirou os olhos pra mim? Ele nem me conhece, enfim, também não conheço ele, e já não fui com a cara dele, eu em, garoto esquisito.

Por fim, dei um sorrisinho pra eles, e comecei o caminho do mercado, e quase o caminho todo é cercado pela floresta, lógico que pensava sem parar em pegar o atalho que eu descobri quando era criança, mas com o tempo parei de usar, parei também de entrar na floresta, e acabei esquecendo, confesso que tive que me segurar para não entrar, sei que houve mortes, mas é como se algo estivesse pedindo pra ir até lá, como um imã, mas disse pra minha mãe que não iria, então não vou.

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