Capítulo 3 - Realidade

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Os personagens não me pertencem, e sim a Rumiko Takahashi. Boa leitura ;)

Capítulo 3 – Realidade

InuYasha estava indo até o limite de suas terras.

- Acho que vou até o rio e passar o resto do dia lá... Não pretendo me deparar com meu pai de novo hoje... Se não, acabaremos brigando novamente.

Ele começou caminhando, mas aos poucos foi sentindo vontade de correr. Começou a correr e deixou seus instintos aflorarem.

- "Faz tempo que precisava disso..." – Acelerava e corria muito rapidamente, libertante seu lado youkai novamente. – "Eu sempre tenho que me conter por conta dos humanos, mas aqui posso me soltar!" – sorriu de canto e começou a alternar a ágil corrida com largos saltos. Logo chegou a margem do rio. Colocou a mão na água, sentindo a temperatura gelada. – O dia está quente, vou entrar um pouco. – Retirou suas vestes de cima e entrou na água usando sua calça.

Mergulhou, submergindo em seguida. – Sacudiu seus cabelos prateados e encostou-se numa pedra.

Era bom estar longe de todos por algumas horas, sentindo o vento, os cheiros que vinham com ele. Sentia suas energias voltando pouco a pouco. Quanto isso fazia falta.

- Kikyou gostava de vir aqui... Aqui onde nos encontramos a primeira vez... – "Ela estava treinando para nestas águas a sua liberação de energia espiritual naquele dia..." – Não demorou muito para me apaixonar por ela depois disso... – Suspirou – Mas, agora ela está morta...

Fechou os olhos e voltou a se concentrar apenas nos cheiros... Flores, ervas medicinais... Algumas frutas... Passou-se alguns minutos e estava saindo da água, iria vestir-se e andar por aí mais um pouco. Logo sentiu um cheiro diferente no ar.

- Algum humano está vindo? – se perguntou. – Aqui pouquíssimos humanos vem... – Subiu em uma árvore e ficou observando.

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Ela estava cavalgando até as margens do rio. Sabia que por ali haviam ervas diferentes, parecidas com as que sua avó plantava, porém, mais eficientes.

- Ai... Não posso demorar, se não mamãe vai perceber que sai de casa. – Disse ela descendo do cavalo e vasculhando um pouco a região à procura de uma erva específica. – Cade aquela com pontas avermelhadas... – Estreitou os olhos e olhou atentamente.

Do topo da árvore, InuYasha olhava a menina que havia conhecido de manhã.

- "Ela está procurando ervas com pontas vermelhas? Kikyou me disse que essas somente sacerdotisas saberiam usar, pois era muito fortes e na dose errada mataria facilmente em vez de curar." – Lembrava do que sua falecida esposa dissera um dia.

- Ah! Achei! – ajoelhou-se e pegou algumas.
- Ei, sabe que estas ervas podem matar se errar na dose, certo? – Kagome virou-se procurando de onde vinha a voz.
- Quem está aí? – Pareceu preocupada.

InuYasha notou a expressão dela e desceu da árvore, pulando a sua frente.

- Humanos não costumam vir para esses lados...
- Você...?
- O que faz por aqui?
- Eu... – olhou as ervas em suas mãos – Ora, não é óbvio? Vim colher algumas ervas! – encarou o hanyou.
- Nossa, que humana mais arisca! – sorriu de canto, provocando.
- Arisca? – "Esse garoto... Está somente me provocando." – Sua postura também parece diferente da que apresentou mais cedo. – resmungou baixinho.
- Tudo bem, tudo bem... Eu tive um dia ruim, admito... – "Ela está com uma energia diferente da que estava de manhã, parecia tão fraca... Agora, parece estar melhor que antes. Ou é só impressão?"
- Cadê aquele youkai raposa que estava com você antes? Ele era mais amigável que você!
- O Shippou? Foi gentil por que estava com fome! – riu de canto – Mas, sim... Ele é mais gentil do que eu... É fato. – aproximou-se. – Mas, eu sei ser gentil às vezes também...
- "O que ele está fazendo?" – surpreendeu-se.

InuYasha se abaixou na frente dela e apanhou mais algumas folhas daquela erva e entregou a ela.

- Tome, você parece estar precisando... – seu olhar ficou terno de repente – Cuide para que a cor do remédio fique avermelhado, e não arroxeado... Os arroxeados podem te envenenar.
- Como... Como sabe dessas coisas?
- Minha esposa era uma sacerdotisa... – disse sério, depois sorriu levemente, virou-se e acenou mesmo de costas – Desejo-te melhoras, humana! Até mais!

Kagome ficou quieta. O coração estava acelerado.

- Até! – disse baixinho, sabia que ele ouviria com aquelas orelhas – "Ele era casado com uma humana e ainda por cima, uma sacertotisa..." – colocou as ervas em um saco de panos e se pôs ao cavalo. – balançou a cabeça – "Pare de pensar besteiras... É um youkai! Não tem que se importar com ele! Lembre-se do que sua mãe disse Kagome!" – dizia a si mesma. - "Por que meu coração acelerou? Devo estar com medo..."

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Do lado contrário, InuYasha pensava enquanto corria floresta a dentro.

- Keh! - "Essa humana me lembra ela, mas não só por ser uma sacerdotisa... Ela tem o mesmo tipo de olhar... Arisca igual a Kikyou era comigo no começo!" – Ela não havia dito que era uma sacerdotisa, será que ela não sabe que tem poderes espirituais...? Ela nem ao menos age como uma sacerdotisa, trabalhando numa venda qualquer... Acho que ela nem sabe quem ela é. Tss!

Ele parou de correr e olhou para trás.

- Esse cheiro... – "Não pode ser!" – É Sangue? – "Aquela humana..."

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Kagome POV's

Eu estava cavalgando o mais rápido que pude, porém aquele que me perseguia era muito mais rápido. Senti um empurrão e eu cai junto ao meu cavalo. Meu cavalo estava com um rasgo no lado, já morto.

- Não... – "Meu cavalo está morto..." – Ai! – "Minha perna!" – Mesmo com dor, olhei para os lados e não achei de onde vinha aquela aura densa e ruim, parecia esmagar meu peito. – "Preciso sair daqui!" – Me pus de pé e corri o máximo que pude. – "Se eu puder sair da floresta, duvido que ele me ataque perto da cidade!"

Enquanto corria senti algo agarrar o meu pé e uma garra perfurando a minha coxa, dessa vez mais fundo e me lançou contra uma árvore. Gritei de dor, era lancinante. Me levantei com dificuldade e rogava para conseguir escapar com vida.

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- É ela com certeza! – InuYasha correu o mais rápido que podia. – Que energia sinistra é essa? Que youkai faria isso? – "Somente um ataca humanos assim..." – Não pode ser! Achei que Sesshoumaru o tivesse matado! Maldição! – Saltou alto tentando enxergar algum sinal da humana e do youkai.

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Então, tudo o que parecia um pesadelo se tornou realidade. Kagome identificou aqueles olhos vermelhos, também iguais aos do pesadelo.

- "Não pode ser!"

Ela ouviu o som do rio ao fundo, mas estava com tanto medo que apenas corria. Sentia suas lagrimas esquentarem seu rosto e confundir sua visão. Logo, ela caíra na correnteza.

- "Eu vou morrer aqui?" – pensou. – "Está acontecendo! Igual ao pesadelo!"

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- "Achei!" – Garras retalhadoras de alma!!! – Atacou aquele youkai, que mesmo sendo atingido conseguiu escapar. – "Maldito, ele escapou!" – Mas, cadê ela? – Farejou o ar, e o cheiro de sangue estava mais forte, porém se afastava muito rápido – Será que ela caiu no rio?

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Kagome POV's

Fechei meus olhos e dei o que achei que era o meu ultimo respiro. Porém... Alguém pegou minha mão me arrastando quase voando até a margem do rio. Estava desmaiando, senti minhas forças sumirem e minha ultima visão foram dois olhos âmbares...

- "InuYasha..."

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Em outro lugar, não tão longe dali...

- Aquele hanyou... O Irmão de Sesshoumaru... – Sentia uma dor horrível no braço.

Colocando a outra garra sobre a ferida, esta começou a se curar.

- Aquele Clã Taisho só me traz problemas... Sempre se entrometem onde não são chamados!

Mudou a sua aparência, virando um ser com aparência humana, porém, ainda era um youkai. Seus cabelos encaracolados e negros caídos em cascata e roupas tais como a de um Lorde.

Já fazem 12 anos que estou localizando Sacerdotisas e Filhos de Buda para exterminar, quando finalmente encontro a última sacerdotisa... Aquele maldito aparece...

Lembrou-se da aparência da menina que atacou.

- Ela era filha do Saito então... Neta da velha Kaede. – sorriu – Ela ainda não despertou seus poderes espirituais, então tenho que acabar com isso rápido... Antes que os Taisho me atrapalhem mais uma vez...

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Continua...

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