Selo

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Kikyou olhou a criança em seu colo, tinha traços da esposa dele e do próprio InuYasha.

- Essa criança vai ser perigosa quando crescer... – a menina chorava. Seu hálito não tinha cheiro de nada, pois não pode nem amamentar pela primeira vez.

- KIKYOU? – alguém gritou do alto.

Ela levantou os olhos e reconheceu o rosto da mulher.

- Ora... Se não é a Sango!? – seu sorriso estampou a face.

Sango não sabia o que aconteceu, mas se aquela de fato era a Kikyou... O que ela fazia com essa criança em seus braços?

- Sango... – Miroku sussurrou. – Temo que ela não seja quem você conheceu um dia... E aquela criança... – ele pausou. – Ela é uma recém nascida...

Miroku lembrou-se da lua, das fases acelerarem durante os últimos dias. Será que ela era agora uma Sacerdotisa das Trevas e tinha feito o feitiço de Aceleração da Lua? Isso explicaria tudo! Porém, para isso ela teria que ter um item específico e muito raro...

- Sango... Acho que... Essa bebê no colo dela é da Kagome...

- O que? – ela olhou para ele assustada e depois voltou os olhos a criança. - Kagome não estava grávida quando saiu de Inuyama...

- Hashi! Nos desça! – ordenou, logo sendo atendido.

Os dois olhavam Kikyou, que não se movia a frente deles, aninhando a pequena nos braços. Parecia não temer nem um pouco os dois. O monge apontou o cetro de Buda a ela.

- Onde estão os pais dessa criança? - disse ansioso.

- Ah... Eu serei a mãe dela agora... – alisou os cabelinhos negros. – É uma pobre órfã... – olhou-os com um sorriso falso, depois sumindo dali.

- Miroku... – Sango começou – Acho que temos que nos apressar... – apertou a mão contra seu corpo, na altura do coração. – Temo que ela tenha feito algo a InuYasha e Kagome...

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Sesshoumaru sentiu o forte cheiro de sangue e correu até o quarto, esperava ver a criança e os pais... Mas o que ele viu foi exatamente o contrário...

- InuYasha! Kagome! – foi até o irmão, ele estava desmaiado ainda na sua forma humana.

Olhou a lua e viu que estava ainda oculta. Mas, logo amanheceria...

- Kuso! – foi até Kagome depois, encostando seus dedos em seu pescoço e farejando ainda para tirar sua dúvida. – Ela...

- Querido! – Rin entrou no quarto e viu a situação dos dois. – Não! – empalideceu.

- Rin... A Kagome...

A sua esposa chorava com a cena, não podia acreditar no que vira. Seu irmão estava caído ao chão desmaiado, haviam marcas de queimadura em volta de seu pescoço, um filete de sangue escorria de seus lábios e olhos, como se ele sofresse algum mal interno, e não só em sua derme.

Kagome estava imóvel no leito. Seu corpo começava a ficar frio. Ele sentiu dor pelo destino cruel de seu irmão... A segunda esposa falecera... Igualmente a primeira. Embora, a voz que haviam escutado anteriormente ser idêntica a dela.

- Será que ela está mesmo viva e armou tudo isso? – ele se perguntou baixo.

Enquanto ele pensava tais coisas, Rin se aproximou chorando, sentando-se ao lado de Kagome, olhou seu rosto pálido e levou sua mão até sua face.

- Kagome-chan... – soluçava em lágrimas – Você não pode morrer... Você tem que viver e ficar com seu bebê...

Sesshoumaruu olhava a esposa, aqueles sentimentos fortes com certeza a abalariam, podendo até trazer algum tipo de mal para sua gestação... Mas, o que ele poderia fazer? Sentia-se igual a ela...

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