Inteiros

Capítulo 7 - Por favor, fique!

Os personagens não me pertencem, e sim a Rumiko Takahashi!
Boa leitura!

Capítulo 7 – Por favor, fique!

Kagome POV's

- Eu preciso sair daqui... - falei baixinho, tentando conter as lágrimas que teimavam em cair. - "Por que estou chorando? Ele é só um idiota!" - entrei no quarto e sentei-me na cama, colocando a mão no peito. Meu coração sempre acelerava assim perto dele. - É claro que eu incomodo! Ele sempre fica reparando em tudo o que faço! Parece caçar defeitos! - suspirei.

Tentei me acalmar e lembrei do semblante dele. Parecia sereno no final... Como se fosse outro InuYasha.

- Tenho que sair daqui... - Levantei e fui juntando minhas coisas. Não suportaria confrontá-lo novamente.
Como eram poucas as coisas, logo terminei e fui em direção da porta. Sango e Shippou não estavam por perto, seria mais fácil sair. Com certeza aquele baka já estaria resmungando em outra parte do Castelo como de costume.

Quando abri a porta me deparei com ele... Estava encostado na parede ao lado da porta, com um pé apoiado na parede e outro firme no chão, mantinha seus olhos fechados e braços cruzados.

- Você está indo embora, menina? - disse calmo.

- Tenho todo direito de voltar para minha casa... - tentei seguir adiante, mas ele abriu os olhos e segurou levemente meu braço, me fazendo olhá-lo.

- Precisamos conversar primeiro Kagome.

Ele se desencostou da parede e se virou inteiramente, olhou-me fundo nos olhos, fazendo com que um arrepio percorresse minha espinha. Ele chegou mais perto.

- Venha... Vamos tomar um chá e aí conversaremos... - o olhar dele era o mesmo de antes, era terno e manso. Mordi sem perceber meu lábio, fazendo com que ele olhasse para lá. Ele corou levemente e virou o rosto. - Então, vamos? – "Ele está encabulado?"

Ele parecia outro, e de fato, aquela situação de antes se comparar com os últimos dias, foi extremamente diferente... Era uma série de provocações e indiferenças, caras emburradas... Agora, ele está aqui todo manso tentando conversar comigo... Tentando ser um adulto maduro que conversa normalmente com as pessoas.

Mas, o que fez ele mudar de atitude? E o mais importante... Por que ele tem ficado tão corado ao falar comigo hoje?

- H-hai... - Ele se virou e foi andando até uma sala separada, como um segundo escritório. Eu o segui, uns dois metros atrás dele. Minhas mãos estavam geladas e suadas, estava ficando ansiosa.

O trajeto até a sala foi de um silêncio absurdo. Eu estava carregando meus poucos pertences junto ao corpo, apertando-os como se tivesse medo que eles escapassem de mim.

- "O que afinal ele quer conversar?" – suspirei.

Comecei a notar como seus cabelos prateados eram longos e brilhosos, e como pelo seu andar as madeixas dançavam de um lado para o outro, como se estivessem em um baile. Contornei seus ombros largos, suas costas e braços... Era impossível não sentir-me atraída por ele... Sabia que uma hora eu teria que confrontar o que eu sentia... Eu ansiava qualquer momento em que pudéssemos ficar perto um do outro. Quando pensei antes em sair daqui, era somente para evitar isso tudo... Esse sentimento que ele me trazia. Esse desejo de estar com ele... Sacudi a cabeça tentando afastar esses pensamentos.

Pois provavelmente ele não se sentia da mesma forma. Suspirei.

Sem notar ele estava parado à frente da porta. Abriu e fez um sinal para que eu entrasse na frente. A sala era bem mais iluminada que muitos cômodos da casa, com duas poltronas separadas por uma mesa de madeira, com um castiçal de duas velas acima. Havia alguns quadros na parede e fui seguindo-os até parar em um que havia uma mulher muito bela, de pele branca como porcelana e longos cabelos negros. Seria esta a falecida esposa do InuYasha?