Presságio

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InuYasha POV's

Passaram-se dois dias desde que chegamos aqui no território do Sesshoumaru, e eu estava treinando arduamente para dominar a Tessaiga. A técnica Kaze no Kizu ainda estava sendo algo que me tirava o sono... Por algum motivo eu não conseguia completa-la...

Eu estava deitado na grama olhando como as folhas balançavam conforme o vento soprava, havia apoiado a cabeça em um braço dobrado para trás, enquanto Kagome estava dormindo aninhada acima do meu peito pelo meu lado direito.

- "Tão linda..." – a observava ressonar tranquila. Não pude evitar um sorriso.

Daqui há alguns meses estaríamos com nosso filho ou filha no colo... Isso será perfeito!

Cai em sono, cochilando um pouco depois de pensar essas coisas...

~~

- InuYasha... InuYasha...

Alguém me chamava no meio da floresta. Estava escuro e frio como em uma madrugada de inverno.

- Quem está aí?

- Por que você me esqueceu InuYasha... – a voz parecia chorosa. – Você disse que iria me amar para sempre! – o choro cedeu lugar para uma voz cheia de ira. – Eu vou tomar dela o que deveria ser meu!!!

- Quem é você?? – procurei percorrendo meus olhos pelo lugar, mas não enxergava nada e nem ninguém. – O que deveria ser seu???

- Você! Você deveria ser meu, InuYasha! - a voz parecia ter raiva... Aquela voz...

- Keh! Eu nem sei que você é! Por que eu deveria ser seu?

- Você já me esqueceu, não é? – a voz de repente tornou-se um sussurro. Quase inaudível.

Olhei para o alto e vi a lua girando rápido demais, como se o tempo fluísse tal como água em uma cachoeira. Procurava sentir o cheiro de quem falava, mas o único cheiro que eu sentia era da grama coberta de uma fina camada de gelo. E sangue...

Enquanto olhava para a lua, senti meu sangue esquentar, e sem poder me controlar, eu corri, corri e saltei entre as árvores. Estava transformado e sentindo uma sede se sangue que há muito eu não sentia... Isso não era nada bom... Era um lado meu que eu lutava para conter faziam anos... Eu não poderia sucumbir... De modo algum!

- "O que está acontecendo?" – eu me perguntava em pensamento. - Minhas mãos estão molhadas? - abaixei meu rosto, afim de observar o que molhara minhas mãos.

Olhei minhas mãos, minhas garras, que agora eram enormes, estavam cobertas de sangue humano. Parei abruptamente ao notar. Fui até o rio tentar lavar as mãos, mas o sangue parecia tatuado na minha pele.

- Kuso! Kuso! – quase esfolava minha mão de tanto tentar tirar aquele rubor infernal. - KUSO! - eu socava a água, como se aquilo fosse adiantar de algo...

Respirei fundo, estava completamente irado. Mas, o pior não foi o sangue nas minhas mãos, e sim... O fato de eu começar a reconhecer o cheiro daquele sangue...

- Não... Não pode ser! – entrei em desespero.

Me senti cair até chocar-me dolorosamente contra um chão duro de terra batida.

De repente o ambiente mudou totalmente, eu tentei enxergar, mas novamente era muito difícil focar minha visão, pois era uma caverna tão escura e profunda, que a minha existência parecia menor que um grão de areia ali. O ambiente era fétido, cheirava a sangue velho e coagulado, provavelmente uma mistura também dos sangues de humanos e a youkais.

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